A celebração ocorreu pela manhã. Havia tantos convidados e Aneelize não conhecia a maioria. Tendo conseguido que uma das servas afrouxasse o espartilho se encontrava mais aliviada. No entanto, agora que estava sentada observando a festa e a mente aos poucos voltava a estar alinhada a cena do beijo ficava lhe invadindo os pensamentos, a deixando constrangida. Ela tinha beijado um homem que não nutria qualquer afeição na frente de todos.
— Aneelize! — chamou ele. A lady empalideceu ao ouvi-lo — pensei que como somos casados não houvesse problema algum em lhe chamar pelo primeiro nome! — ela sentiu o rosto queimar com aquela afirmação. Thomas achou graça vendo-a ficar como purpura — nós temos uma valsa! — afirmou lhe oferecendo a mão. Ela segurando lhe a mão sentiu o coração vibrar da mesma maneira na qual quando havia fugido de casa pela primeira vez. Era como se raios percorressem o corpo — a lady sabe que estais vermelha igual o vestido da baronesa de Pompadour! — Aneelize elevou os olhos e ergueu uma das sobrancelhas.
— Estou? — para Thomas aquele olhar parecia ler-lhe a alma e foi a vez dele de ficar constrangido. Ele se questionava se havia inocência naquelas ações que o deixava perturbado desde o primeiro momento. Antes que eles pudessem trocar mais alguma palavra ouviram-se os aplausos, o soneto acabara. Se separando a certo custo deixaram o centro do salão.
— Anee! — Cecilia Suan a chamou e a envolveu num abraço — felicidades! — disse a jovem empolgada. Milady O'Blac agradeceu — felicitações milorde! — o reverenciou e se despediu.
— Anee, é? — implicou Campbell. Sem dizer uma palavra ou mudar a expressão facial os olhos deles se encontraram e pareciam conversar, como se entendessem completamente o que o outro pensava.
— Com vossa licença! — disse Willian que estava junto de Bridget. Campbell ao vê-lo instintivamente se aproximou mais da esposa — Anee, ou devo dizer milady Campbell? — brincou.
— Para você sempre será Anee! — falou sem pensar, mas no mesmo instante percebeu o erro — e para vossa família, crescemos juntos.
— Soube que oficializaram o cortejo — interrompeu Thomas. O semblante da lady O'Blac se entristeceu. Ele não queria deixá-la assim, mas ela precisava entender que Willian seria de outra — desejo minhas sinceras felicitações.
— Como não soube disso? —tentando disfarça o descontentamento, sem êxito questiona.
— Minha prima a nós era conhecido de vossos compromissos com este casamento e todo o extenso preparatório, então preferimos poupá-la de mais um evento! — serena Bridget justifica.
— Claro! — levemente irritada diz — de qualquer maneira espero que sejam felizes! — ao concluir Aneelize se sentiu a pior entre todos os seres. Por Deus, ela não desejava a felicidade de Willian com outra mulher, não poderia, por mais que se esforçasse. O casal se despediu deles e um pouco irritada olhou o marido — estais se divertindo as minhas custas?
— Se isso não me irritasse de algum modo, poderia dizer que... — antes de concluir Thomas recebeu um forte abraço.
— Milorde! — disse o homem barrigudo com algumas mechas brancas em meio ao cabelo preto — mui me alegra vê-lo se casando, ainda mais se unindo a uma O'Blac.
— Barão! — cumprimentou Campbell. Aneelize percebeu que ele estava apavorado. Até mesmo a cor lhe fugira do rosto.
— Milady! — cumprimentou o homem lhe beijando a mão — perdão meu entusiasmo, vi o nascimento e o desenvolvimento deste lorde... — a lady O'Blac achou o homem familiar, mas não se lembrava onde o tinha visto — perdão não me apresentei, sou John Thompson, barão de Hall! — foi a vez de Aneelize ficar pálida — creio que a lady esteve em meu casamento.
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Nosso acordo! (Completo)
Roman d'amourUm acordo de casamento foi assinado entre duas famílias da nobreza. Era tão comum entre as pessoas daquela época o arranjo devido a interesses políticos e econômicos, assim como o sol nasce no leste e se põe no oeste. Aneelize O'Blac contava com iss...