Lᴀʀ

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DIA 312, final de tarde

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DIA 312, final de tarde

Minha cabeça está processando as milhares de informações que recebi. Desde o dia em que fugimos da fazenda até hoje. Todos ficaram andando e há poucos dias acharam essa prisão, onde estão tentando limpar tudo para fazer um lugar habitável e seguro. Quando chegaram, haviam mais pessoas aqui, cinco presos; três deles morreram, mas pelo que entendi, um deles soltou os malditos walkers e separou o grupo, e foi por isso que Lori acabou morrendo. Assim como T-Dog.

Entretanto, coisas boas aconteceram. Maggie e Glenn estão juntos agora e decidiram adotar Mika e Lizzie, que não desgrudam deles por nada. Após tudo, fico feliz que elas tenham pessoas mais centradas. E mesmo que eu seja assim, como sou, Sophia está sentada entre minhas pernas, segurando sua "irmãzinha" e balbuciando alguma coisa tosca para ela. Enquanto isso, ainda tento entender o que Daryl está fazendo lá fora, enfrentando os olhares que Michonne e Rick estão direcionando para mim.

Ela com raiva.

E ele com aquela cara de quem sabe o que eu fiz no verão passado.

Isso é ridículo.

— Carol!

Assusto-me com a entrada afobada de Maggie, sua respiração ofegante, seus olhos arregalados e principalmente o fato de ela estar armada. A mulher ri, joga a cesta de fórmula no chão – que eu havia esquecido no falado de fora – se curva um pouco e enche o pulmão de ar.

— Você deveria ir lá fora.

— Por quê?

— Daryl está chegando.

Sinto uma fisgada no peito e aquele frio estranho no estomago, e até tento controlar isso para não agir como uma trouxa na frente dos meus pais – que já são pessoas tão desconfiadas. Mas por mais que eu me esforce tanto, é Daryl! Porra, eu senti tanta falta dele.

Dou um beijo na cabeça de Sophia e me levanto, sem olhar para trás, sem ressentimentos, só com um enorme frio na barriga e a ansiedade acelerando meu coração. Corro com Maggie pelos corredores da prisão até a saída. Ao longe, posso ver a moto se aproximar dos portões, que Oscar e Axel correm para abrir, depois dele entra, sem nem me ver. Sinto-me uma garotinha boba, desconhecendo tudo o que sente. Meu único desejo agora é correr e me atirar em seus braços.

Algumas lágrimas fogem e eu encaro Maggie, rindo, ansiosa. Então, quando Daryl para a sua moto, algo diferente me toma vendo Amy correr para abraçá-lo. O sentimento me corrói por inteiro e quando arqueio a sobrancelha, sinto toda a vontade de ver esse filho da puta cair pelo ralo.

Ah, vá para puta que pariu!

Jogo a cabeça para o lado e me viro, desistindo disso, quero só voltar e pegar minha filha, porque com ela nos braços me contenho melhor. Mas não dou nem um passo. Maggie segura meu ombros e me faz virar de novo, depois leva sua mão até os lábios e usa os dedos para assoviar, chamando a atenção de Daryl.

Survive For Me - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora