Impringt - Beacon Hills Novel

Chance única na vida.

SETH

Duas semanas depois.

Enganar a mãe da Mia não tinha sido nada fácil, ela desconfiou de mim e sei exatamente do que ela desconfia e eu prefiro mil vezes que ela desconfie disso do que da grande verdade.

E não. Não temos um minuto de paz nessa vida.

Como se já não bastasse tudo o que tem para resolver ainda, a final do campeonato está de pé e a Emma está organizando logo as coisas para o lançamento do próximo álbum. Vida corrida? Jamais.

- É pedir demais um pouco de paz? –Liam resmunga no vestiário.

- Pelo visto, é sim. –Respondo.

- Poxa, eu quase perdi a minha namorada e agora eu tenho que ficar treinando aqui em vez de estar com ela. –Ele protesta bufando.

- Pelo menos ela está aqui, daqui dois meses eu não prometo nada. –Paul diz me lembrando da maldita turnê de lançamento.

- Além de tudo isso eu ainda vou ter que ficar sem ela durante um mês inteirinho?! –Ele pergunta incrédulo.

- Dois meses. – Corrijo ele listando os países que me lembro de ver no plano de marketing. – Vai ser mundial, vamos ao Brasil, Chile, México, França...

- Irlanda! –Paul comemora. –Eu vou ver minha mãe! E o Tommy! E as insuportáveis das minhas irmãs!

Dou risada da animação dele, não se julga um irlandês por estar com saudades da família e da cerveja esquisita que eles bebem.

- Cara eu não sei como você pode estar contente em ir para o frio. –Embry balança a cabeça para ele, provocando uma discussão até irmos para o campo treinar.

O treino foi esmagador, até mesmo para nós que temos um condicionamento melhor que os outros jogadores. O treinador Finstock vai nos matar para não perdemos essa final.

Deaton está observando a Mia todos os dias ele quer saber o que a mordida fez com ela, pois até o momento nada de transformação ou sentidos aguçados. Lydia e Stiles tem um palpite bem perigoso até: Banshee.

As dores desapareceram e ela não comenta sobre vontade de gritar ou vozes, isso me preocupa pois se não soubemos o que ela é não poderemos ajudar a controlar o que foi despertado. Se é que realmente algo foi despertado.

Ela está sentada na arquibancada com Hilary e Katherine, assistindo ao treino. E de relance posso ver Sofia no último banco observando os movimentos rápidos do Jake pelo campo.

Pego a bola leve de borracha maciça e corro com ela dentro do *pocket do taco até a baliza adversaria, para arremessar ela dentro do gol.

- É por isso que você é o atacante e não eu! –Stiles diz ao meu lado após o meu arremesso.

- Não era a intenção, juro. –Ri.

- Relaxa, eu gosto de ser middie. –Ele diz sem se importar. –Mas, cara o Matt não tinha sido expulso do campo?

Olho para a arquibancada procurando o rato, ele estava encostado na porta e olhava para as meninas de uma forma nada legal. Filho da puta.

Quando o treinador assoprou a merda do apito, sai do campo o mais rápido possível para poder dar na cara dele idiota de olhos azuis que pensa que pode fazer o que quiser sem consequências.

- Hey! – Mia põem as mãos no meu braço quando saio do vestiário. – O que foi?

Olho para a sua feição preocupada e desmancho minha vontade de socar a cara daquele desgraçado.

- Nada. –Digo rápido mudando de assunto. – Como foi sua aula de biologia?

- Péssima sem o gostoso do meu namorado prodígio em biologia. – Faz drama rindo.

- Gostoso? –Dou risada surpreso. – Quem é você e o que fez com a minha namorada?

- Vai dizer que é mentira? – Ela pergunta me medindo de cima a baixo.

- Não sei. – Me faço de desentendido. – Você acha?

- Eu tenho certeza! –Ela diz me puxando pela mão até o meu jeep e entra no lado do passageiro. – Eu quero ir para a praia!

- Eu tenho que passar no estúdio antes, tenho que resolver umas coisas para o álbum. – Aviso pondo meu cinto. – Você quer ir?

- Vou poder ouvir algo ou ver o nome do álbum? –Ela cruza os braços me olhando de forma ameaçadora.

- E... Não! –Dou meu melhor sorriso como pedido de desculpas.

- Odeio você! – Ela liga o rádio e deixa na estação que está tocando American Idiot.

A rádio tocou Green Day, Blink 182, Led Zeppelin e Guns N' Roses o caminho todo para o estúdio, deixando o clima o mais agradável possível.

E no estúdio tudo foi por água a baixo.

Primeiro porque a Emma sabe sobre a gente e não concorda em uma turnê agora por causa disso e também porque estamos no final do último ano. Notas tem que estar altas, vestibular, resposta das faculdades...mas o resto da equipe que façamos a porcaria da turnê de qualquer jeito.

Tudo bem lançar o álbum, fazemos um show de estreia aqui mesmo e depois de uns meses começamos a turnê, ou seja: Ano que vem.

- Não é hora de fazer uma turnê! –Emma rebate. – Eles precisam se formar!

- O que é um ano para quem tem a eternidade? – Um dos patrocinadores pergunta tranquilo.

- Desculpa decepcionar vocês, mas eu quero passar na Universidade de Nevada para me formar em literatura nesse século ainda. –Embry se posiciona. –E de preferência ano que vem!

- A banda sai em turnê sem você então. – Ricky, outro dos nossos empresários olha para o Embry como se fosse obvio.

- Então vão ter que sair sem mim também! – Hilary cruza os braços. – Julliard não vai esperar a boa vontade de vocês para eu poder cursar música.

- Mais alguém quer fazer faculdade e todas essas besteiras em vez de focar unicamente na banda? – Ricky suspira nervoso.

E ai para a infelicidade dele, todos nós levantamos nossas mãos.

Não tenho nenhuma vaga garantida, mas o MIT tem um lugar especial na minha lista de opções junto com Harvard. O programa de ciências deles é fantástico.

- É uma chance única na vida! –Ricky diz bravo

- Cursar Produção Musical e marketing na Universidade de Loyola em Nova Orleans, também! – Paul suspira. – É estudo cara, não podemos ficar sem estudar.

Ricky se dá por vencido aparentemente, e se ele não conseguiu ganhar essa batalha, ninguém vai.

- Essa turnê sai apenas no final do ano! –Emma diz com ar de vencedora.

E nada vai fazer ela mudar de ideia.

Notas:

Um capítulo para vocês verem como estão as coisas e o que eles passam com os agentes da banda. Santa Emma viu!
Atrasa mais cheguei!!

Com amor,

Be Brave <3