Contratempo

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- Tudo bem - Tsunade disse, afastando o mapa de sua mesa. - Mais uma coisa, se a situação sair do controle, abortem essa missão imediatamente. Eu quero deixar bem claro que a prioridade é a vida de vocês.
- Certo.
- Kakashi eu preciso conversar com você em particular, portanto Hikari e Genma, vocês estão dispensados dessa reunião para irem se preparando.
Genma e eu saímos da sala dela e em seguida começamos a andar pelo corredor.
- Hikari…
Quando eu olhei para ele, notei que Genma havia ficado nervoso no mesmo instante e eu podia deduzir o porquê.
- Antes que me diga qualquer coisa, eu preciso me desculpar por ter me comportado daquele jeito com você na última vez em que nos vimos.
- Não precisa fazer isso.
- Preciso sim, afinal somos uma equipe, e uma equipe precisa se manter sempre unida.
- Você tem razão Hikari.
- O mesmo serve para você e Kakashi.
- É uma tarefa difícil, mas eu prometo que não irei provoca-lo.
- Espero um dia poder entender o motivo por trás dessa rivalidade toda, mas agora eu preciso pegar umas coisas no laboratório antes de partirmos, então vejo você no portão da vila antes do pôr do sol.
- Tudo bem, até breve Hikari. - Ele disse, dando um leve aceno com uma de suas mãos.
Após ele ter ido embora, fui até às escadas e comecei a descer os degraus rapidamente. Quando eu cheguei em frente ao laboratório, notei que a porta estava aberta. Shizune devia ter esquecido de trancar a porta ou então havia alguém lá dentro.
Levei minha mão até a maçaneta e quando abri a porta, vi que o laboratório estava vazio.
Deduzi que Shizune realmente havia esquecido de trancar a porta ao sair, aquela não era a primeira vez que isso acontecia.
Fechei a porta e fui até a minha bancada para pegar alguns medicamentos para levar na viagem, mas no meio do caminho comecei a sentir uma sensação estranha, como se eu estivesse sendo observada, o que foi muito estranho porque além de eu não estar sentindo o chakra de ninguém ao meu redor, a porta e as janelas estavam fechadas.
Decidi por fim ir até a porta novamente e antes que eu pudesse tocar na maçaneta, senti uma pancada bem forte na parte de trás de meu pescoço, o que me fez perder a consciência.

- Ela é tão inocente que às vezes chega a me dar uma certa pena. Eu sinto muito por isso Hikari, mas preciso ter uma conversinha com um "certo alguém" agora. - Ele disse, pegando Hikari no colo para colocá-la sentada sobre a cadeira dela.
Depois ele foi até a porta para tranca-la com a chave que ele havia encontrado na bolsa de armas dela.
- Técnica Ninja: Reversão Temporal. - Ele disse, após fazer uma combinação de selos com os seus dedos. - Eu sei que você está aí, porque não aparece para batermos um papo?
Um silêncio preencheu o ambiente enquanto ele esperava por uma resposta, e como no fim não obteve nenhuma, ele foi até perto dela e se sentou na beirada da mesa de frente para aonde ela estava sentada.
- Minha querida Hikari seja boazinha comigo, eu não vou sair daqui e nem vou desfazer a minha técnica enquanto você não me responder.
- O que pensa que está fazendo Seiji? - Ela perguntou, o tom de voz parecia diferente e irritado.
Seiji deu um enorme sorriso ao ouvir ela dizer o seu nome, o plano para irritá-la havia dado certo.
- Eu já estava ficando impaciente.
- Acho que esqueceu do meu aviso não, é mesmo?
- Claro que eu não me esqueci, apenas quero conversar com você.
- O que você quer?
Seiji acabou ignorando completamente aquela pergunta enquanto apreciava a beleza da mulher que estava bem a sua frente. Os longos fios negros do cabelo dela, contrastavam com a pele clara e macia que ela possuía. Dona de um olhar único e misterioso e lábios bem convidativos.
De uma forma ou de outra eu irei fazer você esquecer do Kakashi senpai, ele pensou.
Enquanto Seiji estava perdido em seus pensamentos obscuros, acabou levando um susto ao ouvir um barulho alto de repente.
Quando ele olhou para baixo, notou a perna dela esticada entre as dele, ela havia batido com o salto da bota dela na mesa, na intenção de lhe chamar a atenção.
Sentiu um pequeno arrepio percorrer o seu corpo ao ver que por pouco uma região sua não havia sido acertada pela ponta da bota dela, uma região bem perigosa.
- Isso foi extremamente perigoso… - Ele disse, após ter conseguido se recompor do breve susto.
- Eu te fiz uma pergunta.
Seiji levou os seus pés em volta dos pés da cadeira, de onde ela estava sentada, e com apenas um movimento rápido, a puxou em sua direção, os deixando ainda mais próximos.
- Me deixe ver os seus olhos, seria bom manter um contato visual enquanto conversamos Hikarizinha dois. - Ele disse, levando uma de suas mãos até o rosto dela.
Porém quando ele chegou perto de conseguir tocá-la, ela o impediu no mesmo instante quando segurou no pulso dele com força.
Em seguida abriu os olhos, olhando diretamente nos olhos dele.
- Se me chamar assim novamente, eu te mato.

O Ninja Que Copiava - Parte 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora