•YAOI• Jack Risonho x Homicidal Liu

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|| serase um milagre? Três capítulos na mesma semana >:3. A pedido SamTheKiller010 e a ideia da história foi da ViviFanGirl.

   Eram três quando Liu despertou aos berros de um pesadelo, o mesmo que o importunava a semanas e parecia uma maldição para o Homicida. Quase saltou da cama, suando frio e com os olhos esverdeados arregalados encarando o espelho que ficava na parede em frente a sua cama, analisando o quão horrorisado ele estava e processando que havia acordado.

Engoliu o seco, passando a mão pela testa.

  O sonho de terror dava vida a aquela maldita noite toda vez, pelo menos uma vez por semana desde setembro. Começava com ele acordando com desejo de beber água, Liu caminhava até a cozinha com apenas as meias nos pés como uma proteção a sujeira do chão, e quando passa em frente a sala vê Jeff assassinando sua mãe e o corpo de seu pai rodeado por uma poça de sangue, no qual conseguia ver seu rosto ir de um sonolento até desespero. Antes que pudesse gritar ou provocar qualquer som, Jeff se vira para ele com a faca ensaguentada encostada em seus lábios como um sinal de silêncio, "shh... Vá dormir, irmãozinho..!", Por fim, se vira e termina de matar sua mãe com uma facada no coração, é quando Liu acorda.

  Odiava profundamente Jeff por isso, por ter matado sua família, mas principalmente aquele maldito sonho que parecia o julgar por - ao invés de dormir - não ter ajudado os pais. Que tiveram as vidas ceifadas pela faca de seu próprio filho.

  Quando já estava mais consciente do que estava acontecendo, arriscou se arrastar até a beira da cama para levantar e fazer qualquer outra coisa que prestasse, mas não voltaria a dormir naquela noite, pelo menos não naquele quarto, foi aí que viu Risonho o encarando na porta.

O palhaço estava apoiado no batente, comendo algo, e pela expressão usada por ele aparentava ter corrido assim que Liu soltou o berro.

- Não, eu não comi seus doces Risonho...
Resmungou Liu, abaixando a cabeça e encarando os próprios pés.

- Eu sei, até pq se tivesse sido você eu já teria me vingado, como faço com todos...
  Jack retrucou, tomando a liberdade de se sentar ao lado de Liu, cruzando as pernas estilo "borboleta/índio".
- Mas eu estava indo pro meu circo aí te ouvi gritar feito uma criança então deduzi que você teve um pesadelo. Acertei?
  E sorriu, olhando o menino de cabelos castanhos que devolveu o olhar com tédio.

- Vai fazer o que? Cantar uma musiquinha do demônio pra mim?
Liu perguntou, bocejando.

- Owwww, minha doce criança! Deita aqui no colinho do titio Jack que ele vai canta uma musiquinha pra você..
  O palhaço entrou já brincadeira, puxando o Homicida para deitar em seu colo sem nem deixá-lo falar algo, simplesmente o puxou e começou a acariciar os cabelos dele, como fazia com suas crianças.
- 'ele não quer sair de mim, mim, mim. Já achou sua morada aqui... Ele quer que você vai embora bate a porta do meu quarto e nunca mais tente, essa porta abrir~. Ele não quer sair de mim, mim, mim. Já achou sua morada aqui... (..)
- Mamãe! Tenho que te apresentar o Bob, ele vem cuidar de mim enquanto tu dorme. Diz que teu tik tak tem um efeito extra forte, e que tu só levanta no amanhã por pura sorte... Papai! Tenho que te apresentar o Bob, ele vem cuidar de mim enquanto tu dorme. Diz que eu tenho outras mamães que tu esconde até a morte, teu nariz fica branquinho usando algo que não pode...
- Não pode não, não (3x), tururu~ não pode não, não, não pode não...'
  Jack Risonho incrivelmente cantava bem, e Liu não sabia se era apenas com aquela música, mas também estava animado com a canção, era fantástico como ele dominava as cordas vocais muito bem e até entrava no ritmo da música, engrossando mais a voz em algumas partes (' ele pega a espingarda do papai que ele guarda no armário, mira pra porta do quarto e diz: ninguém vai entrar aqui!') e em outras vezes tentava fazer uma voz mais infantil. Era tão divertido de se ver, e talvez um tanto conturbador para os pais das crianças verem seus filhos cantando aquela "canção do demônio".

||𝐈 𝐌 𝐀 𝐆 𝐈 𝐍 𝐄 𝐂 𝐑 𝐄 𝐄 𝐏 𝐘 𝐏 𝐀 𝐒 𝐓 𝐀||Onde histórias criam vida. Descubra agora