Curtam o capítulo, é importante pra divulgação da história!
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VINICIUS WALKER
Peguei o celular e vi a última mensagem de Bruna, em seguida guardando o aparelho e fitando através das janelas do carro, que gritavam a necessidade de um lava-jato e me permitiam ver a praça não tão cheia para um dia de sábado, mas com algumas crianças se divertindo e idosos correndo ao redor dela.
Não demorou muito para que ela aparecesse em uma das ruas conectadas à praça. A observei caminhar em direção a mim, tentando encará-lá, mas Bruna parecia não ligar para contato visual de forma distraída, desligada. Não conhecia muito sua personalidade, mas definitivamente "desligada" não era uma palavra que parecia descrevê-la.
Seu rosto parecia aflito, mas não sei se era só sobre o encontro que ela não queria – seria muita ingenuidade da minha parte acreditar que eu a atingiria dessa forma. Bruna era difícil de se decifrar, mas tinha certeza que não era só sobre mim que seu dia estava sendo péssimo.
Ouvi o barulho da porta do Kia Soul abrindo e em seguida se fechando enquanto Bruna se sentava no banco do passageiro, que não era um total desconhecido para ela. Continuei encarando-a e observando cada detalhe do seu rosto, como as bochechas levemente rosadas e sua boca com um gloss que a deixava sexy, mas ainda assim de um jeito suave. Mas o que me chamava mais atenção era seu par de cristais azuis que, mesmo sem ter trocado olhares até esse instante, transmitiam profundidade.
Agora, ao reparar em Bruna e confirmar tudo que havia reparado na festa com a iluminação fraca, me pergunto por que não a beijei na festa? Ah, claro, Isabela.
- Pra onde vamos? - sua voz interrompeu o silêncio, tentando expressar segurança, mas só pareceu estar entediada enquanto colocava o cinto.
- Eu pensei em um lugar. Mas você vai ter que esperar pra saber.
Arranquei o carro em direção à rua principal que levaria a um dos lugares que acho que fará Bruna se sentir melhor. Bom, a energia do lugar funcionava comigo e, dessa forma, espero que dê certo com ela, já que não quero ter de companhia uma cara emburrada, por mais que ela estivesse bonita fazendo bico.
- Não gosto de surpresas.
- Estar aqui comigo já é uma surpresa e tanto, não? – a olhei rindo e vi suas íris rolarem. É, talvez nem um lugar bom funcione.
- É isso que você faz? - sua voz sai de forma cortante
- Isso o que?! – não tirei os olhos da rua, mas minha visão periférica permitiu vê-la me encarando na espera de resposta e arqueei as sobrancelhas em dúvida.
- Isso. - traçou uma linha imaginária com o dedo indicador que ia do meu corpo ao dela, fazendo entender que ela se referia a "nós" ou qualquer coisa relacionada a isso. - Obriga as garotas a saírem com você como troca de favores.
- Na verdade elas sempre querem sair comigo. Então, você é a primeira. - Olhei para Bruna e sorri de forma cínica e ela, demonstrando toda sua animação, apoiou o rosto em uma de suas mãos e bufou como tédio enquanto olhava pela janela - Tá, olha, não quero te fazer mal. Na verdade achei que poderia te ajudar a se animar um pouco.
- Que gentileza – sussurrou quase inaudível, instaurando um silêncio no carro.
- Você não gosta disso, né?! - disse como um impulso, parando o carro no sinal fechado.
- Disso o que?!
- Não estar no controle. Eu não ter te devolvido seu cordão de primeira de certa forma me deixou no controle e você não gostou disso. Só não sei ainda o porquê - levantei e desci os ombros de forma fria, apoiando meu braço esquerdo na janela.
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A Lua que carrego
RomanceAos 18 anos, Bruna Bellini realizou o sonho de passar na Universidade Federal Reginald Pearson, uma das maiores faculdades de Direito do Rio de Janeiro. Desde o primeiro segundo na faculdade, ela percebe que não será nada como havia planejado - e tu...