The Way I Loved You [CONCLUÍDA]

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Ele aproxima o rosto do meu, e me beija. Tão suave que nem parece que estava sendo bruto há poucos minutos. Sinto seu corpo pesando sobre o meu, me fazendo ficar menor do que já sou.
— Você me deixa louco, sabia? - pergunta quando afasta os lábios dos meus.
— Sei, e gosto disso. De enlouquecer você. - respondo e ele rir.
Ele pega a camisinha sobre o colchão e levanta, me permitindo ver toda sua glória. Meus sogros sem dúvida estavam bastante inspirados. Oh se tavam.
Observo ele colocando a camisinha e fecho os olhos por alguns segundos. As vezes parece que estou numa realidade paralela, onde estou super feliz e nada nunca estragara isso, porque tudo parece perfeito demais. Quando abro os olhos ele está me olhando daquele jeito, como se dependesse de mim pra viver e eu não poderia me sentir mais amada.
Ele se posiciona e se inclina sobre mim, seus lábios beijam os meus, então eu o sinto entrando em mim, lentamente. Ele afasta dos lábios dos meus e me olha nos olhos, entrando devagar. Quando o sinto por completo, ele beija meu pescoço e deixa uma mordida de leve.
— Eu te amo miúda. Você é a única que me deixa assim... Você é tudo o que quero, pra sempre. - murmura antes de começar a se mover lentamente.
Não consigo não olhar para ele, pro seu corpo se movendo devagar e pensar na sua declaração. Shawn sempre foi muito carinhoso comigo, especialmente quando começamos a transar, mas hoje é diferente. Há um cuidado diferente, o jeito que ele diz me amar e a forma que parece não ter pressa pra chegar no ápice.
A maneira que me beija a cada estocada e sussurra coisas fofas ao invés dos xingamentos casuais, que também amo.
Meu corpo está desejando que ele vá mais rápido, mas não digo nada, pois também quero aproveitar cada segundo, e registrar cada sussurro dele em meu ouvido enquanto me invade. Mesmo com o ar ligado, é vimos e estivéssemos perto de uma lareira no verão, está quente demais. Os primeiros espasmos chegam e eu peço que ele fique por baixo, com um sorriso amplo, meu namorado me puxa quando se joga sobre o colchão, me deixando por cima. Suas mãos seguram meu rosto e ele me beija, sua língua me invade e eu perco o ar em pouco tempo.

Suas mãos saem do meu rosto e descem até meu quadril. Recomeço os movimentos sabendo que estou quase lá, e ele aperta mais os dedos em minha pele.
— Vou gozar, amor. - diz e eu continuo, indo mais rápido, então meu corpo estremece, ele goza logo em seguida e eu sorrio ao descansar a cabeça sobre ele. Ficamos assim apenas por um momento, pois levantei e sai dele, que tirou o preservativo e foi até o banheiro descartar.
Isso foi tão bom.
E fofo.
E...
Tudo com ele é incrível, não posso negar. Seja ele xingando enquanto vai rápido seja ele indo devagar falando coisas fofas.
Quando ele volta e deita ao meu lado está com aquele sorriso. Acho que não imaginei que veria esse homem tão feliz como agora.
— Você está bem? - pergunta.
— Ótima.
— Muito bom. Estava com saudade de sentir você. - murmura, deslizando o polegar por minha bochecha.
Me aproximo mais dele e retribuo o carinho, seguro sua mão e beijo o dorso.
— Também estava com saudade, embora nunca tivesse sido tão lento. - digo, mas não em forma de reclamação.
— Ah, foi difícil, ok? Mas... Queria fazer amor com você. Devagar e sentir cada pedacinho seu, miúda. Você é o amor da minha vida, e queria enfatizar isso. - declarou e eu sorrio mais ainda, pois ele conseguiu.
— Você conseguiu. Você é tudo pra mim, grandão. O primeiro e único. - digo e dessa vez ele é quem segura minha mão e beija o dorso.
Já dizia Lara, mais meloso que isso, ficaríamos diabéticos. Mas é tão bom ter alguém pra amar, sabendo que é recíproco e esquecer do mundo quando se está junto. Hoje eu tive orgulho de ver que superou seu passado, seu medo de não ser suficiente, mas estou ciente de que em algum momento sua confiança irá fraquejar, e eu estarei lá, pra lhe ajudar.
— Sabe o que escutei hoje na festa?
— O que?
— Que você é areia demais pro meu caminhãozinho. - dispara.

— Aquela festa estava cheia de pessoas tóxicas, grandão. As pessoas juram que nosso namoro é um contrato quando não sabem de porra nenhuma. Seu caminhãozinho é do tamanho exato pra minha areia. - afirmo, tocando meu nariz no dele.
Já percebi que alguns dos outros artistas não gostam do Shawn por alguma razão, talvez seja por causa da influência do babaca do Jace.
— Sei disso, é que... Todo mundo sempre fica feliz pelo Jace e quando sou eu, é sempre essa merda de contrato ou farsa. Será que é tão difícil assim acreditar que alguém possa me amar? - ele pergunta.
E ali está a confiança fraquejando. Ninguém é confiante o tempo todo, e eu entendo ele. Deve ser uma merda as pessoas diminuírem você o tempo todo por não ser como os outros. As pessoas acham que Jace é mais carismático, por isso encobrem tanto as merdas que ele faz. O Shawn já é mais tímido, mais na dele e tudo o que faz é motivo de piada.
Depois de todos esses meses eu escutei os dois CDs dele e um do Jace, a diferença é berrante. Enquanto meu namorado enaltece as amadas em suas músicas, Jace narra histórias de um homem machista, sempre sexualizando o corpo das garotas.
Ainda sim, as pessoas o escolhem.
— As pessoas são idiotas, meu amor. Eu quase nunca entro no meu Instagram, porque aquilo lá tá um desastre. Chuva de mensagens e marcações. Mas, te garanto que em meio a tanto ódio gratuito, há pessoas boas desejando seu bem. Sei disso porque semana passada conversei com algumas fãs suas. E são incríveis. Que se danem esses panacas que passam pano pro Jace, fruta podre cai sozinha, e ninguém sabe nada sobre a gente. Isso aqui é real. Enquanto eles soltam o veneno por aí, estamos aqui, fazendo amor. - declaro - Isso é ainda melhor, não acha? - pergunto e ele assente, mas sei que está mexido com a situação.
E não o culpo.
Toco seu rosto bonito e gostaria de poder surrar todo mundo que fala mal dele. Esse homem é tão raro...
Deslizo meus dedos por seu peito desnudo, e decido recorrer ao meio mais baixo. Que eles falem da gente, o que importa é o que sentimos. Quando minha mão segura seu pau, vejo seus olhos ganhando brilho novamente e sorrio.
— Caralho mulher, assim não vale. - ele diz e eu rio.