ᴘᴏʀᴄᴏꜱ ɪᴍᴜɴᴅᴏꜱ

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DIA 617, final de tarde

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DIA 617, final de tarde

Cruzo meus braços e caminho de um lado para o outro, observando o grupo de crianças treinar a minha frente, todos sob os gritos firme e ordens de Sophia. São nessas horas que eu poderia me esquecer que ela tem só dez anos. Também, seu olhar duro e suas gritos poderiam facilmente confundi-la com uma anã raiva, mas também me enche de orgulho.

É por Sophia e as outras crianças que estou fazendo isso. Haviam algumas no grupo de Woodbury, e outras foram chegando com as pessoas que alcançarem a prisão e ficaram por aqui. Um dos principais acordos ao chegar nesse lugar é o treinamento de todos, não importa muito as idades. Todavia, não estamos treinando ninguém para defender esse lugar e sim para defender a si mesmo. Não quero nenhuma criança desprotegida, como papai não quer que os adultos fiquem. Por isso cuido das crianças com ajuda de Sophia, Carl, Lizzie e Mika, e Amy, Beth e Daryl cuidam do treinamento dos que vão chegando.

— Mais firmeza! — Sophia grita, tão firme que me assusta e me puxa de forma drástica para o aqui. Ela está em frente a um garoto ruivinho que deve ter a sua idade, assustando-o. — Você não vai querer ser derrubado por uma daquelas coisas, não é, Peter?

— Não, senhora — o garotinho diz, sem nenhuma outra reação diante do seu medo.

— Então segure firme esse bastão!

O garoto, completamente apavorado, balança a cabeça e firma suas mãos no bastão, ao mesmo tempo em que firma seus pés. Arregalo os olhos e começo a me aproximar, lançando um olhar severo para a garota. Sophia suspira e balança a cabeça, abre um sorriso doce e encara todas as crianças.

— Vocês estão indo muito bem — afirma.

— Você é tão falsa — Carl lamenta, balançando a cabeça para ela — estão com mais medo de você do que dos walkers.

— Ok, já chega — alerto ao dois, tomando os bastões das suas mãos antes que comecem e usar um contra o outro. — Vocês foram ótimos, podem ir brincar agora.

Aliviadas, as crianças começam a correr, espalhando-se pelo pátio e fugindo como podem, mas logo estão brincando por aí. Tirando Sophia e Carl, que estão se encarando de forma raivosa. Sei que eles se amam e não se desgrudam, só não entendo toda essa raiva acumulada. Em alguns momentos pergunto-me se é minha culpa Sophia estar agindo assim... ou se é culpa dele. Desde que a trouxemos de volta, seus acessos de raiva são mais comuns.

— Daryl quer sua ajuda, querida — relembro Sophia, cortando seu olhar raivoso. — Se lembra? Você disse que iria ajudá-lo na torre.

— Sim, mamãe. Estou indo.

Sophia se aproxima e se estica para me dar um beijo, depois soca o ombro de Carl e solta um risinho, correndo para longe. Meu irmão suspira e me encara como se ela fosse louca, se aproxima e envolve os braços na minha cintura.

Survive For Me - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora