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— É muito errado eu te querer tanto? Levando as circunstâncias em consideração? - ela pergunta quando paro de venerar seu corpo.

— Não acho que seja errado. - digo - A gente se ama. E não há nada de errado nisso. - declaro.

Então ela me beija. Toma meus lábios nos seus e funde sua boca na minha em um beijo gentil e profundo, que mostra o quanto precisa de mim. Um sentimento de paz desconhecido me inunda por perceber que não sou só eu desesperadamente a querendo o tempo inteiro. Ela também precisa de mim, e me toma para si quando quer.

— O que você quer, miúda?

Camila hesita por um segundo e move a cabeça, dando-me acesso irrestrito ao seu pescoço.

— Você — diz.

Sorrio com satisfação e a beijo mais uma vez antes de levantar e pegar a camisinha na gaveta do criado-mudo.

— Deite aqui. - ela pede e eu obedeço sem hesitar.

Ela monta sobre mim e pega o preservativo quando deslizo meu indicador por sua entrada, deixando-a ainda mais excitada.
Observo ela rasgando a embalagem, mas sorrio quando ela parece hesitante.

— Nunca fiz isso. - admite.

Seguro sua mão e a ajudo a colocar o preservativo, ela está sorrindo e eu não poderia está mais feliz por saber que serei sempre o seu primeiro.

Me jogo no colchão e ela me beija, e vai distribuindo beijos por todo meu corpo enquanto canta uma música bonita a cada pausa entre as carícias. Essa mulher é incrível.

Quando ela se posiciona, finalmente chegando o momento de ir ao paraíso, me pede ajuda para encaixar-se. Levanto e seguro meu pau quando ela se ajeita.

— Devagar, amor. - peço e ela assente.

Queria ficar por cima pra facilitar, já que é a primeira vez dela, mas sei que provavelmente ela ficaria assustada. Em Londres vi seus olhos escurecendo, dando lugar ao medo.

Lentamente, vou preenchendo-a e sentindo o quão apertada é. Suas mãos estão firmes em meus ombros, sua cabeça está inclinada pra trás e ela geme conforme vai descendo, até o fim.

Eu a seguro pelos quadris e ela me beija antes de me empurrar, me fazendo deitar. Miúda se inclina sobre mim e começa a se mover lentamente, se deixando acostumar com a sensação e eu acho que vê-la por cima é sexy pra caralho.

Aqui, enquanto os sons que escapam por sua garganta aumentam e meu nome escapa por seus lábios, sei que Camila é minha. Sei que não há qualquer resquício de preocupação e desconfiança.

Sei que seu corpo me pertence. Quando a sinto se contrair ao meu redor, deleitando-se do prazer cru, entregue sem amarras, meu próprio prazer se intensifica por ver essa mulher desejando-me tanto assim. Suas investidas ficam cada vez mais rápidas, surpreendendo até ela mesma com sua precisão impressionante em ir e voltar. Ela murmura meu nome em.meio a seus gemidos e sinto que estou chegando lá. Porra.

Ela é apertada pra caramba e a imagem de seu corpo nu comandando a situação não me deixa segurar o orgasmo iminente por muito tempo.

— Eu vou gozar, amor. - digo e ela assente, felizmente chegando ao ápice antes de mim.

Ela se movimenta mais duas vezes e eu me rendo ao orgasmo. Miúda permanece sentada sobre mim, suada e ofegante.

— Toma um banho comigo? — ela pede, depois de alguns minutos, quando sua respiração está mais regular.

— Claro. — Sorrio.

Puxo-a para perto de mim, enroscando seu corpo no meu, sem nenhuma intenção de deixá-la partir.

— Pode ficar comigo essa noite? — pergunto, já me preparando para a negativa.

Ela abre um sorriso e balança a cabeça.

— Posso. - diz, antes de sair de mim. Demoro alguns segundos para me recompor do que acabou de acontecer, e mal posso esperar para repetir porque ela é como uma droga. E eu estou viciado.

Tiro a camisinha cheia e caminho até o banheiro com a miúda logo atrás, descarto o preservativo e entro na banheira pra abrir o registro do chuveiro. Ela se aproxima e eu estico a mão, que é aceita quando ela se junta a mim.

Por alguns segundos ficamos embaixo da água quente, deixando que sejamos molhados, então ela pega a esponja e o sabonete líquido e pede que eu a ensaboe.

Preciso reunir todo meu autocontrole pra não ficar daquele jeito de novo ao tocar seu corpo. Agora que sei como é estar dentro dela, sinto uma tremenda vontade de chegar lá novamente.

Ensaboo todo seu corpo e ela retribui. Eu a beijo e trocamos algumas carícias antes de sairmos do chuveiro.
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The Way I Loved You [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora