Capítulo 34

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- Mamãe, posso segurar esse?! - Diana pegou um cartaz em cima da mesa.

- Claro, meu amor, a vovó e o vovô vão adorar. - Sorri para ela e peguei outro cartaz da mesa. - Fe. - Chamei, e meu filho correu até mim. - Segure este. - Entreguei o cartaz a ele. - Foi o que você desenhou o foguete.

- Por que eu tenho que segurar o cartaz?! - Ele olhou para o pedaço de cartolina confuso.

- Para recepcionar o vovô e a vovó. - Expliquei tranquila. - Seu pai me mandou uma mensagem, avisando que eles já estão chegando, então temos que nos organizar.

- Mamãe, eu não gosto de segurar o cartaz, eu quero soltar o foguete. - Ele apontou para o lança confete em cima da mesa.

- Meu bem, eu irei estoura-lo, você pode se machucar. - Indiquei e ele fez um biquinho fofo. - Mas, você pode fazer muito barulho com o apito, certo?!

- Certo! - Ele sorriu fraco e eu o abracei forte.

- Como eu te amo. - Beijei seu rosto. - Te amo, te amo. - Beijei mais um pouco. - Te amo. - O apertei um pouco mais por fim.

- Eu vou lá fora ver se eles estão chegando. - Minha cunhada disse e saiu da sala.

- Amor... - Simón tentou chamar, contudo ela já estava distante demais para ouvi-lo.

- Ei, ela está nervosa, releva. - Me sentei na cadeira ao seu lado.

- Eu sei, mas acontece que eu também estou. - Ele suspirou frustrado, mexendo em uma caneta em cima da mesa. - É a minha primeira vez com os meus sogros, principalmente com o meu sogro, isso é tenso.

- Ah, não se preocupe com o Ângelo. - Sorri tranquila. - Ele é um amor, super calmo, agora a senhora Juliana...

- Ela é brava? - Simón retirou os olhos da caneta.

- Digamos que ela é uma mãe zelosa. - Expliquei e ele bateu a caneta na mesa.

- Eu estou muito ferrado. - Simón se recostou na cadeira.

- Não está não, eles são ótimos e você também é, vai dar tudo certo. - Tentei anima-lo. - Deu comigo.

- Nossos casos são diferentes, você era mais nova quando entrou na família, em uma outra época. - Simón disse conformado.

- Olha se serve de consolo, minha primeira vez com eles não foi exatamente um sonho. - Mordi o lábio lembrando daquele desastre. - Você de longe já está melhor do que eu.

- Sério?! - Perguntou espantado e eu assenti. - O que aconteceu?!

- Bem, para começar, Matteo e eu estávamos bem no principio do relacionamento, ainda tentávamos conhecer os limites um do outro, sabe?! - Olhei para ele que assentiu. - E então no fim de semana de ação de graças eu acabei indo para o apartamento dele em New Haven, nós íamos passar o feriado juntos, sozinhos, bem era isso que eu achava. Mas então no meio da tarde a família apareceu no apartamento do nada, eu simplesmente não estava preparada.

- Isso é chato, mas não me parece desastroso. - Simón ponderou e eu ri.

- Eu estou te poupando dos detalhes sórdidos, mas acredite, foi um desastre. - Afirmei convicta.

- Entendo, mas em todo caso você os conquisto bem. - Ele disse sentido. - Além disso, sei que Âmbar sempre gostou de você, já o Matteo me odeia.

- Não, ele não te odeia. - Neguei convicta. - Ele tem suas reservas, como teria com qualquer namorado da Âmbs.

- Lu, ele não é exatamente meu fã, principalmente pelo que houve entre nós. - Simón falou e eu suspirei.

- Olha, nem uma palavra sobre isso, certo? - Indiquei. - Não vai pegar bem para os meus sogros se eles souberam que nós saímos por um tempo, eu já até fiz o Matteo prometer que não diria nada.

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