Diana Guerra [completo]

Capítulo 47

(Diana Guerra)

Varios minutos se passaram desde que me enfiei no banheiro. Eu não ouvi mais nada, nem passos, nem conversas e muito menos disparos. Me encontro na mesma posição paralisada.

De entre tanto pensamentos e possibilidades, eu apenas consigo me concentrar em não entrar em pânico outra vez, e também rezo para que Aron esteja bem.

De repente, a campainha da casa se ouviu por todos os cantos. Pensei em me mover e sair, mas quando coloquei a mão na maçaneta, automaticamente recuei, mesmo não sabendo bem o porquê.

- Preciso saber como Aron está... - penso alto. - Preciso ter a certeza de que não está ferido.

Com esse pensamento, eu finalmente abro a porta. Assusto e solto um grito ao ver Jade sentada nos pés da cama. Ela não fala nada por longos minutos, e eu nem consigo articular uma frase direito.

- O Aron está bem? - finalmente pergunto.

- Ele está ótimo! - se levantou. - E você? Está mais calma? - apenas assenti com a cabeça. - Perfeito, vamos!

- Para onde?

- Não faça perguntas agora por favor. Daqui a pouco Miguel está aí, e eu não quero estar dentro da casa quando isso acontecer. - se aproximou e agarrou a minha mão me puxando para fora do quarto.

Me deixei levar mesmo contrariada, Jade me arrastou até a sala de estar, e me levou para as traseiras da casa. De frente para a grande piscina, Adam e Aron conversam agitados. Gustavo e Lourenço estão ambos sentados na espreguiçadeira com um ar pensativo e preocupado. Todos notam nossa presença ao mesmo tempo.

- Vocês dois, ficam aqui e esperam novas ordens minhas- apontou para os dois na espreguiçadeira. - Você nem devia estar aqui. - falou agora apontando para Adam. - E você vem comigo.

Aron sem oposição veio na nossa direção, já os outros três irmãos não pareceram muito a vontade com as ordens.

- Eu tenho todo direito de estar aqui. - Adam começa, seu olhar de determinação e superioridade é inexistente no momento. Ele mal consegue olhar para mim, e quando o faz são por segundos breves, é quase como se quisesse me dizer alguma coisa...

- Você está fora. Esqueceu? - Jade fala. - Desapareceu do nada e me deixou cuidar de tudo sozinha. Não pensou que seria tão fácil voltar não é?

- Não mudou muita coisa afinal, você sempre gostou de trabalhar sozinha. - comentou. - E eu fui embora, porque percebi o quão estúpido vocês estavam sendo.

- Seja como for Adam, você está fora. - lembra mais uma vez Jade. - Eu não tenho tempo para isso agora...Vamos, antes que seja tarde.

- Onde é que vocês estão indo? - Gustavo pergunta.

- Não acha que seria melhor se todos sairmos daqui?- vez de Lourenço. - Até porque vários minutos atrás abriram fogo contra a casa.

- Não se preocupem com isso. - me encarou. - Vamos logo Cartucho.

- Eu não vou a lugar nenhum! - Eu finalmente falo. Me liberto com dificuldade do aperto de Jade, e dou imediatamente passos para trás me afastando.

- Deixa de ser chata, Cartucho. - suspira já sem paciência. - Segura ela Aron!

Vi Aron assentir e se dirigir a mim, tentei me afastar, e até correr, mas ele foi mais rápido. Ainda de costas, senti seus braços fortes me rodiarem e apertarem forte, com apenas um simples gesto me tira do chão.

- Me solta! - eu me debato em seus braços. - Aron por favor, me solta.

- Jade! - a voz de Adam se fez sentir, grossa e séria, que nos fez virar de imediato curiosos.
Ele tinha uma arma na mão, e apontava na direção da irmã. A minha expressão surpresa era igual a de todos presente, tirando Jade, essa sorria. Aron me solta bruscamente, e como primeiro ato, aponta uma arma para Adam também.