||𝐈 𝐌 𝐀 𝐆 𝐈 𝐍 𝐄 𝐂 𝐑 𝐄 𝐄 𝐏 𝐘 𝐏 𝐀 𝐒 𝐓 𝐀||

CAP 42•

- S/n..?!

Sem preocupações, atendeu ao seu chamado, limpando as lágrimas das bochechas e parando ao lado de Liu. Que encarava o casal com um certo desconforto, e, aos seus olhos capturarem a feição de surpresa do garoto, imediatamente a mente dela saiu do descanso e se pôs a pensar:
Fugir ou o abraçar?

Queria o abraçar. Sentir sua pele contra a dela, e sua voz em seu ouvido. Queria se certificar de que era mesmo seu velho e melhor amigo que estava a sua frente.

Queria fugir também. Apenas se virar, cruzar o corredor e fingir que nunca o viu, ou voltar para o baile. Era medo de ir embora e nunca mais ver os creepys.

S/n: I-ice..?

Depois oque veio pela frente, talvez fosse bom para ela, afinal, depois que voltou aos braços e beijos dos pais, ao calor da vida antiga, no dia seguinte, seus pais colocavam as malas no porta-malas dispostos a sair daquela cidade.
O desejo do casal de seus pais era apenas um: Esquecer que um dia a filha sumiu. E infelizmente essa decisão fez com que S/n se despedisse de quem ela mais esperou ver depois de tanto tempo: Ice e Bianca.

Quando o carro partiu, e S/n curvou o corpo para trás. Lá estavam eles, de mãos dadas, Ice e Bianca acenando para S/n dentro do carro que partia em direção a cidade vizinha, onde, segunda sua doce mãe, começaria sua nova vida.

- Esqueça de tudo e todos...
Dizia seu pai no banco da frente, dirigindo com um cigarro caindo a boca.
- Teremos uma tranquila vida no campo. Curtir eu minha aposentadoria com minha filha e mulher!

Ele era novo para se aposentar e deixar o cargo de xerife -ou policial chefe- da cidade, bem, não era o que dizia o homem de roupas despojadas na frente do banco.

S/n: Eu não quero uma vida nova, eu quero os meus amigos!-- disse, do banco de trás com a voz aumentada. Denunciando sua revolta com aquilo.

Dereck: Pelo santo amado, você chama aquilo de amigos, S/n?-- indagou seu pai, cambaleando a cabeça enquanto falava-- Abra seus olhos, filha. Eles não passam de aberrações!-- completou a frase, jogando seu braço esquerdo para fora da janela.

S/n: Mas pai-

O diálogo acabou quando, em uma derrapada na estrada de barro, seu pai desferiu xingamentos a uma combi que vinha em sua direção, descontroladamente sobre a pequena pista de barro. Tendo ao redor, as plantas que surgiam e pareciam ser infinitas.
A combi fugiu deixando a poeira para trás, deixando um senhor motorista rabugento. Mas isso durou pouco, Dereck adquiriu em seu rosto raivoso um pequeno sorriso, usando a mão que estava pendurada na janela para tirar o óculos de seu rosto. S/n conhecia muito bem aquele enorme portão de madeira com as letras gigantes indicando o local que agora seria sua casa.

A estrada de barro se encerrou no fim (ava). O carro de seu pai parou em frente a uma verdadeira mansão de madeira, com seus familiares saindo de dentro dela com um sorriso receptivo no rosto.

Suas duas primas gêmeas, sua tia e seu tio.

Antes de abrir a porta e sair com os pais, ouviu sua mãe balbuciar quaisquer palavras de ódio contra a família calorosa. Clarisse nunca se deu bem com as cantadas irritantes que seu tio fazia com ela quando seu pai não via.
Quando saíram, S/n suspirou, aproximando do pai e ficando ao seu lado, de frente para as primas gêmeas; Amanda e Mirela.

Roger: Sejam bem vindos, irmão!-- seu tio, puxou Dereck para um caloroso abraço, ajeitando o chapéu de palha sobre a cabeleira ruiva desarrumada.

Isabel: Clara...-- com um sorriso, Isabel caminhou balançando a cintura e a enorme saia florida até sua mãe, com os braços abertos para um abraço.

Clarisse fechou mais o rosto e recuou dois passos.

Clarisse: Por favor, não me toque... E eu me chamo Clarisse, para você...

Praguejou. E se virou, voltando para o carro pisando sobre o barro com as sandálias de forma dura.

Quando foi a vez de S/n ser cumprimentada, ela não teve a mesma degustação que a mãe de poder voltar ao carro, quando viu, Amanda e Mirella já a abraçavam feliz, dizendo como sentiam saudades, que iriam se divertir,que sua vida seria melhor com elas. E que finalmente arrumaria um namorado.
Mas, ao sentir seus braços apertarem o corpo dela, lembrou-se do que disse ao seu pai: "Eu não quero uma vida nova, quero os meus amigos!"

Ela não se referia aos Creepypastas, de certa forma sim, se referia a Ice, Bianca, A/n e
S/a.

Notas:
"Amas Sarah. Não ia ter três capítulos?" Siim! Vai ter na próxima semana, CALMAAAA, antes de sair me espancando, ouça minha explicação.
Como o cap do Liu já fecha o capítulo dos beijos, eu decidi postar o fim essa semana e na próxima já começar com lindos yaoi*-*, é isso.

Beijos Man's ❤️❤️