- Mamãe, eu posso fazer um desenho para o quarto do papai ?! - Diana perguntou assim que terminou sua tarefa.- Claro meu amor, tenho certeza de que ele vai adorar. - Respondi sorrindo. - Que tal fazer aquele gatinho lindo que você sabe fazer.
- Pode colocar borboletas também ?! - Diana interrogou pegando alguns lápis.
- Sim, elas ficamão lindas. - Afaguei seu rosto. - Fe por que não faz um desenho também ?! O papai iria gostar muito.
- Eu não sei desenhar. - Ele disse olhando para baixo.
- Não diga mentiras Federico. - Franzi o cenho. - Seus desenhos são lindos. - Contrariei dando a ele alguns lápis. - Sabe o que eu acho que o papai iria gostar ?! - Questionei e ele negou com cabeça. - Que você desenhe um avião bem bonito, sem céu com muitas nuvens. - Falei empolgada e os olhos dele brilharam.
- Um foguete também! - Exclamou já começando a desenhar.
- Um foguete também. - Repeti sorrindo. - Eu estou na cozinha com um voto e com um voto. - Avisei e saí da sala, quando cheguei na cozinha, flagrei uma cena constrangedora minha mãe recostada na bancada agarrada ao meu pai beijando-o. - Filha entrando. - Disse e eles se soltaram assustados. - Seus netos estão na sala, só para comentar. - Peguei um copo de água na geladeira.
- Eu vou ... eu vou ... - Meu pai se enrolou visivelmente envergonhado. - Eu ...- Coçou a cabeça e eu ri. - Vou fazer uma ligação. - Anunciou e saiu vermelho de tanta vergonha.
- Você não deveria ter feito isso. - Minha mãe recriminou e eu gargalhei. - Pode parar com isso mocinha, a senhorita não tem moral para fazer isso. - Disse com falsa raiva. - Ou pensa que eu me esqueci da cena que você protagonizou com seu marido na frente dos seus filhos?!
- Aiii mamãe! - Exclamei apaixonada. - É tão bom poder beijar Matteo outra vez. - Confessei corando.
- Ah, minha querida não sabe o quanto é importante te ver assim, tão feliz. - Ela afagou meu rosto. - Mas, você está consciente de que ele não se lembra?! E que na cabeça dele vocês ainda são aqueles jovens descobrindo o amor juntos.
- Estou mamãe, e frisei isso muito para ele na nossa conversa no hospital. Ele sabe em que pé estamos, fiz questão de deixar isso muito claro. - Falei sentando-me no banco.
- Contou a ele sobre o divórcio?! - Perguntou receosa.
- Contei, falei tudo, resumidamente é claro, mas não deixei de fora nenhum detalhe importante inclusive Emília. - Respondi e minha mãe fitou o chão, preocupada.
- Você fez certo querida, mas foi uma jogada arriscada. - Ponderou e eu fiquei confusa. - Veja bem, Emília sempre, sempre, será um assunto delicado entre vocês, pode não parecer minha filha, mas ela ainda é o inimigo, mesmo não estando presente.
- A senhora acha?! - Interroguei insegura, queria começar novamente com Matteo, mas não estava disposta a competir com Emília novamente, mesmo com o fantasma dela.
- Acho meu amor. - Confirmou e eu tremi. - Não fique com medo, enfrente essa situação. - Ela falou com firmeza. - Matteo amava você, mas quando ela apareceu, ele se deixou levar e sabe por quê?! - Indagou e eu neguei com a cabeça. - Matteo era imaturo para os negócios e para o casamento, e Emília surgiu como uma válvula de escape para isso.
- Está dizendo que eu não fui o suficiente para ele?! - Perguntei indignada e minha mãe riu baixo.
- Não filha, lógico que não. - Negou rindo. - O que estou dizendo é que ele não sabia como lidar com os próprios sentimentos, mesmo os que ele tinha por ela, então permitiu que ela indicasse o caminho. - Explicou e eu suspirei. - Hoje, creio que aquela paixão que ele tinha por ela acabou, no entanto isso deu lugar à raiva por ela ter o separado das crianças e de você, e a raiva minha linda é um sentimento perigoso.
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Abraça-me
RomantizmPoderia um amor nascer de um casamento terminado?! Para Luna Valente não, ela deixou de acreditar no amor quando se separou do homem dos seus sonhos. Agora depois de anos quando finalmente se reergueu e conseguiu uma vida feliz perto da família que...