Ao chegarmos no Hospital novamente, Anaorí nos mostrou o quarto onde todos dormiríamos. Era um quarto grande, largo e supria-nos com camas o suficiente para todos.
Escolhi a cama do final do quarto, encostada na janela. Akoí na cama ao lado, Anaorí na outra, Isadora na outra, Kelsier na outra, Sofia na outra, John na outra e Jasper numa que provavelmente seria para Mike - Ou de Choy - , mas Mike havia sumido magicamente, e apenas acreditamos que estava no outro lado do Hospital, apenas nos esperando.
Não conseguíamos dormir sabendo que estava acontecendo algo.
John sentou-se na cama de Anaorí e conversava com a mesma.
Akoí apenas tinha colocado seu corpo na cama e já estava dormindo.
Após um tempo, acreditamos que Anaorí e Akoí estariam dormindo profundamente. Olhando pela janela do quarto, observei um carro adentrando o estacionamento do local e alguns barulhos no andar de baixo.
- Acho bom termos um plano. - Olhei para trás, observando a luz da luz iluminar os outros em suas camas atrás de mim. - Tem alguém chegando. - Encarei John.
Isadora ficou de repouso devido aos feirmentos na perna. Jasper, o pavão, dormiu rapidamente. Sofía escondeu-se debaixo dos cobertores. Kelsier estava com sua arma debaixo de seu travesseiro assim como eu, preparado. John levou seu celular até o banheiro próximo das escadas, o deixando na beirada da porta e entrou em chamada de vídeo com o meu número.
Atendi. Agora eu via toda a escadaria e a quem subisse pela mesma.
A internet era precária, me fazendo ter uma vista com delay das escadas. Assim que John entrara no quarto, ainda mostrava na chamada que ele estava voltando. Um atraso de segundos.
Ficamos todos quietos. Apenas ouvindo o barulho da porta da entrada principal abrir e algumas vozes conversando. Barulhos de saltos ecoavam o local. Quando na chamada vi o corpo de Anaorí e um homem baixinho calvo, fiz sinal para ficarmos quietos.
Era assustador ver Anaorí dormindo a duas camas de mim e uma outra Anaorí de coque alto totalmente maliciosa andando pelo Hospital.
Ao ouvirmos a porta do outro lado do corredor fechar, levantamos. John correu para pegar seu celular no banheiro. Kelsier e Jasper estavam no corredor. Corri para perto da porta afim de escutar o que aconteceria a seguir.
John e Kelsier decidiram bater na porta do quarto. Duas vozes masculinas falavam com John, que mantinha o tom de voz áspero. Uma das vozes certamente era de Choy. Barulho de porta fechando. Eles entraram. Sai com a arma em mãos e encostei meu ouvido na porta onde os outros entraram. Estavam conversando? John provavelmente estaria ameaçando alguém e Kelsier dando suporte.
Coloquei a arma no coldre e bati na porta. Anaorí abriu a porta. Anaorí de cabelos presos. Engoli a seco.
- Hm, o que está havendo? John e Kelsier entraram aí. Posso entrar também? - Ergui a cabeça afim de encarar o corpo alto de Anaorí.
- Entraram, mas já tem gente o suficiente aqui. Já passou da sua hora de dormir, não?! - Antes que pudesse revidar, a mesma fechou a porta em meu rosto. Corri para o quarto e sacudi Isadora para que a mesma acordasse. Sofía levantara rapidamente puxando seu canivete de sua bota, indo com autoridade até o corredor.
Indo ao corredor, já estava certa povoação. Um homem careca e calvo, Choy e Anaorí tentavam argumentar contra John, Sofia, Kelsier, Isadora e o pavão.
- Posso saber porquê caralhos não deixaram a Naomí entrar ali? - John cerrava o punho a cada palavra.
- Não tem nada de importante ali, rapazes. Apenas estudos. - Choy dizia com certa elegância.
- Ah, e obrigado pela descoberta, Sr. Choy. - O homem calvo sorriu em elegância a Choy.
Choy por algum momento nos forçou a dormimos, nos fazendo adentrar o quarto, deitarmos encarando o teto branco até cairmos no sono.
Estava tudo MUITO estranho. Mesmo nossos corpos congelados do frio lá de fora e o cansaço mental, não conseguíamos pregar os olhos.
Após alguns minutos em silêncio, todos estávamos aceitando a ideia de deixar para o próximo dia toda a missão, mas um grito nos trouxe de volta a tona.
Um grito alto, grave, no andar de cima.
Esse grito era familiar...
Era o grito de Mike.
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Itaperuna: Contos Reais
Misterio / SuspensoUma história rondava uma cidadezinha, uma historia cujo um médico fazia experimentos de mutações em suas vítimas. Ninguém sabia nada sobre, até que, cinco jovens foram reúnidos suspeitosamente afim de resolver este caso.