Diana Guerra [completo]

Capítulo 38

(Miguel Vitale)

Depois que da surpreendente visita de Jade até a mansão Vitale, eu fiquei monitorando cada passo seu desde então. Conheço essa mulher a demasiado tempo para saber que é revoltada. Não vejo nada de bom saindo disso.

Deixei alguém a vigiando, e fiquei sabendo que foram mas 3 visitas concluídas. E saiu viva em todas elas. Eu sinto que ela quer piorar a situação, um Blake e um Vitale trabalhando junto e em harmonia, prevejo merda.

Enquanto saia da pizzaria, recebi um ligação do conselheiro da família.- Amir.- Ele sabe o que está acontecendo, mas é seu dever manter o sigilo. Mas deixou bem claro que não concordava e que me ajudaria a parar antes que começasse. Em segredo ele tem me dado pequenas informações, e fiquei sabendo que está armando por palavras subliminares, que Jade contra o próprio pai.

E se está fazendo isso, nada a impedirá de fazer  o mesmo com Sandro.

Amir me falou pelo celular, sobre alguém capaz de me dar as informações que precisava. Foi obrigado a arrastar Diana comigo para casa do meu pai. Sandro não podei ficar sabendo que o estou instigando e planejando destruir sejam qual forem seu planos. Por isso, tinha que despachar o mais rápido que conseguisse.

"

Horas antes

Deixo Diana na sala que meu pai menos frequenta, não acho que ela esteja pronta para esse confronto.

Vou quase correndo pelos corredores tentando chegar no local onde foi escondido o homem com as informações que preciso. No meio do caminho me cruzo com o meu pai. Que obviamente está confuso por me ver aqui.

- Achei que estava decidido sobre suas escolhas. - a primeira coisa que fala quando me vê. - O que está fazendo aqui?

- Preciso resolver um assunto. A menos que pretenda resolver meus problemas por mim.- ele ergue uma sobrancelha questionando. - Pedi que Amir procurasse um idiota que me devia uma grande quantidade de dinheiro. - minto.

- Ainda assim...Não precisa do Amir, se não trabalha mais para mim. - lembrou.

Não vai me fazer voltar com esse tipo chantagem, como meu pai deveria saber que meu orgulho fica por cima de muita coisa.

- Eu já tinha ordenado antes de qualquer maneira. Agora se me der licença...

Eu vim para interrogar, não ao contrário. Me desviei e continuei meu trajeto. Metade deste sítio tem esconderijos por onde nunca saberei como chegar. Eu nem preciso dizer para que elas servem...

Desço pelas escadas do anexo, que me levam a outra câmera quase em completa escuridão. Abro o portão de ferro e adentro avistando segundos depois Amir, que aguarda encostado a uma das paredes observado minuciosamente meus movimentos.

- Você sabe os riscos que estou correndo fazendo isso? - me lembra mais uma vez.

- Estou ciente que sua vida está em perigo. Mas você sabe que está fazendo isso por uma boa causa.

- Não será assim que seu pai vai pensar.

- Por isso ele nunca vai saber. - o encaro. - Vamos começar e terminar com isso de uma vez.

Me aproximo mais do homem sentando a minha frente. Está amordaçado e ferido, parece que Amir já estava perdendo a paciência de esperar por mim. Sua roupa já estava coberta pelo próprio sangue e seus olhos já nem abriam de tão inchados. Me agacho a sua frente e seguro seu rosto para que pudesse me ver melhor, quero que veja a determinação nos meus olhos. Eu não saio daqui sem conseguir o que preciso.

- O que ele disse até agora?

- Nada senhor. - responde um dos 3 homens na sala. Amir depositou toda sua confiança neles, por isso farei o mesmo.

- Vamos mudar isso.

Me levanto para poder tirar o blazer, atiro para qualquer lado e arregaço as mangas. Devia ter escolhido outra cor, o branco foi uma péssima escolha.

...(<•> = <•>)_/\_( <•> = <•>)...

Saio de lá já com o sangue fervendo. Desperdicei meu tempo vindo até aqui, não consegui nada, nada além míseros restos de informação. A desilusão nunca foi tão grande.

- Isso costumava  ser fácil para mim... -

Eu podia ficar tentando o dia todo, mas não podíamos arriscar que meu pai decidisse atrapalhar, e por mim, não podia arriscar que ele encontrasse Diana.

Volto para sala onde deixei a Diana. E quase explodo de raiva, por mesmo tentando evitar, Sandro a encontrou. Sabe que tipo de merda andou falando para ela.

Não tive outra opção a não ser arrastá-la para longe dele, até onde se sabe pode estar planejado algo contra si, afinal de contas, ela é a única herdeira do império Guerra. Apesar de já não enfrentar tanta ameaça como antes."

Agora

Não paro de me culpar por seja o que for que aconteceu lá dentro. Diana está distante e calada e me preocupa ter chegado tarde de mais. Ter deixado ele se divertir fazendo ela sofrer, a manipulando como fez comigo a vida toda.

- O que foi fazer? - pergunta decepando o silêncio.

- Precisava resolver um problema.- tento fugir de mais perguntas.

- Foi fazendo isso que manchou sua roupa?

Eu disse que o branco era uma péssima escolha.

- Achei que tinha deixando de trabalhar para o seu pai. - continua.

- E deixei.

- Não é o que parece... Você não precisa mentir para mim Miguel.

- Não estou mentido para você. - suspiro, eu não quero dar informação a mais e a assustar, nem afastar. - O que eu fiz hoje, não tem nada haver com Sandro, era um assunto meu.

Respondo e ficamos calados desde então, ela provavelmente assimilando as palavras que meu pai deve ter dito, e eu planeado outra maneira de descobrir o que Jade está tramando.

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