Diana Guerra [completo]

Capítulo 48

(Miguel Vitale)

Se fazem alguns minutos que Adam entrou na casa. Embora seja compreensível o tempo que está demorando, me sinto um inútil aqui parado e esperando, sendo que eu que devia estar lá dentro fazendo o que prometi fazer.
Já estava a desconfiar da traição do Blake, mas me mantive na esperança de que nada passava do meu desespero.

- E... - Chris interrompe o silêncio. - Como sabemos qual o sinal?

E como se fosse envocado, escutamos um disparo vindo da casa. Ficamos imediatamente em alerta e esperando que outro mais se ouvisse, e quando não foi o caso, ordenei a entrada de todos nos seus veículos.

- Acho que esse foi seu sinal. - respondo para Peterson, ligo o carro e eu mesmo saio dirigindo. O lugar não fica tão distante, mas eu não tinha tempo a perder. Atrás de mim, meus homens me seguiam. No lado passageiro Peterson parecia estar quase morrendo de ansiedade.

Eu não tenho tempo para isso.

Abro o porta malas e tiro uma pequena arma de mão que anda sempre comigo, a estendo para ele.

- O que é isso? - pergunta e eu ergo uma sobrancelha. - Certo, eu sei o que é... Mas porquê está me entregando?

- Não preciso ser vidente para saber como serão as coisas lá dentro. - tento explicar calmamente, ainda com a atenção na estrada. - Se tudo complicar... Você será a única opção de Diana.

Única talvez não, mas na que eu mais coloco fé sim. É triste dizer que tenho mais confiança num desconhecido que não suporto, do que na minha própria família. Mas eu não sei a que ponto a lealdade comigo começa, nem onde a lealdade para com o meu pai acaba. E não quero arriscar em tentar descobrir hoje.

- Tudo bem. - ele recebe das minhas mãos. - Mas apenas a usarei em caso extremo.

- Não te peço mais do que isso.

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