28.

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GWEN

- Onde ela está? Onde ela está? - pergunto enquanto entro correndo para dentro do hospital

A mulher da recepção me olha assustada mas eu nada digo. Olho ao redor procurando por ela sentada em um dos bancos de espera mais nada.

- Gwen. - minha mãe aparece em um dos corredores e me chama

- Mãe, cadê ela? - pergunto desesperada

- Está aqui. - diz e segura em minha mão me arrastando pelo corredor

Paolo nos acompanha em silencio.

Minha mãe para em frente a um dos quartos e suspira. Assim que ela abre a porta eu quase caio para trás, se não fosse Paolo me amparando.

Corro até a cama e vejo minha pequena menininha deitada em meio aos lençóis brancos do leito. Fios em seus bracinhos e seu rostinho pálido. Me agarro a ela e choro como nunca chorei em toda minha vida.

- Ava. - digo e acaricio seu rostinho

- O que aconteceu? - Paolo pergunta e quando eu o olho o vejo chorando enquanto acaricia os cabelos de Ava

- Aparentemente ela comeu algo com nozes, chegou aqui com as veias respiratórias completamente fechadas. - explica

- Quem daria nozes para ela? Todos sabem que ela é alérgica. - ele diz

- Quem trouxe ela? - pergunto

- Isso é um mistério. - diz e eu a olho confusa

Minha mãe entrega a prancheta para Paolo que estava ao seu lado e ele a olha e me entrega. Na ficha médica preenchida na recepção diz somente seu nome a a causa da alergia, e absolutamente mais nada.

- Isso não pode ser possível. - digo descrente e entrego a prancheta para minha mãe - Ninguém mais viu ela chegando? - pergunto

- Não, estávamos mais preocupados em socorrer Ava que somente pegamos ela e corremos. - minha mãe diz

Eu entendo seu lado, provavelmente faria o mesmo.

- Mas o hospital tem câmeras, não tem? - Paolo pergunta

- Sim e Alexis já está resolvendo isso tudo. - explica

- Se eu encontrar essa pessoa, eu juro que mato. - digo entre os dentes

- Como está ela? Foi muito grave? - pergunta Paolo

- Foi bem sério, ela chegou aqui com uma tremenda falta de ar. Conseguimos entuba-la e reverter o quadro. Agora ela só está dormindo.

Eu e Paolo suspiramos. Vou até minha mãe e a abraço apertado.

- Obrigada mãe. - agradeço

- Me agradece porque? Eu fiz meu trabalho e salvei a minha neta. - diz e sorrir

- Obrigada mesmo Vânia. - Paolo diz e ela cora

- De nada genro. - diz e eu reviro os olhos

- Mãe, não. - digo e ela sorrir deixando Paolo sem graça

- Bom, acho que vou lá fora preencher essa papelada. - diz e se vai

Volto para lado da cama de Ava. Seu corpinho pequeno some em meio a cama. Seguro sua mãozinha e deposito um beijo.

- Gwen, eu vou lá fora avisar que encontramos. Vai querer alguma coisa? - pergunta meio sem graça

O clima entre nós não está entre os melhores. Apesar de não ter nada confirmado, eu sei que fez isso tudo e o fato dele defender a vadia me irrita ao extremo.

GwenOnde histórias criam vida. Descubra agora