- Eles estão acabados. - Luna se jogou na cama. - E eu também. - Aquela era nossa última noite de férias, já estávamos cansados, mas nossos filhos pareciam ter um fôlego inesgotável.
- Eles nos deram um baile hoje. - Falei me deitando ao seu lado.
- Coloca baile nisso, mas apesar do cansaço eu estou feliz. - Ela sorriu encarando o teto. - A alegria deles faz tudo valer a pena.
- Sim, vale. - Concordei com a cabeça. - Lu, como quer fazer quando chegarmos?! - Questionei, já estava na hora de conversar sobre como assumiríamos nossa relação.
- Eu pensei em conversamos com nossas famílias primeiro. - Ela se virou para mim e me encarou. - Quanto ao escritório deixo isso com você, sei que vai ser um burburinho quando nossa história vier à tona.
- Tudo bem, vamos deixar somente para os íntimos então, pelo menos por enquanto. - Esfreguei os olhos. - Não me sinto pronto para os olhares de reprovação ainda.
- Amor, ninguém, ninguém mesmo, tem o direito de julgar você ou o nosso relacionamento. - Luna segurou meu rosto e selou nossos lábios.
- Você é incrível sabia?! - Indaguei e ela abriu um sorriso.
- Sabia, são os meus superpoderes de mãe. - Brincou piscando.
- Está bancando a mãe comigo?! - Arquei a sobrancelha e ela se virou para o outro lado. - Luna. - Chamei baixo.
- Talvez, você precisa de um pouco de atenção materna. - Ela disse apagando o abajur. - Vamos dormir querido, estou cansada.
- Que?! - Interroguei perplexo. - Negativo. - Disse contrariado. - Vou te ensinar a não bancar a mãe comigo. - Agarrei seus pulsos e me coloquei sobre ela. - Você não dorme essa noite Balsano.
- Você também não Balsano. - Luna cruzou as pernas em meu quadril e inverteu nossas posições e se inclinou para me beijar. Depois disso entregamos tudo o que podíamos um ao outro e eu fiquei em dúvida se foi realmente eu quem ensinou algo ali. - Essa vai ficar para história. - Ela falou cobrindo seu corpo com lençol e saindo da varanda. - Será que fomos vistos?!
- Não tenho ideia. - Dei os ombros. - Mas são quase quatro da manhã, então as chances são bem pequenas.
- Onde agora?! - Ela perguntou olhando para os lados.
- Topa um pulinho na praia?! - Sugeri com um sorriso malicioso
- Mamãe! Mamãe! - O choramingo de Diana chegou à sala.
- Isso responde a sua pergunta. - Luna suspirou e apertou o lençol sobre o corpo. - Ok, o dever chama.
- Quer que eu vá junto?! - Ofereci solidário.
- Não, quanto menos estímulo ela tiver, mais fácil pegará no sono. - Ela disse e saiu para o quarto.
- Ótimo. - Sorri para mim mesmo. - Hora de trabalhar Matteo. - Disse e fui atrás do meu computador no quarto, o peguei e voltei para a sala. Trabalhei tranquilamente, quando olhei para a sacada vi que o céu já dava os primeiros sinais do raiar do dia. Luna deve estar tendo trabalho, pensei e como se ouvisse meus pensamentos, minha esposa apareceu no corredor segurando nossa filha nos braços.
- Ela teve um pesadelo. - Contou baixinho. - Está dengosa. - Luna se sentou ao meu lado e eu olhei para Diana que estava encolhida com a mãozinha no peito da mãe. - Está vendo, eu sempre tenho que bancar a mãe.
- Mas não comigo. - Contrariei e ela riu baixo.
- Tem razão, prefiro ser sua mulher. - Ela sorriu e eu me curvei um pouco e a beijei suavemente, foi então que Diana me empurrou, eu me afastei um pouco sem entender e ela se aninhou mais a Luna. Eu me senti um pouco traído, aquilo nunca tinha acontecido, Nana foi sempre tão amável. - Que isso mocinha?! - Luna encarou Diana com severidade. - É seu pai, mais respeito.
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Abraça-me
RomancePoderia um amor nascer de um casamento terminado?! Para Luna Valente não, ela deixou de acreditar no amor quando se separou do homem dos seus sonhos. Agora depois de anos quando finalmente se reergueu e conseguiu uma vida feliz perto da família que...