Capítulo 8 - A guerra silenciosa

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Olá! Como estão? Todos bem?

Cheguei atrasadinha, mas cheguei kkkk Era para eu ter postado ontem, como de costume, mas não consegui terminar de revisar e acabou entrando mais cenas no capítulo.

Espero que tenham uma boa leitura!


Vivenciar algo novo costuma fazer qualquer um vibrar em ansiedade, um frio toma conta de sua barriga e chega a transpirar em nervoso enquanto o coração acelera.

Foi daquela forma que Taehyung sentiu-se ao aguardar pela chegada de Hoseok, mexendo na gargantilha dourada, que sempre colocava quando saía de casa, enquanto espiava pela janela se alguma carruagem entrava pelos portões.

— Tae, venha cá. Ele logo estará aqui. — A voz tranquila de Seokjin o fez suspirar enquanto ia até o estofado onde o beta mantinha uma bengala entre suas pernas para poder apoiar as mãos e ajudá-lo a se levantar quando precisasse se despedir do filho.

Taehyung até tentou convencê-lo a ir junto, porém já era um homem idoso, que não tinha condições de ficar andando na friagem do inverno severo que chegaria aquela noite. E o fato de que seu pai não estaria junto a si o deixava ainda mais aflito.

— Pai, o senhor ficará bem aqui sozinho? — os olhos preocupados direcionados ao beta fizeram o senhor Kim bater fraco com a bengala na perna coberta pela calça branca, fingindo estar indignado.

— Sou um homem que pode estar debilitado, mas ainda consigo me virar sozinho, mocinho. Assim me sinto muito mais velho! — ralhou, fingindo sentir o peso de sua pele flácida.

Seokjin compartilhou da risada de seu filhote crescido, ajeitando uma última vez os fios loiros antes de ouvirem os primeiros relinchos dos cavalos do barão. Os dois então se ergueram, o mais velho sendo auxiliado devido às dores em suas juntas que pareciam piorar com o frio.

Antes que algum empregado pudesse atender a porta, o ômega adiantou-se, batendo alguma poeira invisível em sua roupa antes de revelar o homem que esperava educadamente ser atendido. Foi inevitável para Taehyung não sentir todos os sintomas retornando fortes enquanto apertava as mãos uma na outra, sentindo seu visual ser analisado pelo olhar minucioso de beta, sem saber como cumprimentá-lo.

— Boa noite, senhor Jung — o senhor Kim foi o primeiro a dizer, alcançando os dois na porta e apoiando uma mão no ombro do filho para o dar algum incentivo.

Hoseok retribuiu a saudação, logo voltando a mirar os olhos no ômega.

— Podemos ir?

— S-sim, só vou pegar meu casaco — gaguejou, logo sumindo de suas vistas.

Enquanto Taehyung corria para pegar o agasalho que esqueceu no quarto, Hoseok se remexeu inquieto na soleira da porta. Não queria deixar visível, mas estava muito feliz de poder passar aquela noite com os dois seres que mais o encantavam, podendo terem um momento apenas deles.

— Senhor Jung, eu o chamei para vir aqui esta noite — comentou Seokjin casual ao perceber que Taehyung estava longe demais para ouvi-los.

— O que disse?

— Chamei Himchan para uma conversa — contou, vendo a postura de Hoseok tornar-se defensiva. Só a menção aquele nome o deixava irritado.

— Tem certeza do que está fazendo?

— Uma hora ele saberá que estou criando Taehyung e eu prefiro que fique claro a ele que meu filho não é mais uma de suas mercadorias. Separei uma boa quantia como moeda de troca — o rosto enrugado se retorce em desgosto. — Sinto-me horrível por fazer isso, pois Taehyung não é nenhum pedaço de carne, porém estes homens não reconhecem o verdadeiro valor de uma vida.

Bastardo InglórioOnde histórias criam vida. Descubra agora