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Min Yoongi

Há dois anos atrás fui contratado por ninguém menos que o prefeito. Ele me contava todos os dias de como sentia falta de seus filhos.

Me contou que sua mulher tinha sido assassinada durante sua fuga de Jeju e que queria que eu encontrasse seus filhos. Me pediu sigilo absoluto sobre tudo.

Eu fui agente especial da base militar de Seoul. Pessoas como eu, normalmente nunca vão encontrar alguém para dividir a vida, pois nos arriscamos tanto que eu nem posso mais contar nos dedos quantos colegas eu perdi nos 6 anos que trabalhei como agente.

Mas a vida colocou no meu caminho, um ômega perfeito demais e que na primeira vez que o vi, perdi o ar e me vi afogar em amor por ele. Kim SeokJin. Ele me deixou sem estruturas. Mas não foi nada fácil conquista-lo, Jin sempre foi muito reservado, quieto e muito inteligente.

Demorou quatro meses para ele aceitar sair comigo. Ele dizia que meu olhar o intimidava e que só aceitou sair comigo por que se sentia seguro comigo.

Fiquei inseguro, Jin parecia delicado demais -um soco dele dói muito- tinha medo de o quebrar ao tocá-lo. Ele surgiu na minha vida para virar ela de cabeça pra baixo. Depois do nosso primeiro encontro, veio o segundo, o terceiro e vários outros.

Ele um médico oncologista e eu um detetive sem identidade. Passamos nossos cios juntos e há dois meses atrás ele me contou que esperava um filhote, fruto do seu último cio.

Eu chorei como um bebê.

O abracei.

Mas eu ainda tinha que trabalhar e com alguns telefonemas, encontrei Jungkook e soube também que ele era filho único. Encontrei a sua identidade, sua certidão e sua atual localização. Uma boate, uma fachada para um bordel. Eu entrei na boate, vigiei o ômega por vários dias e conversei com dono do local.

"--É você que queria falar comigo? -um cara arrogante se aproximou de mim, sentando em uma cadeira da mesa onde eu estava-

--Sim. Onde está Jungkook?? -falei direto, não queria ficar nem mais um minuto naquele local-

--O que quer com ele? É algum programa? -sorri ladino- Ou quer algo mais especial?

--Ele está aqui? -olhei para o palco e pude ver o ômega dançando ali. Claramente ele não queria algo assim, ele estava sendo forçado e isso eu odeio- Quero falar com ele.

--Não. Ele está trabalhando. -ele levantou da mesa com uma feição nervosa- Não chegue perto dele, eu sei o tipo de cara que você é... cai fora daqui antes que eu mande te apagar de vez."

Essa foi a nossa "conversa". Ele teve informações sobre mim antes mesmo de eu conversar com ele e eu sai da boate depois da ameaça. Pode me chamar de medroso, arregão ou qualquer outra coisa, mas eu tenho um ômega em casa, que me espera todos os dias e ainda carrega o meu filhote. Não podia arriscar morrer, deixar que meu ômega fique viúvo e meu filhote sem um pai alfa.

E foi por isso que contratei Taehyung. Não esperava que ele fosse mentir para mim e não esperava que o coração dele fosse conquistado por Jungkook.

Me vi sem ter escolha, tive que sequestrar o ômega e levá-lo até o pai. Não queria fazer algo assim, eu posso ser um agente especial com habilidades em luta e em atirar, mas machucar um ômega é uma coisa que eu nunca faria. Machucar um ômega é como machucar a minha mãe e ao meu esposo. Isso seria uma falta de respeito com qualquer ser humano.

Mas voltando ao presente, meu ômega ficou bastente preocupado com a minha perna e também no braço do ômega. Ele fez todos os procedimentos médicos comigo, tendo que fazer três pontos -ele tinha diversos materiais pois tinha algumas vezes que eu chegava muito machucado- mas quando olhamos para o ômega que estava deitado no sofá, o mesmo respirava de um jeito rápido e apertava o peito. Jin ficou sem saber o que fazer e chegou perto do ômega.

Double Dose ProblemOnde histórias criam vida. Descubra agora