Capítulo 57

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Puxei o freio de mão e desliguei o carro, abri a porta devagar e ainda meio perplexo, ele continuava a me encarar estático.

— Mil perdões ! Mil perdões mesmo ! — Disse me aproximando, sentindo o nó na minha garganta apertar cada vez mais. — Eu me distraí por alguns segundos, e eu sei o quanto isso foi irresponsável da minha parte, mas... o senhor está bem !? Eu realmente não tinha a intenção...

O antigo diretor não falava nada, parecia que estava morto em pé, o que me fez engolir em seco e me aproximar trêmulo, sentindo meu coração bater contra o peito cada vez mais forte. — O senhor, não estava em coma ? Quer que eu te leve ao hospital ?

Quando eu encostei de leve em seus braços, ele me assustou, tanto que eu gelei na hora e instintivamente parei de respirar. Ele segurou meus dois braços com força e olhou no fundo dos meus olhos. — Você..... — Ele passou a mão no meu rosto, o que só fez meu medo aumentar. — Você voltou ? Quando ? Como ? Por que voltou !? — Ele me encarou assustado, mas com toda certeza não estava mais que eu. — Está bem pelo menos ?

— Você... — Ele parou de falar e olhou para o nada, — Eles... eles... Eles sabem que você está aqui ? — Estranhei a pergunta, e antes de perguntar quem eram eles, ele entrou em pânico novamente. — Devem saber ! Devem saber ! Você está em perigo ! — Sua respiração ficou acelerada, então ele apertou meus braços. — A Yara ! Ela ! Ela ! A Yara... A Yara ! — Seus olhos se encheram de lágrimas. — Você ! — Ele olhou nos meus olhos e parou de falar.

Engoli em seco. — Aí está ele ! — Dois homens de branco o seguraram. — Me desculpe garoto, ele fugiu do hospital !

Os supostos médicos o afastaram de mim. — Nao tem problema ! Eu o conheço....! — A respiração finalmente voltou a circular no meu corpo.

Ele olhou para mim e começou a gritar. — CUIDADO ! CUIDADO ! CUIDADO COM ELA ! ELA É CAPAZ DE TUDO ! DE TUDO !

Um frio percorreu a minha espinha, um outro homem de branco me deu um copo com água. — Se acalme ! Ele saiu de um coma não faz muito tempo... Ele ainda está delirando !

— Ah ! Okay ! — Olhei para ele sendo colocado dentro de uma ambulância, tomei a água, mas o nó não se desfez da minha garganta... Por algum motivo, eu fiquei com medo de suas palavras. Quem é ela !? Quem são eles ? E porquê eu devo ter cuidado ?

As palavras dele me atormentaram, ainda podia ouvi-las rodarem na minha mente, e não consegui me concentrar mais em nada... Estacionei o carro no posto que tinha ali perto, e depois de tranca-lo, voltei andando para casa.

— Ué ? Cadê o carro ? — Foi a primeira pergunta que minha mãe me fez depois que eu saí do banho. — Meu Deus ! Asher ? — Ela veio correndo até mim, segurou meu rosto, e ficou me virando de um lado para o outro, buscando algo. — Meu Deus filho ! Você foi assaltado !? Te machucaram ? Você está bem ?

Segurei em suas mãos, e tentei transmitir calma, mesmo que, calma não fosse nem de longe o que eu estava sentindo. — Calma mãe ! Relaxa ! Está tudo bem ! Eu senti uma tontura no meio do caminho, achei melhor estacionar e voltar andando ! Não se preocupe! Está tudo bem comigo agora !

Ela me abraçou, e senti algumas gotas atingirem minhas costas, ela estava, chorando ? — Meu filho ! Você não sabe o medo que eu senti ! De chegar em casa e não ver o carro na garagem ! — Ela me apertou e eu retribuí o abraço apertado.

O Hétero Popular da Escola IIOnde histórias criam vida. Descubra agora