(Diana Guerra)
Se passaram 2 meses desde que encontrei o corpo do Alisson.
Ainda me arrepio só de pensar, acho que é uma imagem que nunca conseguirei apagar da memória.Aron me aconselhou a descansar por um tempo, e acho que eu realmente precisava. Não me lembro de ter parado de chorar por duas semanas seguidas, e me lembro muito menos de me sentir segura.
Á dias me lembrei do que o Aron me disse uma vez, que Alisson tinha deixado um filho. Eu não sei porquê, mas me sinto com a obrigação de o conhecer, de o ajudar e de proteger.
Depois de o importunar por horas, Gustavo finalmente me passou o endereço da casa onde o menino vive. Para ser sincera eu nem sei o que falar, nem o que fazer, mas agora é tarde de mais para recuar.
- Vai ficar bem? - Chris pergunta.
Ele tem sido muito companheiro durante esse tempo. Se negou a me deixar sofrer sozinha e me fez companhia sempre que podia. Saímos algumas vezes, e acho que nos tornarmos bem mais próximos.
As vezes sinto que estou usando ele para não me sentir sozinha, porque Steve não responde as minhas mensagens - está ocupado com as provas da faculdade-, e Michelle está ocupada no novo emprego. Obvio que não contei nada para eles dois, apenas Chris sabe, - sabe o que eu sei, pelo menos.- Mas seja como for, eu tenho adorado passar tempo com ele, mesmo que eu insista em manda-lo embora sempre que posso.
- Eu acho que sim. - respondi e desci do carro, prestes a fazer sabe se lá o quê.
Talvez tenha sido uma má ideia.
Implorei a ele que me acompanhasse para conhecer o meu... não o filho do Alisson, e ele aceitou na hora. Foi uma decisão por impulso, e talvez por isso eu esteja receosa.
Ao contrário da casa do meu tio, esse é bastante humilde. É bem colorida por fora, e um belo jardim mesmo na frente a enche de mais vida. Não imagino Alisson morando aqui, mas eu nem me lembro da ultima vez que o vi e ele pode ter mudado enquanto amadurecia longe de mim. Infelizmente nunca saberei.
Dei três toques na porta e aguardei que fosse aberta.
Porquê estou fazendo isso mesmo?
- Pois não? - Reconheci a mulher a minha frente imediatamente. Como se o tempo não funcionasse para ela, não mudou nada.
Haviam mais cabelos brancos entre os castanhos do que me lembrava, mas ainda assim cada outro detalhe se manteve intacto, os olhos castanhos claro e o sinal na bochecha esquerda, era exatamente como me lembrava. Apesar de ter esse rosto de vilã da Disney, é um amor de pessoa. Eu que o diga.
- Tia Helena. - tinha um pouco de receio por ter trocado os nomes. Em minha defesa, não é fácil lembrar de todas as "tias" com quem meu tio teve um filho.
Mes o receio se foi quando ela sorriu para mim.
- Diana? - perguntou. Acenei em afirmação e o seu sorriso aumentou. - O que está fazendo aqui, querida?
Ela olhou para trás como se estivesse a procura de alguém, e me encarou curiosa quando não viu ninguém. Apesar de ter achado essa atitude estanha, decidi mudar de assunto.
- Eu posso entrar? - ainda receosa, ela permitiu a minha passagem.
O interior da casa é ainda mais colorido é tudo tão arrumadinho e limpo, e mesmo que seja a minha primeira vez aqui, eu me senti acolhida.
Me sentei no sofá e fiquei esperando a tia Helena, que se ofereceu para me servir uma xícara de chá.Tinham alguns retratos na parede, e quase em todos ou está Alisson e um bebé ou está apenas uma criança, que eu não dava mais de 5 anos.
- Obrigada. - agradeci enquanto recebia o chá.
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Diana Guerra [completo]
Novela Juvenil⚠️Revisado⚠️ Aprendemos que mentiras machucam. Mas ninguém diz que verdades fazem o mesmo. Aprendemos que mentiras são sempre descobertas, e deixam como dura consequência, verdades reveladas. E o mais engraçado, é que tudo gira em volta da mesma co...