Capítulo 2

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Benny estava segurando o capuccino preferido de Dean na mão direita. O Winchester quase agradeceu a Deus e pegou o copo rapidamente, dando um gole. O líquido doce desceu pela sua garganta e creme ficou nos cantos dos seus lábios.

Benny deu alguns passos na direção de Dean e deixou as suas mãos nos quadris dele. O Winchester sentia o hálito forte de pasta de dentes do seu amigo bem perto da sua boca...

— O que você está fazendo? — Dean foi interrompido por um beijo, e que beijo... as suas pernas falharam e ele levou a mão até a nuca do homem, deixando-o cada vez mais colado em si.

Benny se separou de Dean com um sorriso preso nos lábios. O Winchester estava ofegante enquanto olhava para o seu amigo com os olhos arregalados pelo o que haviam feito.

— Porra Benny, aqui não. — Dean sentiu o seu amigo o imprensar nos armários com agressividade e o dar um beijo profundo. Benny era uma das pessoas que Dean confiava cegamente, mas isso que tinham era algo que já acontecia a mais ou menos um ano. Tudo começou com uma noite que beberam muito e acordaram nus um do lado do outro em uma cama. A primeira reação do Winchester foi o desespero, pois tinha certeza que perderia o seu amigo, mas depois da primeira vez veio a segunda, terceira, quarta... Então decidiram que nunca passariam da linha do sexo casual entre amigos. — Se pegarem a gente, estamos na rua — arfou.

Benny separou as suas bocas e desceu beijos até ao pescoço de Dean, deixando um chupão em sua pele. O Winchester gemeu e tombou a cabeça para trás. Que se foda, ele estava com muito tesão. Quando o seu amigo deu alguns passos para longe, Dean grunhiu em desaprovação. Que merda, agora tinha um problema no meio das suas pernas.

— Idiota — Dean riu abrindo o seu armário para pegar o seu celular. Deu um último gole no café e jogou o copo no lixo mais próximo. Sentiu Benny o abraçar por de trás e deixar um beijo suave em seu pescoço.

Amigos não faziam aquilo, ok que a amizade era com benefícios, mas o carinho era algo extremamente íntimo. Dean se culpava por não ter coragem de dizer que essa era uma linha que não deveria ser ultrapassada, mas o que tinham era algo bom.

— Você está tenso — Benny cheirou o pescoço de Dean. — O que aconteceu senhor torta?

Dean engoliu em seco e se lembrou de Cas, o homem que estava vivendo consigo. Ainda não poderia contar do homem estranho que encontrou no meio do nada para Benny, pois ele provavelmente surtaria. Algum dia falaria de Cas para as pessoas que faziam parte da sua vida, mas por enquanto o manteria em segredo.

— Se você me chamar desse jeito novamente, eu juro por tudo que é mais sagrado nesse mundo que esqueço que somos amigos e te dou um murro no meio da cara — revirou os olhos, odiava esse apelido e sempre falava o mesmo há anos. — Não aconteceu nada — ficou de frente para Benny com os seus corpos quase colados. De novo a voz da culpa começava a soar em sua mente: amigos não fazem isso, amigos não fazem isso.

Aquela relação estava mais carinhosa romanticamente que o normal. Dean não queria dar falsas esperanças a Benny que aquilo algum dia se tornaria oficial, e talvez devesse conversar com ele sobre isso o mais rápido possível, acabar com tudo... Nunca o amaria e ele merecia alguém que o amasse verdadeiramente.

— Eu te conheço Winchester, alguma coisa está acontecendo — colocou a mão na bochecha de Dean. — Eu posso te ajudar a relaxar... Eu sei como você gosta.

Dean mordeu o lábio e deu de ombros.

— Ok — saiu do espaço pessoal do seu amigo.

— Depois do trabalho, na sua casa.

— Não! — Dean disse alto.

— Você sempre gosta na sua casa — olhou para o Winchester desconfiado. — Pode ser na minha então.

Amnésia [Destiel]Onde histórias criam vida. Descubra agora