- Mamãe, posso segurar esse?! - Diana pegou um cartaz em cima da mesa.
- Claro, meu amor, a vovó e o vovô vão adorar. - Sorri para ela e peguei outro cartaz da mesa. - Fe. - Chamei, e meu filho correu até mim. - Segure este. - Entreguei o cartaz a ele. - Foi o que você desenhou o foguete.
- Por que eu tenho que segurar o cartaz?! - Ele olhou para o pedaço de cartolina confuso.
- Para recepcionar o vovô e a vovó. - Expliquei tranquila. - Seu pai me mandou uma mensagem, avisando que eles já estão chegando, então temos que nos organizar.
- Mamãe, eu não gosto de segurar o cartaz, eu quero soltar o foguete. - Ele apontou para o lança confete em cima da mesa.
- Meu bem, eu irei estoura-lo, você pode se machucar. - Indiquei e ele fez um biquinho fofo. - Mas, você pode fazer muito barulho com o apito, certo?!
- Certo! - Ele sorriu fraco e eu o abracei forte.
- Como eu te amo. - Beijei seu rosto. - Te amo, te amo. - Beijei mais um pouco. - Te amo. - O apertei um pouco mais por fim.
- Eu vou lá fora ver se eles estão chegando. - Minha cunhada disse e saiu da sala.
- Amor... - Simón tentou chamar, contudo ela já estava distante demais para ouvi-lo.
- Ei, ela está nervosa, releva. - Me sentei na cadeira ao seu lado.
- Eu sei, mas acontece que eu também estou. - Ele suspirou frustrado, mexendo em uma caneta em cima da mesa. - É a minha primeira vez com os meus sogros, principalmente com o meu sogro, isso é tenso.
- Ah, não se preocupe com o Ângelo. - Sorri tranquila. - Ele é um amor, super calmo, agora a senhora Juliana...
- Ela é brava? - Simón retirou os olhos da caneta.
- Digamos que ela é uma mãe zelosa. - Expliquei e ele bateu a caneta na mesa.
- Eu estou muito ferrado. - Simón se recostou na cadeira.
- Não está não, eles são ótimos e você também é, vai dar tudo certo. - Tentei anima-lo. - Deu comigo.
- Nossos casos são diferentes, você era mais nova quando entrou na família, em uma outra época. - Simón disse conformado.
- Olha se serve de consolo, minha primeira vez com eles não foi exatamente um sonho. - Mordi o lábio lembrando daquele desastre. - Você de longe já está melhor do que eu.
- Sério?! - Perguntou espantado e eu assenti. - O que aconteceu?!
- Bem, para começar, Matteo e eu estávamos bem no principio do relacionamento, ainda tentávamos conhecer os limites um do outro, sabe?! - Olhei para ele que assentiu. - E então no fim de semana de ação de graças eu acabei indo para o apartamento dele em New Haven, nós íamos passar o feriado juntos, sozinhos, bem era isso que eu achava. Mas então no meio da tarde a família apareceu no apartamento do nada, eu simplesmente não estava preparada.
- Isso é chato, mas não me parece desastroso. - Simón ponderou e eu ri.
- Eu estou te poupando dos detalhes sórdidos, mas acredite, foi um desastre. - Afirmei convicta.
- Entendo, mas em todo caso você os conquisto bem. - Ele disse sentido. - Além disso, sei que Âmbar sempre gostou de você, já o Matteo me odeia.
- Não, ele não te odeia. - Neguei convicta. - Ele tem suas reservas, como teria com qualquer namorado da Âmbs.
- Lu, ele não é exatamente meu fã, principalmente pelo que houve entre nós. - Simón falou e eu suspirei.
- Olha, nem uma palavra sobre isso, certo? - Indiquei. - Não vai pegar bem para os meus sogros se eles souberam que nós saímos por um tempo, eu já até fiz o Matteo prometer que não diria nada.
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Abraça-me
RomantizmPoderia um amor nascer de um casamento terminado?! Para Luna Valente não, ela deixou de acreditar no amor quando se separou do homem dos seus sonhos. Agora depois de anos quando finalmente se reergueu e conseguiu uma vida feliz perto da família que...