Capítulo 10

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- E assim que finalizamos o primeiro desfile da Balsano's. - Âmbar anunciou e Federico e eu aplaudimos. - Agradecemos à presença de todos! - Completou empolgada.

- Tia Âmbar, cadê a mamãe?! - Diana interrogou percorrendo a sala com os olhos. - Será que ela não gostou que eu peguei o sapato dela?! - Perguntou triste.

- Claro que não querida sua mãe adorou. - Minha irmã respondeu com compaixão.

- Ela amou. - Confirmei. - Mas precisou sair para atender a porta, inclusive ela está demorando. - Constatei um pouco preocupado. - Eu vou até lá para ver o porquê ela ainda não voltou. - Disse levantando-me e indo em direção à porta principal, ao me aproximar ouvi a voz de um homem.

- Filha, o que está acontecendo, por que não podemos entrar?! - O homem questionou e eu me dei conta que conhecia aquela voz, era do juiz Miguel Valente, pai de Luna, meu sogro. Droga! Reclamei mentalmente.

Miguel sempre foi o meu menor entusiasta, Luna é filha única, a princesinha da casa, a garotinha do papai, quando começamos a sair, Miguel não fez questão alguma em esconder a opinião que tinha sobre mim, um playboyzinho que só queria se divertir com a filha dele. Ele foi muito resistente em conceder a permissão para que eu e Luna nos cassássemos, demorou muito para que nós o convencêssemos, quando conseguimos, ele me chamou para uma longa conversa sobre o que faria comigo se caso eu magoasse Luna e ele cumpriu o que disse, eu podia sentir meu maxilar doer apenas por lembrar o soco que levei assim que os Valentes chegaram para ajudar a filha com o divórcio.

- Não é nada papai, eu só acho melhor vocês subirem e descansarem um pouco, as crianças estão muito agitadas, eles vão acabar com vocês. - Luna falou nervosa, eu sabia o que ela estava tentando fazer, ela queria evitar uma provável briga entre mim e Miguel.

- Você sabe que eu não me importo com isso. - Miguel rebateu. - Eu vou ver meus pestinhas. - Anunciou e eu ouvi seus passos ficando mais fortes.

- Não papai, espere! - Luna pediu desesperada, instantes antes de Miguel entrar no corredor e se deparar comigo. Ao colocar os olhos em mim, suas feições foram de confusão a ódio em frações de segundos.

- O QUE ESTE MISERAVEL ESTÁ FAZENDO AQUI?! - Perguntou raivoso, imediatamente Luna e sua mãe apareceram no corredor e ambas estavam com os rostos preocupados.

- Pai, calma. - Luna implorou. - Eu posso e vou explicar tudo, mas, por favor, se acalme.

- Me acalmar, eu vejo este infeliz dentro da sua casa e você quer que eu fique calmo, francamente Luna! - Exclamou sem tirar os olhos de mim e eu não tive dúvida que apanharia novamente.

- Miguel, Lu está certa, vamos ficar calmos. - Mônica pediu amena. - Tenho certeza que há uma boa explicação para tudo isso. - Concluiu encarando a filha, passando-lhe segurança.

- Senhor eu posso garantir que estou aqui com minhas melhores intenções. - Assegurei procurando esconder meu pânico.

- Sim, eu sei que está. - Ironizou. - Está com aqui com a melhor intenção de dormir com minha filha novamente e deixa-la grávida! - Vociferou e suas palavras me atingiram mais do que qualquer soco que eu poderia levar.

- Por que vocês estão gritando?! - A voz de Federico surgiu fazendo com que eu me virasse e o visse parado juntamente com Diana e Âmbar que nos olhavam assustadas.

- Crianças por que não vamos fazer uma guerra de travesseiros no quarto da mamãe?! - Âmbar sugeriu para proteger os sobrinhos.

- Mas a vovó e o vovô estão aqui. - Diana argumentou dando alguns passos na direção dos avós.

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