Bᴏᴀ Cᴏᴍᴘᴀɴʜɪᴀ

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DIA 300, manhã

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DIA 300, manhã

De todo o dinheiro que eu tinha, eu gastei em boa companhia...

Viro-me e em um só movimento passo a adaga pelo pescoço do homem. Seu corpo tomba à minha frente, seus olhos cheio de horror e vida se esvaindo. Viro-me outra vez e enfio a outra ponta da adaga na cabeça do outro cara, esquivando-me do seus golpes. Chuto sua canela e ele cai, então Michonne se aproxima e com um gesto rápido da sua espada a cabeça do maldito rola em direção ao chão.

E todo mal que eu cometi, foi para alguém além de mim...

Endireito meu corpo e olho ao redor. Os cinco homens caídos. Troco um olhar com Michonne em seguida e vou até uma das mochilas, abrindo-a e encontrando armas e alguns alimentos. Caio de joelhos no chão rapidamente e começo a abrir o pacote com alguns biscoito, sentindo o vazio começar a sair do meu estomago e o peso da fome se aliviar. Não me importando agora se estão vencidos ou estragados.

Michonne vem para o meu lado e se ajoelha, pega uma lata de feijões e começa a abri-la com a ajuda de uma faca. Posso ver o alivio em seus olhos e o desespero lhe deixar um pouco no momento em que começa a comer.

E tudo que eu fiz por falta de sagacidade, à memória agora eu não posso recordar...

Há dias que mal comemos. Não encontramos frutas, nem mesmo peixe, nada que pudesse nos manter firme. E por mais que matar qualquer pessoa seja a pior coisa que eu vá fazer no meio de toda essa merda, esses filhos da puta tinham comida.

Então, encha-me o copo de despedida...

— Vai nos ajudar por uns dias — Michonne diz em um tom mais tranquilo e ao fundo, a agitação dos seus bichinhos de estimação, a deixa em alerta. — Está na hora de irmos, pegue tudo.

— Ok.

Olho rapidamente em todas as mochilas, juntando em apenas uma as coisas essenciais que encontro, enquanto Michonne vigia o perímetro e até mata dois walkers. Ao terminar, estendendo a mochila para ela e me levanto. Puxo um pouco a sling que envolve a pequena garota e ganha um sorriso largo.

— Você foi uma boa garota — sussurro, acariciando levemente seu nariz branquelo e arrebitado.

Seus bracinhos se esticam em um bocejo e depois Bae sorri de novo, é o suficiente para saber que ela está bem. Com isso, cubro sua cabeça com uma parte da sling e olho ao redor, vendo esses homens imundos caídos. Um deles ainda está com a calça aberta. Eles cometeram um grande erro ao pensar que podiam se aproveitar de nós... todos que pensaram isso tiveram o mesmo destino.

— Vamos lá, babygirl — Michonne chama mais uma vez.

Balanço a cabeça e começo a andar com ela, deixando esses filhos da puta bem aqui, apodrecendo.

Survive For Me - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora