6. Mike não é o Mike

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Vi John se espantar assim como eu.

Estamos ficando malucos?

Dei dois passos para trás. Mike não era Mike. 

Era Goech.

- V-você? - esbarrei de leve no sofá. - Você não tá na cadeira de rodas.. - Falhei em sussurrar, já que a sala permanecia num silencioso transtorno de confusão.

- Eu pareço precisar de uma? - O homem sorriu e brincou de verificar algo em suas pernas. - Você.. - O mesmo apontou para Sofía, que agora erguia suas sobrancelhas em forma de desentendimento. - Você tá viva. - O homem desfez seu sorriso e o tornou numa expressão séria.
  - É o que parece. Por quê eu não estaria? - Sofía mudou o apoio de seus pés. 

- Você ficou um ano e meio fora.. - O homem agora tinha uma expressão pensativa.

- UM ANO E MEIO? - O som da voz de todos ecoava no local. Exceto Akoí, que estava cabisbaixo.- VOCÊ DISSE QUE FORAM DUAS HORAS - John gritou.

- Eu não tinha certeza! Pra mim só foram duas horas! - Sofia gesticulou suas mãos no ar como uma criança mimada.

- COMO NINGUÉM DEU FALTA DELA? - Me virei para Goech.

- Ninguém deu falta porquê ela deixou uma carta dizendo que ia desistir do caso e ir embora. - Goech a encarou. - Mas parece que ela voltou. - Ele apertou seus olhos como um míope sem óculos faria.

- Eu nunca fui. - Sofía manteve sua pose egocêntricamente intimidadora novamente. - EU NÃO ESCREVI NADA. - A mesma teria gritado.

- TEM A SUA ASSINATURA - Goech parecia realmente confuso com o ocorrido.

- NÃO FUI EU! - Sofia rebateu.

- TEM ATÉ A SUA LETR.. - Antes que Goech - ou Mike - calmamente terminasse a frase, todos fomos pegos de surpresa quando John o pegou pelo colarinho.

- É O SEGUINTE MEU IRMÃO, - John estava totalmente vermelho de raiva, e assim como sua nuca, mesmo que estejam parcialmente tampados pela sua blusa com botões e gola cor vinho e seu sobretudo preto, seus braços estavam com veias pulsando nitidamente.

- NÃO QUERO SABER, ISSO DEPOIS NÓS RESOLVEMOS COM ELA. - Parecia sobrenatural a forma como ele conseguira levantar um corpo forte como o de Mike - ou realmente é o corpo de Goech? Mesmo que seja, certamente é um corpo forte e nada parecido com a figura deficiente no hospital.

- QUERO É QUE TU LIGUE PRA PORRA DO CARA QUE MANDOU NÓS VIRMOS PRA CÁ - John o jogou na poltrona novamente e apontou sua arma para a cabeça do mesmo. - ANDA. - destravou sua arma.

O homem assustado, repetia. - Tá bom, Tá bom. - O mesmo teria pegado o celular do bolso - O celular que era de Mike. - e discou algum número.

Por trás da poltrona onde sentava desajeitosamente o mesmo, tentei gravar o número, falhando ao perceber que Goech teria notado o que tentei fazer e logo trazendo o celular mais próximo de seu peito.

O silêncio incrivelmente que seja, era o dominador ali. Todos confusos e com inúmeras perguntas que acreditávamos que seríamos completamente respondidas após essa ligação.- Alô? - Goech pressionava o celular em seus ouvidos e encarava a John que ainda o ameaçava com a arma destravada apontada para sua testa. - É, é. Sou eu. Deixa eu falar com ele. - O homem teria dado algumas pausas e dito.

- Sr. Olái? - Goech me encarou e desviou o olhar, totalmente antenado ao que escutava por trás da ligação. - É. Eles querem saber o que anda acontecendo. - Goech teria dito em um tom leve de deboche. - É, claro. - Ele sorriu e logo desfez o sorriso ao encarar John e sua arma sabendo que se fosse necessário, ele despararia. - Ah, e tem mais uma coisa. - Pude deduzir que o homem teria encarado a Sofía.

- Ela tá aqui. A Sofía. - Alguns segundos se passaram. Com o silêncio grande na sala, era possível perceber que o outro lado da linha também teria ficado em silêncio por alguns instantes antes de dizer algo e Goech desligar e levantar rapidamente ignorando totalmente John e sua mira.- Aguardem, vai chegar uma carta e vocês vão ter o endereço pra conseguir respostas pras suas perguntas. - Goech encarou a todos. - O número do Sr. Olaí está aqui, qualquer coisa, o ligue. - Ele entregou algum cartão a John, que ainda o apontava uma arma.

Um estrondo aconteceu do outro lado da sala fazendo com que todos nós olhássemos de abrupto. Não havia nada.

Olhamos novamente afim de recuperarmos a cena de ameaça que antes ali habitava. Mas, Goech não estava mais lá. Novamente o homem havia sumido misteriosamente.- Caralh..- Antes que Kelsier pudesse terminar seu xingamento e tirar seu dedo recém-queimado pelo seu bolo no forno e pudéssemos nos irritar com tudo que teria acontecido agora e reclamar de como Kelsier pôde ir fazer bolo ao mesmo tempo em que John apontava uma arma para cabeça de um homem que sumiu misteriosamente pela segunda vez, o barulho de passos no degrau da escada nos chamou mais atenção.

- Nossa. Alguém viu um fantasma por aqui? - Mike desceu as escadas rindo.

[NOTAS]

ok, confesso

Tô amando fazer capítulos mais curtinhos e imaginar vocês irritados com isso, desculpaKKKKK

sorte de vocês que já vai ser tudo postadinho ao mesmo tempo, daí vcs não sofrem e eu só passo como otária KSKZJDKSJ

NÃO DEIXEM DE COMENTAR E DAR NOTAAAA

BEJUS, até o próximo cap!

*Bônus*


Uma vibração veio de meu bolso. Nova mensagem de texto.

[Número Restrito]

Não confie no Akoí. - Goech

Itaperuna: Contos ReaisOnde histórias criam vida. Descubra agora