Os raios de sol invadiram o quarto do recém-casal. Aneelize não havia dormido bem. A todo momento acordou incomodada por não estar em casa, na cama que de fato lhe pertencia. Não foi nada fácil dormir ao lado de Campbell que roncou quase a noite inteira. Entre os cochilos a lady acabou despertando primeiro e ficou a observá-lo num sono pesado. Para ela foi agradável contempla-lhe frágil assim como estava. De repente Thomas despertou olhando diretamente dentro da pupila da esposa.
— Vejo que me observar enquanto durmo parece lhe agradar? — ele queria constrangê-la.
— O lorde não imagina o quanto! — seria comenta. Ambos permaneceram em silêncio. Ela porque viu que o jogo estava do seu lado e ele por não saber se Aneelize dizia a verdade ou zombava dele — poderíamos passar amanhã inteira deste modo, contudo todos já devem ter se levantado! — se erguendo diz. A lady sente o marido a puxar de volta para a cama — o porquê disso?
— Eles pensam que nossa noite foi um tanto agitada, não podemos sair agora! — ela permanecia estática enquanto Thomas segurava-lhe o braço.
— Não quero mais ficar aqui! — emburrada fala.
— Eu contarei uma história bem feliz da minha infância e logo após será a vez da lady — Aneelize o encara feio — por onde começo...
O lorde falou por muito, tanto que a esposa acabou pegando no sono. Quando notou que dormia profundamente a ajustou perto de si. A cabeça repousando sobre o peito dele, a envolveu num abraço e por fim também dormiu. Depois de algum tempo o casal foi acordado pelo barulho nada discreto de alguém entrando no quarto. Aneelize percebendo estar envolvida nos braços de Thomas ficou vermelha.
— Perdão! — uma mulher com um coque muito bem feito no topo da cabeça que possuía alguns fios brancos disse — mil perdões, a condessa me pediu para ver se precisavam de algo e...
— Não há problema, Marie! — falou Campbell. A visão de Aneelize começou a ficar nítida e viu ser a governanta e outros criados que estavam ali.
Os O'Blac ainda permaneceriam alguns dias com os Campbell. Daniel e Jane, também ficariam um pouco mais. Cecilia Suan decidiu se juntar a irmã. Aneelize percebeu que todos pareciam olhar-lhe diferente e isso a incomodou. Ela se direcionou até os aposentos da baronesa de Saymour, bateu na porta.
— Jane! — chamou. A porta foi aberta por Cecilia.
— Lia, poderia nos deixar a sós? — questionou a baronesa.
— Por quê? — chateada questiona — nunca posso ficar, as duas sempre ficam de segredinho!
— Assunto de mulheres casadas! — justificou a irmã.
— Antes era pela idade, hoje por serem casadas, amanhã por serem mães e no futuro por serem duas velhas! — caçoou.
— A diferença não é tão grande quanto a nossas idades, Cecilia! — disse Aneelize.
— Já me vou! — menciona saindo rapidamente do quarto.
— Cuidado! — gritou Jane — ele lhe tratou bem? — direcionando-se a amiga pergunta.
— Quem?
— Quem mais poderia ser Anee, vosso marido! — ás vezes Jane se impressionava com a lentidão da amiga. A baronesa percebeu que a lady O'Blac não tinha entendido a pergunta em sua essência, então decidiu reformular — como foi a noite ao lado de Campbell?
— Jane... ele ronca! — diz arrancando uma gargalhada da amiga — não consegui dormir nada!
— Aneelize não estou querendo saber sobre isso! — tentando conter o riso fala — e sobre a intimidade como foi? — pelo ponto de interrogação na face da amiga a baronesa chegou a conclusão de que nada havia acontecido — ele nem chegou a encostar em você?
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Nosso acordo! (Completo)
Roman d'amourUm acordo de casamento foi assinado entre duas famílias da nobreza. Era tão comum entre as pessoas daquela época o arranjo devido a interesses políticos e econômicos, assim como o sol nasce no leste e se põe no oeste. Aneelize O'Blac contava com iss...