Capítulo 63

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P.O.V: Jones

Ao vê-lo parado ali, dizendo aquelas coisas loucas, que era gay e que estava indo embora meu sangue ferveu.

Me levantei da mesa com um ódio que eu nunca senti antes. — Você não é gay !

Meu ódio só se tornava maior a cada minuto... Me aproximei lentamente dele, gritando com tudo que sentia, todo nojo, ódio e repulsa ! Iria arrebentar esse fedelho hoje !

Mas então ele disse...

Disse as mesmas palavras, as exatas palavras..

~flashback~

Assim que chego em casa, estranho por ver malas na sala, só então a vi descer das escadas... A barriga enorme, faltando os dias para nascer. Ela parou no último degrau da escada e me encarou, os olhos tristes, manejados.

— O que essa merda significa ? — Falei sentindo meu sangue ferver. Ela me encarou como se não soubesse o que eu falava. — O QUE ESSA MERDA SIGNIFICA ? — Apontei para as malas e ela levou o olhar até o local. — VOCÊ FICOU MUDA ?

Ela me encarou sem expressão alguma, andou muda até as malas colocando uma última bolsa no local. — É exatamente o que você está vendo ! — Ela disse calma. — Eu estou indo embora !

— EMBORA ? EMBORA PARA ONDE ?

— Para a casa dos meus pais ! — Ela respondeu dando de ombros. — Sabe, Jones ? Eu não aguento mais ! Eu não aguento mais sua obsessão, sua manipulação ! Eu não aguento mais sofrer nas suas mãos ! Psicologicamente e fisicamente! Acabou !

— ACABOU ? COMO ASSIM ACABOU ? VOCÊ NÃO VAI ME DEIXAR !

— Acabou ! — Ela retrucou calma. — Eu não quero que o meu filho cresça perto de você ! Eu não quero que o meu filho cresça num lar agressivo ! Eu não quero viver mais isso ! Estou cansada, exausta, esgotada ! Chega ! É o fim !

— Eu vou mover céus e terras para te ver infeliz pelo reto da sua vida ! — Disse entre os dentes.

— Se o resto da minha vida for longe de você e criando meu filho, ele não será infeliz ! — Ela sorriu simples. — Vai ser a melhor coisa que já me aconteceu!

Parto para cima dela, mas então toda paz e tranquilidade foi embora.

— BATE ! — Ela gritou com ódio, me fazendo parar. — BATE ! MAS BATE PRA ME MATAR ! PORQUE SE EU SAIR VIVA, EU JURO ! EU JURO QUE EU TE COLOCO ATRÁS DAS GRADES !

Seus olhos queimavam de ódio, e meu sangue ferveu. — Você me mata ! Porque se não quem vai transformar sua vida em um inferno sou eu ! — Ela mordeu os lábios com ódio.

Sem conseguir mais me conter dei um tapa em seu rosto, um tapa tão forte que minha mão ardeu e ela caiu no chão.

Mas o que se seguiu me deixou em pânico. Ela começou a gritar e a chorar, colocando as mãos na barriga. — MEU BEBÊ!

Fiquei estático, parado, em choque. Sangue descia pelas suas pernas enquanto ela tremia e gritava de dor. — Peter ! Meu Peter ! Meu filho, se acalme ! — Ela chorava. — Aquenta filho !

Não conseguia mais pensar, nem raciocinar, ela gritando de dor e agonia, ali, caída no chão. Não consegui fazer nada, ah não ser fugir. Dirigi por meia hora até chegar a empresa novamente, fiz uma ligação e me passei por um vizinho... Não poderia ficar lá, certamente seria preso.

O Hétero Popular da Escola IIOnde histórias criam vida. Descubra agora