No dia seguinte, Edith planejará uma caminhada pelo jardim para os noivos, no entanto, Thomas educadamente recusou, alegando indisposição — cansaço da viagem. Ele de fato não desejava vê-la, muito menos em um passeio onde a mulher poderia falar mais, o fazendo abandonar tudo e fugir para longe. Madame O'Blac pode perceber que algo havia acontecido, ainda que Thomas não tivesse mencionado nada. Para Edith, a culpa claramente era da filha, então precisava descobri o ocorrido e tentar reverter o processo. Ao ir ao encontro de Aneelize foi informada pelos serviçais de que Jane Suan, a baronesa de Saymour, amiga mais próxima da filha, havia chegado sendo assim as chances de descobrir o ocorrido foram diminuídas — para zero por cento.
Naquela manhã, Aneelize correu até a entrada da casa e ficou aguardando a chegada da amiga. Elas tinham tanto para contar que apenas um dia não seria o suficiente. Ao vê-la caminhando de um lado para outro, Richard riu.
— Acalme-se, em breve a baronesa chega! — disse.
— Está demorando mais do que o comum — angustiada fala.
— Penso que estais com mais pressa, sendo assim o tempo parece correr devagar! — retrucar.
Em poucos segundos ouvirão sons de cavalos, olhando viram uma carruagem passando pelos portões próximo à casa. Parando em frente a eles, um homem de cabelos grisalhos, estatura mediana desce, era Daniel Millian, barão de Saymour, ele estende a mão para a esposa descer, mostrando o cavalheirismo que Jane não cansada de dizer. A amiga de Aneelize, estava linda com vestido de tonalidades esverdeadas, e era possível notar a vida que crescia no ventre dela. Elas se abraçaram com cautela e muito emocionadas deram gritos eufóricos. Jane dispensou o descanso e o café da manhã, todavia com a insistência da amiga, as duas caminharam pelo jardim até um espaço com cobertura para tomarem o desjejum. A baronesa estava casada há quatro anos e somente agora Deus lhe havia concedido o privilégio de carregar um bebê no ventre. Assim que casou, devido aos negócios do marido, Jane mudou-se da calma Coventry para a movimentada Londres.
— Estais bem? — ao perguntar Aneelize sentiu como se tivesse jogado um balde com água durante o inverno sobre Jane, pois esta desfez o belo sorriso que carregava nos lábios, tendo agora olhos marejados.
— Aparento estar tão mal assim? — diz forçando-se a sorrir.
— Somos amigas há tanto tempo!
— Breve, minha querida amiga compartilhará da vida conjugal e não tenho a intenção de assustá-la!
— Josias e Edith tem um casamento de dar inveja! — caçoa.
— Aquilo que mencionei nas cartas...— os olhos dela se enchem de lágrimas.
— Como pode, ele respirar, vivendo como um patife! — Daniel, barão de Seymour, vivia como muitos outros da corte, tendo várias amantes. Depois que Jane engravidou e a barriga cresceu, ele já não fazia questão de esconder as traições. E isso era o que mais dói nela, a falta de apreço pela mulher com quem havia casado e o filho que em breve nasceria. Sempre que adentrava em salões da corte podia escutar alguns murmúrios, principalmente vindo das mulheres com título que a menosprezam e julgavam como culpada pelas ações do marido.
— Aneelize! — repreendeu — ele permanece sendo meu marido, um patife — sorri, secando as lágrimas — todavia, meu marido!
— Falta muito? — Aneelize questiona, olhando para a barriga da amiga, mudando o rumo da conversa.
— Dr. Clarke, diz que quatro meses! — diz enquanto põe a mão sobre a barriga olhando com apreço e admiração — ele ou ela terão uma divertida madrinha e agora um padrinho misterioso.
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Nosso acordo! (Completo)
عاطفيةUm acordo de casamento foi assinado entre duas famílias da nobreza. Era tão comum entre as pessoas daquela época o arranjo devido a interesses políticos e econômicos, assim como o sol nasce no leste e se põe no oeste. Aneelize O'Blac contava com iss...