capítulo 1

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Ela? Marinette Dupain Cheng? Madrinha de casamento de Kagami Tsurugi? Só poderia ter havido algum engano.

Claro, as duas foram amigas no Ensino Médio mas essa relação de amizade não tinha acabado devido aos anos sem comunicação? Pelo visto, para Kagami, não.

Marinette manteve a carta em suas mãos, ainda atônita pela proposta repentina.

Ela, como madrinha, deveria fazer o que? Acompanhar a noiva na prova do vestido? No dia da prova do bolo que seria escolhido para a cerimônia? Ela levantaria a mão e diria que não gostava de chocolate com menta e preferiria com morango?

Sua mente estava em pane total.

— Fica calma, princesa. É só um casamento — Sabine tentou dizer, apoiando a mão em cima da de Marinette, no intuito de demonstrar que a filha tinha apoio.

Tom estava deixando isso para a esposa, já que, mesmo pai de um menina, ele definitivamente não levava jeito para aconselhá-la a algo. Manteve-se quieto, nos bastidores.

— O que madrinhas fazem? — perguntou a azulada, elevando o olhar para sua mãe, confusa.

Sabine pensou por alguns minutos. O problema era que ela nunca fora madrinha de casamento em sua vida, apenas uma convidada.

— Eu não faço ideia.

— Mas a senhora não teve madrinhas?

Essa foi a única questão que Tom soube responder sem vacilar.

— Não tivemos madrinhas e padrinhos, na verdade, tivemos. Minha mãe, mas ela apenas apareceu no dia, não teve que fazer nada.

A inquietação comprimiu ainda mais o ser de Marinette. Ela mordeu o lábio inferior.

— Eu acho que você deve conversar com a Kagami sobre isso, ela com certeza espera isso.

Aquilo era um plano, ela conversaria com Kagami e se possível, trocaria de lugar com outra pessoa. Seria simples, não seria?

A azulada respirou fundo, recuperando a calma. Se alguém poderia ajudá-la, esse alguém seria sua melhor amiga. Alya Cessarie sempre tinha uma solução para tudo.

— Vou falar com a Aly, ela deve saber o que fazer.

A mestiça sacou seu celular e digitou os dígitos do número já cadastrado no celular. Alya atendeu nos primeiros toques.

" É verdade? Você voltou pra' Paris? " a voz da amiga estava animada, mas estranhamente contida.

— Está trabalhando?

" Estou pra' encerrar o dia, precisamos nos ver. Estou morrendo de saudades suas, M. Podemos nos encontrar no Miss Marple às sete?"

— Claro.

[...]

— Entendo o seu nervosismo. E não entendo a Kagami ter chamado você para madrinha. Vocês não se falam à anos.

As duas estavam no Miss Marple, em uma mesa ao lado de uma janela. Por detrás da janela, a noite tomava o lugar do dia, enchendo o céu noturno de estrelas pequenas e brilhantes.

— Também não consigo entender. Preciso conversar com ela o mais rápido possível, não faço a mínima ideia de como ser madrinha - desabafou a Dupain Cheng, seus ombros se tornando tensos.

A azulada mergulhou o seu pão em uma sopa de tomate e o enfiou na boca, amando o sabor. Admitia, a comida inglesa era saborosa, mas a comida francesa era superior.

— Se quiser, posso conseguir o número dela pra' você. Só uma ligação para o Adrien e tudo resolvido.

A expressão que tomou o rosto da Dupain Cheng fez Alya mudar o assunto.

 (Don't) make me fall in loveOnde histórias criam vida. Descubra agora