Capítulo 11 - O lobo e o urso

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Olá!

Dei uma demorada dessa vez pois estive ocupada com relatórios de estágio, aulas práticas, entre outras coisas e quando eu tinha tempo para escrever eu só queria saber de dormir de tão cansada, então vim escrevendo este capítulo aos poucos.

Bem, eu diria que este capítulo é como uma "transição" e estamos nos aproximando do final da primeira fase da fic (E eu quando comecei estava crente que não iria me prolongar tanto nesta história kkkkk)

Enfim, espero que tenham uma boa leitura!

— Por que fez isso? — sua pergunta ressoou baixa, mas com uma raiva contida que fez os presentes quererem se afastar, com medo de tornarem-se alvos da hwando que era segurada com muita força pelo rei.

Aos seus pés a saia longa misturava-se a neve que entrava pelas portas abertas e a rainha mantinha os braços por debaixo do dangui grosso que usava, devido seu longo comprimento na parte frontal. Esta retribuía seu olhar revolto com algo que Yondae não compreendia.

— Yondae, seu irmão pode estar vivo! — sorriu, mas aquela constatação só fazia o sangue do alfa ferver mais e mais. Já bastava ter seus planos destruídos, lidar com algo que pensou já ter resolvido tornariam as coisas ainda mais complicadas.

Yondae jamais teria coragem de matar o irmão com as próprias mãos. Era parte de seu sangue e sua figura semelhante, um exemplo que sempre admirou e invejou de certa forma.

— Ele estar vivo não torna tudo mais simples. — O impacto da ponta da espada contra sua saia não a faz recuar, mas os funcionários do rei se aglomeravam a uma distância segura em direção aos cantos da sala do trono. — A senhora não sabe o que fez ao deixar aquele lobo fugir com o colar do meu pai!

— Meu filho, ele tem que saber da verdade algum dia. É direito dele — tentou argumentar, por mais que Yondae estivesse cego por seus objetivos e envolvido em algo que não podia mais escapar.

O rei então agachou-se diante da rainha, que mantinha-se de joelhos, os olhos suplicando para que fosse ouvida, enquanto a espada era manobrada na mão habilidosa de Yondae, pronta para aplicar um golpe fatal.

— Eu sei muito bem o que planeja com isso, mas Érimos não é um povo amistoso — murmurou. — E o que fez, pode ter destinado todos nós à miséria.

Aquilo pareceu ter clareado a mente da rainha, que percebeu o modo defensivo de Yondae.

— O que estava fazendo em Érimos? — questionou, o tronco endireitando-se exasperado.

— O mesmo que meu pai... Criando alianças. — Suas palavras foram irônicas e ao erguer-se a lâmina passou tão rápida e próximo ao rosto da rainha que esta apenas sentiu depois a ardência por onde a hwando afiada passou de raspão.

A ômega rainha permaneceu estática no lugar, o sangue escorrendo pela lateral do rosto. Só agora tinha notado as possíveis intenções de seu filho, estes que pareciam muito maiores do que uma briga entre irmãos pelo trono.

Yondae chamou pelo general de seu exército, esse que rapidamente apareceu próximo ao trono onde seu rei voltou a estar.

— Mande tropas em direção a Alvorada, quero que estejam lá antes de a neve descongelar — ordenou. — Não vou deixar que este impasse estrague minha estratégia.

— Majestade é arriscado, seu exército pode chegar com baixas significativas ao território inimigo. — Um dos funcionários arriscou argumentar, agora que a hwando estava repousada ao lado do rei. — Espere os primeiros sinais da primavera surgirem, é a nossa garantia de sucesso, mesmo que já saibam da nossa chegada.

Bastardo InglórioOnde histórias criam vida. Descubra agora