Vi John se espantar assim como eu.
Estamos ficando malucos?Dei dois passos para trás. Mike não era Mike.
Era Goech.
- V-você? - esbarrei de leve no sofá. - Você não tá na cadeira de rodas.. - Falhei em sussurrar, já que a sala permanecia num silencioso transtorno de confusão.- Eu pareço precisar de uma? - O homem sorriu e brincou de verificar algo em suas pernas. - Você.. - O mesmo apontou para Sofía, que agora erguia suas sobrancelhas em forma de desentendimento. - Você tá viva. - O homem desfez seu sorriso e o tornou numa expressão séria.
- É o que parece. Por quê eu não estaria? - Sofía mudou o apoio de seus pés.
- Você ficou um ano e meio fora.. - O homem agora tinha uma expressão pensativa.
- UM ANO E MEIO? - O som da voz de todos ecoava no local. Exceto Akoí, que estava cabisbaixo.- VOCÊ DISSE QUE FORAM DUAS HORAS - John gritou.
- Eu não tinha certeza! Pra mim só foram duas horas! - Sofia gesticulou suas mãos no ar como uma criança mimada.
- COMO NINGUÉM DEU FALTA DELA? - Me virei para Goech.
- Ninguém deu falta porquê ela deixou uma carta dizendo que ia desistir do caso e ir embora. - Goech a encarou. - Mas parece que ela voltou. - Ele apertou seus olhos como um míope sem óculos faria.
- Eu nunca fui. - Sofía manteve sua pose egocêntricamente intimidadora novamente. - EU NÃO ESCREVI NADA. - A mesma teria gritado.
- TEM A SUA ASSINATURA - Goech parecia realmente confuso com o ocorrido.
- NÃO FUI EU! - Sofia rebateu.
- TEM ATÉ A SUA LETR.. - Antes que Goech - ou Mike - calmamente terminasse a frase, todos fomos pegos de surpresa quando John o pegou pelo colarinho.
- É O SEGUINTE MEU IRMÃO, - John estava totalmente vermelho de raiva, e assim como sua nuca, mesmo que estejam parcialmente tampados pela sua blusa com botões e gola cor vinho e seu sobretudo preto, seus braços estavam com veias pulsando nitidamente.
- NÃO QUERO SABER, ISSO DEPOIS NÓS RESOLVEMOS COM ELA. - Parecia sobrenatural a forma como ele conseguira levantar um corpo forte como o de Mike - ou realmente é o corpo de Goech? Mesmo que seja, certamente é um corpo forte e nada parecido com a figura deficiente no hospital.
- QUERO É QUE TU LIGUE PRA PORRA DO CARA QUE MANDOU NÓS VIRMOS PRA CÁ - John o jogou na poltrona novamente e apontou sua arma para a cabeça do mesmo. - ANDA. - destravou sua arma.
O homem assustado, repetia. - Tá bom, Tá bom. - O mesmo teria pegado o celular do bolso - O celular que era de Mike. - e discou algum número.
Por trás da poltrona onde sentava desajeitosamente o mesmo, tentei gravar o número, falhando ao perceber que Goech teria notado o que tentei fazer e logo trazendo o celular mais próximo de seu peito.
O silêncio incrivelmente que seja, era o dominador ali. Todos confusos e com inúmeras perguntas que acreditávamos que seríamos completamente respondidas após essa ligação.- Alô? - Goech pressionava o celular em seus ouvidos e encarava a John que ainda o ameaçava com a arma destravada apontada para sua testa. - É, é. Sou eu. Deixa eu falar com ele. - O homem teria dado algumas pausas e dito.
- Sr. Olái? - Goech me encarou e desviou o olhar, totalmente antenado ao que escutava por trás da ligação. - É. Eles querem saber o que anda acontecendo. - Goech teria dito em um tom leve de deboche. - É, claro. - Ele sorriu e logo desfez o sorriso ao encarar John e sua arma sabendo que se fosse necessário, ele despararia. - Ah, e tem mais uma coisa. - Pude deduzir que o homem teria encarado a Sofía.
- Ela tá aqui. A Sofía. - Alguns segundos se passaram. Com o silêncio grande na sala, era possível perceber que o outro lado da linha também teria ficado em silêncio por alguns instantes antes de dizer algo e Goech desligar e levantar rapidamente ignorando totalmente John e sua mira.- Aguardem, vai chegar uma carta e vocês vão ter o endereço pra conseguir respostas pras suas perguntas. - Goech encarou a todos. - O número do Sr. Olaí está aqui, qualquer coisa, o ligue. - Ele entregou algum cartão a John, que ainda o apontava uma arma.
Um estrondo aconteceu do outro lado da sala fazendo com que todos nós olhássemos de abrupto. Não havia nada.
Olhamos novamente afim de recuperarmos a cena de ameaça que antes ali habitava. Mas, Goech não estava mais lá. Novamente o homem havia sumido misteriosamente.- Caralh..- Antes que Kelsier pudesse terminar seu xingamento e tirar seu dedo recém-queimado pelo seu bolo no forno e pudéssemos nos irritar com tudo que teria acontecido agora e reclamar de como Kelsier pôde ir fazer bolo ao mesmo tempo em que John apontava uma arma para cabeça de um homem que sumiu misteriosamente pela segunda vez, o barulho de passos no degrau da escada nos chamou mais atenção.
- Nossa. Alguém viu um fantasma por aqui? - Mike desceu as escadas rindo.
[NOTAS]
ok, confesso
Tô amando fazer capítulos mais curtinhos e imaginar vocês irritados com isso, desculpaKKKKK
sorte de vocês que já vai ser tudo postadinho ao mesmo tempo, daí vcs não sofrem e eu só passo como otária KSKZJDKSJ
NÃO DEIXEM DE COMENTAR E DAR NOTAAAA
BEJUS, até o próximo cap!
*Bônus*
Uma vibração veio de meu bolso. Nova mensagem de texto.
[Número Restrito]
Não confie no Akoí. - Goech
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Itaperuna: Contos Reais
Mystery / ThrillerUma história rondava uma cidadezinha, uma historia cujo um médico fazia experimentos de mutações em suas vítimas. Ninguém sabia nada sobre, até que, cinco jovens foram reúnidos suspeitosamente afim de resolver este caso.