ᴘʀᴇᴅᴇꜱᴛɪɴᴀᴅᴏꜱ

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DIA 325, tarde

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DIA 325, tarde

— Olhe só para isso — Daryl anuncia sua chegada, carregando uma mochila aberta e mostrando a quantidade de remédios e utilidades de farmácia.

Franzo o cenho e continuo a amarrar meu cadarço. Até que a nossa vinda até aqui não foi apenas para "diversão". Encontramos armas, algumas roupas e agora, remédios... além do possível dono desse lugar que estava morto lá nos fundos. Acho que ele lutou por esse lugar até o último minuto e depois a loucura o atingiu e fez com que se matasse. Cenas como essa são comuns agora, mais do que eu gostaria que fosse.

— Você acha que as pessoas se matam por saberem que não são capazes de sobreviver ou porque tem medo de sobreviver no mundo como ele é agora?

— Oh, uau! — exclama, deixando um riso surpreso sair — que pergunta, Carol... Sinceramente, eu não sei, mas acho que todos têm medo de alguma coisa. Seja enfrentar o mundo ou ser capaz.

Aperto meus lábios e balanço a cabeça, não muito convencida pelas suas palavras, por mais que saiba que ele tem razão. No meu caminho com Michonne, presenciamos algumas vezes corpos de pessoas que se mataram e agora, penso sobre o governador; a forma como ele prendeu Penny. Talvez algumas pessoas não sejam mesmo capazes de enfrentar tudo isso, mas cabe somente a elas dizer.

— O que foi, ruiva?

Balanço a cabeça rapidamente, assustada com a pergunta, mas rindo logo em seguida por notar que divaguei.

— Nada. Talvez seja melhor voltarmos, não é? Está ficando tarde e parece que vai chover.

— Ok, vamos lá.

Pulo do balcão enquanto Daryl ajeita as mochilas e vou resgatar meu urso – que deve estar caído em algum lugar. Procuro por cima do balcão e depois dou a volta nele, avistando-o caído. Assim que me abaixo para pegá-lo e o alcanço, algo entre as prateleiras do balcão chama a minha atenção: uma pequena estrela talhada em madeira. Meu coração acelera e eu arregalo os olhos, tão assustada que caio sentada no chão.

— Carol, você está bem?

— Ah, eu... eu... ah... — as palavras quase não saem, não sei formular qualquer cosia diante do meu choque. Respiro fundo e me levanto rapidamente, vendo Daryl do outro lado do balcão, olhando-me com preocupação. — Estou. Eu só caí.

— É mesmo? — ele ri, convencido do que disse — você está bem mesmo, linda?

— Sim. Será que podemos ir?

— Sim. Já temos tudo o que precisamos.

Balanço a cabeça e vou até ele, pegando a mochila e jogando as alças sobre meus ombros. Nesse momento, Daryl me encara, parecendo estar desconfiando, mas com um beijo e um sorrisinho consigo desviar sua atenção.

Quando deixamos a loja, uma garoa fina está caindo e não há sinal algum de walkers e qualquer pessoa. Acho que é assim sempre que chove: todos se isolam ainda mais do que restou do mundo, principalmente os walkers. Não sei onde costumam ficar, acho que também não me importo. Permaneço agarrada a cintura de Daryl durante todo o caminho, deixando de lado qualquer coisa que possa me confundir ou me deixar pior do que já estive desde a morte de Sophia.

Survive For Me - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora