47- "Senhorita Tate"

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MARGARET: Vem aqui Praguinha! Da a mão!—diz num tom de autoridade. Íris tremia porém  corresponde.— Está com medo de mim né? Mão gelada... tremendo... Antes você só me queria. Seu pai ficava louco porque você só queria ficar comigo e não com ele. Eu jamais te machucaria Praguinha. Sinto muito se doeu quando te peguei pelo pescoço e se foi isso um dos fatores que te fez ter medo de mim. Eu fiquei fora de mim me desculpe. Não esperava aquilo de você. Não mesmo. Sabe, enquanto se divertia com seu pai, sempre ficava no escritório pensando. Pensando em que no dia que te encontrasse, daria o melhor de mim. Daria o melhor de mim para não te desapontar. E tentei. Mas sabe, todas as vezes na minha vida que tentei ser doce, carinhosa  eu levei uma facada. Sabe o que aprendi? Só sendo grossa, fechada, firme é que não me maltratariam mas sim que me respeitariam. Depois do acidente dos meus pais, fiquei assim. A única maneira de me defender. Antes de me apaixonar por seu pai eu era bem pior, isso de acordo com ele. E realmente sim, era mais fechada. E quando ele parou de me amar e dizer coisas da minha pessoa eu fiquei assim de novo. A bebê cujo nome tem significado de "mensageira, a que avisa", era a minha única esperança até ser arrancada de mim e achar que era melhor assim. Mas ela me avisou, embora amasse tanto a pai dela, me avisou que não havia mais amor mas ódio. Por isso tem "Íris" como nome se um dia fosse perguntar. Sinto se não sou a mãe que esperava, que queria mas eu sou assim.

ÍRIS: Me desculpa. Eu sempre idolatrei tanto a tal "Senhorita Tate" e ouvir aquilo que ouvi doeu. Eu te amo mamãe. Papai foi é um idiota de não te amar mas eu a amo! Eu tinha em planos perguntar o significado do meu nome já que meu pai não sabe.

MARGARET: Duh é de se esperar do seu pai. E dois olha a boca!

ÍRIS: Também te amo mamãe!—ela e Margaret se abraçam.

Por Acaso!Onde histórias criam vida. Descubra agora