Capítulo 2

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Este capítulo não foi revisado.

(Diana Guerra)

"Há 5 anos...

Estou trancada no meu quarto chorando de raiva e de arrependimento. Gostaria de poder voltar no tempo. Não queria ter dito aquilo para minha mãe, foi a pior idiotice que eu já fiz, mas a raiva me dominou como sempre. Meus amigos tentaram falar comigo, mas eu mandei todos embora. - A festa tinha acabado - Estraguei o que devia ter sido o melhor dia da minha vida. Tudo porque não soube me conter.

- Diana? - chama o meu pai depois de duas batidas na porta.

- Me deixa em paz! - grito. - Não quero ver ninguém.

Ignorando meu aviso, ele entra no quarto e fMaria, que estava atras dele, fecha a porta. 

Ele caminha até ficar de frente para minha cama, enquanto Maria se senta ao meu lado.

 Ele parecia receoso, coisa que era o posto da sua personalidade.

- Que parte de me deixa em paz, vocês não entenderam? 

- Não tem uma maneira fácil de te dizer isso. - suspira.. 

- Aconteceu alguma coisa com ela, não foi?- pressenti.

Ele assentiu, sem mais nem menos e eu senti um buraco se abrir no meu peito.

- Foi um assidente. - começou e eu levei a mão  a boca. 

- Ela não...Ela não resistiu. - Maria terminou por ele.

- Estão mentido. - Maria me apertou contra si em um abraço forte. - Me solta! - eu me debatia nos seus braços, enquanto ela tentava desesperadamente me confortar.- Por favor me solta. Eu preciso me desculpar.

Quando consegui me libertar, saí correndo do quarto gritando por ela. Tinha que ser um sonho. Ela não me abandonaria, não assim. Não era verdade. Não quero que seja. Corri desesperadamente enquanto meu Maria gritava meu nome.

- Mãe! - desço as escadas ainda correndo. - Mãe, eu não te odeio. Me desculpa por dizer aquilo... Eu nunca mais vou gritar com você...

Pisei em falso, falhando um degrau das escadas o que me fez rodar escadas abaixo. A única coisa que conseguia ouvir era a voz de Maria gritando meu nome. Senti uma pancada forte na cabeça e me senti incapaz de me mover, a minha visão começou a escurecer. O silêncio agora era tudo e nada, e uma onda de conforto e paz me invadiu.

- Me perdoa! - foi a ultima coisa que falei antes de tudo ficar completamente escuro."

Agora...

Estou sentada no sofá lendo um livro, o quarto passou a ser sufocante.

Eu apenas quero um pouco de paz. Estou me sentido exausta por ter passado a noite toda chorando. Chorei por todas as perdas que tive pelo menos duas vezes para cada uma.

- Não acredito que não fez mesmo nada no seu aniversário, Dia. - A Peppa disse. 

- É mesmo?...Que pena - sussurrei.

- Quando eu fiz 20, implorei pela festa da minha vida. Alugamos um iate e um hotel... Tenho pena que você prefira ficar ai e ler esses livros.

Fiquei em silêncio fingindo concentração total no que lia. 

Diana Guerra [completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora