UM MÊS E MEIO DEPOIS
A vida é como correr uma maratona, em alguns momentos você precisa ir mais rápido, outros mais devagar, em alguns você precisa apenas manter o ritmo, às vezes você passa por ruas mal pavimentas, às vezes por boas ruas, às vezes estará chovendo, mas em alguns momentos os sol estará tão forte que você desejará a chuva. Contudo, acima de tudo o mais importante tanto da maratona, quanto da vida, não é chegar em primeiro lugar, e sim cruzar a linha de chegada, e provar para si mesma que é possível. Terminei a minha reflexão tirando o meu fone de ouvido e subindo as escadas da mansão, entrei em meu quarto silenciosamente, e vi que Matteo ainda dormia tranquilamente. Sorri, isso era o que ele precisava, os dias haviam sido longos, e bem a abertura do testamento do meu sogro seria naquela noite e isso vinha deixando meu marido inquieto. Entrei no chuveiro aproveitando meus cinco minutos apenas meus, sem Matteo, sem crianças, sem nem ao menos pensar na gravidez, aquela era a minha hora, meus minutinhos perfeitos. Saí do chuveiro enrolada na toalha, passei a mão pela prateleira do closet pegando o celular, abri checando minha agenda enviada por Yam.
- Ok, cliente às dez, onze, e onze e meia, pausa para o almoço. - Rolei a lista. - Novo cliente às duas e meia. - Li com voz preguiçosa. Espera. Franzi o cenho sem entender. Nossa, horário de almoço tão longo.
Yam, por que minha hora do almoço é tão grande?!
Minha assistente como sempre estava atenta.
Sua consulta Lu, você disse que era às uma.
Você desmarcou?!
Ai! O ultrassom! Lembrei agradecida por ter Yam na minha vida.
Eu tinha esquecido!
O que seria de mim sem você, obrigada!
Ela logo respondeu.
Por nada!
Você chega que horas?
Me apressei em responder.
Daqui a pouco, estou terminando de me arrumar.
Enviei e deixei meu celular, passando a me preparar para mais um dia. É hoje será cheio. Pensei enquanto me vestia. Várias coisas aconteceriam hoje, meus primeiros clientes presenciais, meu primeiro ultrassom, a leitura do testamento do meu sogro, e por fim, se tudo estivesse bem com meu bebê, Matteo e eu finalmente contaríamos para Fe e Nana que eles ganhariam um irmãozinho, nós decidimos assim, bem eu decidi, Matteo tem andando com a cabeça cheia, então quando tentei conversar, ele apenas disse: "está na sua mão" e pronto. Desde o dia posterior ao enterro ele tem estado assim, distante, assim como aconteceu logo que meu sogro falecera, eu não podia culpa-lo porque de certa maneira eu também estava agitada com a minha nova empreitada, mas eu queria que ele estivesse mais presente. Terminei de me arrumar, ao voltar ao quarto notei que Matteo ainda dormia, suspirei ponderando se o melhor era acorda-lo ou não, mas optei por deixa-lo dormir um pouco, seu telefone não tocara, então o melhor era que descansasse. Saí do quarto após deixar um beijo em sua testa e me deparei com meus filhos andando pelo corredor.
- Mamãe! - Diana se prendeu em mim, e Federico a seguiu fazendo o mesmo.
- O que os dois estão fazendo acordados?! - Arqueei a sobrancelha. - Faltam uma hora para vocês começarem a se arrumar para a escola.
- É que o sono foi embora. - Federico coçou a cabeça.
- E por que não ficaram na cama para pega-lo de volta como eu ensinei?! - Questionei e eles abriram sorrisos sapecas.
- É porque ficar na sua cama faz vir mais rápido. - Diana torceu a blusa do pijama e eu apertei os lábios e me agachei na altura deles.
- Acontece que eu já estou indo trabalhar. - Contei e meus filhos olharam para baixo.
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Abraça-me
عاطفيةPoderia um amor nascer de um casamento terminado?! Para Luna Valente não, ela deixou de acreditar no amor quando se separou do homem dos seus sonhos. Agora depois de anos quando finalmente se reergueu e conseguiu uma vida feliz perto da família que...