ᴛᴏᴅᴏꜱ ᴘʀᴏɴᴛᴏꜱ?

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DIA 610, manhã

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DIA 610, manhã

O sol está começando a se aconchegar no horizonte, já espalhando tons alaranjados pelo céu quando começo a me aproximar da tenda montada no meio do pátio, onde o almoço está sendo servido. No caminho algumas crianças passam por mim correndo e rindo, e conheço Penny e Mika entre elas.

Patrick passa por mim e dá um sorriso gentil, indo diretamente para a torre para me substituir. Apenas balanço a cabeça, depois paro embaixo da tenda e observo as pessoas que estão na grade, enfiando estacas e facas nas cabeças dos walkers que se aglomeraram ali. Está ficando cada vez pior e não vejo ninguém dando um jeito nisso de verdade. Nem mesmo papai. Nesse momento ele está cuidando dos porcos e provavelmente vai olhar os cavalos depois.

Odeio vê-lo agir com tanta tranquilidade...

Temos um bom lugar agora. Com muitas pessoas, plantações e até alguns animais, mas ainda assim acho que deveríamos tomar mais cuidado. Principalmente com tantos walkers se aproximando das grades. Uma incidente como o do mês passado não seria bom, até porque não dá para ficar emendando as coisas para sempre.

— Oi.

Meu corpo dá um solavanco pelo susto e as mãos de Daryl segurando meus quadris, mas mesmo com o coração disparado e os olhos arregalados, consigo rir e abafar meu grito. Ele sorri e dá um beijo na minha bochecha.

— O que foi, amor?

— Nada — balbucio, apoiando as mãos na cintura e me virando para ele — só estou preocupada com a acumulação no portão.

— Hm, é mesmo?

— É... — Reviro meus olhos e volto a encarar as pessoas que estão matando os walkers. Não quero entrar nesse assunto mais uma vez, que já foi pauta de discussão no conselho em muitos momentos, mas não posso deixar de me preocupar. — Não gosto da forma que o conselho está tratando isso.

— Nós estamos dando o nosso melhor, babygirl — Daryl relembra, aproximando- se e ajeitando meu cabelo — está melhor do que o mês passado, você sabe.

— Você tem razão, mas...

— Mas?

— Esquece — peço por fim, exausta.

— Eu estou te ouvindo, amor.

— Não parece — censuro com um semicerrar de olhos que o faz rir.

— O que? Desculpe, não ouvi.

— Engraçadinho.

Daryl deixa um risinho no ar e beija minha bochecha, depois rouba um pedaço de carne e começa a se afastar. Acabo rindo, todavia, ainda sinto que não estou sendo ouvida de verdade e isso está começando a me deixar preocupada. Parece que só eu estou vendo o problema... ou exagerando outra vez.

Survive For Me - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora