Chance

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- Porque não me deixou morrer?
- A sua hora ainda não chegou, eu não te salvei daquelas armadilhas para deixar você morrer desse jeito.
- Mas me prendeu nesse lugar, então dá no mesmo.
- Não é verdade, há um motivo pelo qual eu fiz isso, e não foi exatamente por ter sido ordens do senhor Orochimaru.
Aquela resposta havia me deixado intrigada, os olhos dele transmitiam uma intensidade da qual eu não havia notado antes. Os mesmos olhos que há pouco tempo atrás demonstravam bastante desespero ao me ver a beira da morte.
Deslizei os meus dedos pelo cobertor que ele havia colocado sobre mim, ele transmitia um calor semelhante ao dos braços daquele homem.
- É bom estar ouvindo a sua voz novamente. - Ele disse meio empolgado. - Como você se chama?
Mordi meu lábio inferior ao ouvir aquela pergunta, eu ainda me sentia muito insegura e desconfortável com a presença dele, porém manter o meu nome em segredo já não fazia diferença para mim agora, afinal eu estava sob as mãos dos inimigos.
- O que foi? Não me diga que desistiu de falar comigo.
- Momoe Hikari - Eu disse de forma hesitante enquanto evitava contato visual com ele.
- Você é o braço direito do quarto Kazekage?
Um silêncio estabeleceu-se entre nós dois após aquela pergunta, era difícil lembrar que eu possuía uma função tão importante como aquela.
- Eu ouvi dizer que você é uma ninja brilhante na área da medicina, eu só não sabia que era tão teimosa e orgulhosa também.
Estreitei meus olhos ao ouvir aquele comentário ousado e quando voltei a olhar para o rosto dele novamente, me deparei com aquele sorriso nos lábios dele, um sorriso tão bonito que acabou me deixando sem reação.
- Você está bem?
Pisquei meus olhos algumas vezes para ajudar a me recompor do pequeno choque, e enquanto eu tentava entender o que estava acontecendo comigo, ele se aproximou de mim e colocou sua mão sobre a minha testa de repente.
- Que estranho, o seu rosto está vermelho mas você não está com febre, talvez seja melhor eu deixar você descansar agora.
Me mantive em silêncio enquanto ele colocava uma garrafa de água próxima da minha cama e antes que ele saísse da cela, se virou para me olhar novamente.
- Hikari me prometa que não irá tentar fazer nada de perigoso a si mesma novamente.
Era tão difícil saber como reagir diante das coisas que ele me dizia, porque nada daquilo fazia sentido. Toda aquela preocupação comigo estava me deixando cada vez mais confusa.
- Hikari me prometa por favor.
- Tudo bem…
Após obter a resposta que ele queria, virou-se de costas e em seguida saiu da cela, fechando todos os cadeados.
- Aliás, eu me chamo Kimimaro, Kaguya Kimimaro. - Ele disse após trazer aquele sorriso aos lábios novamente.

No dia em que pensei ter sido o último na minha vida, Kimimaro havia aparecido para me dar mais uma chance de viver.



O Ninja Que Copiava - Parte 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora