🔻Prólogo 🔺

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AMY

DELEGACIA⁶⁷, NOVA IORQUE, 15 DE JULHO DE 2013, 10:43am.

Fazia alguns meses que estávamos investigando o caso de Jonny, ele era um mafioso que fazia vários tramites de droga exportando para a américa latina. Estávamos prestes a entregar às provas ao júri que nos aguardava, a entrega dos papéis séria pela tarde.

Estava nervosa, todos da delegacia esperavam que esse caso finalizasse e eu dependia desse caso para ganhar uma promoção.

Tanto eu como Jake acabará de entrar para o ramo de detetive, passamos 3 anos como polícias até que conseguimos subir de cargo.

Atualmente fazia dois anos que estávamos nessa função e já éramos considerados um dos melhores da 67 e de todo o núcleo da 60.

[...]

Estava no pátio da delegacia, havia acabado de deixar Luke na escola, Jake se encontrava no trabalho, estava no estacionamento quando fui abordada por dois homens.

– Amy Santiago? – ouvi a voz de um homem me chamando.

– Sim, em que posso ajudar? – pergunto curiosa.

– Somos do FBI, precisamos conversar com você! – disse mostrando sua credencial e logo em seguida me colocaram dentro de um carro e seguimos para a central do FBI.

Chegando lá, eles me colocaram em uma sala aonde encontrei meu atual Capitão Rodrigo, sentando, e Peter – meu companheiro no caso Jonny.

–– Amy! – disse Rodrigo se levantando e indo me cumprimentar. – Sente-se para que a gente possa começar.

–– Ok. – digo tomando assento ficando de frente a Patrick, um dos agentes do FBI.

–– Bom, estamos aqui para te oferecer uma proposta, à você e a Peter. – começou a falar o moreno.

–– O que séria? – pergunto curiosa.

–– Vocês irão se enfiltrar, disfarçadamente no caso Jonny. – disseram e sinto meu coração disparar.

–– Perdão, não posso me infiltrar! – falo desesperada. Não podia deixar meu filho e marido.

–– Amy, não temos muita opção, você e Peter vem trabalhando nesse caso há meses, são os únicos que sabem como Jonny funciona. – começou Rodrigo.

–– Seriam apenas seis meses... – continuou Patrick.

–– Eu tenho filho e marido, não posso fazer isso. – disse e no meu tom de voz era possível notar meu desespero.

–– Amy, se você se infiltrar ganhará uma promoção como tenete, e te garanto que seis meses passam rápido – acrescentou Rodrigo.

–– Preciso conversar com o Jake, se me permitem. – me levanto da cadeira e saio caminhando às pressas ao encontro de Jake, precisava falar com ele a respeito dessa missão.

[...]

PERALTIAGO'S HOUSE, 15 DE JULHO DE 2013.

–– Amy, são apenas seis meses, acho que você deveria ir! – comentou Jake, ele estava sentando ao meu lado enquanto fazia círculos pelas minhas costas.

–– Eu não posso te deixar aqui, sozinho com o Luke, são seis meses Jake! – digo e ele me puxa para perto dele me abraçando.

–– Meu amor, é o seu sonho trabalhar pro FBI e ser tenente, acho que podemos com isso, não? São apenas seis meses... –– disse levando suas mãos ao meu rosto limpando minhas lágrimas. –– Logo estaremos nos três juntos de novo. –– disse depositando um beijo em meus lábios.

–– Não sei se consigo... Eu te amo muito! –– digo o abraçando forte.

–– Meu amor, dará tudo certo, eu e Luke vamos ter muito orgulho de você. Pense, são só seis meses. Passa rápido. Eu estarei aqui e o Luke também, te esperando. –– sorriu fraco enquanto uma de suas mãos brincava com algumas mechas soltados do meu cabelo.

–– Tudo bem! –– me rendendo, seriam apenas 6 meses, mas confesso que sentiria falta deles.

[...]

JAKE

DELEGACIA⁶⁷, 20 DE JANEIRO DE 2014, 14:30 da tarde.

Estava em mais um dia de trabalho, fazia seis meses que Amy tinha ido para a missão e não via a hora dela voltar, mas toda vez que vinha notícia do mensageiro ele dizia que iria atrasar mais alguns dias até finalizarem a missão.

[...]

Estava fazendo os trâmites administrativos quando vejo Carlos, – o mensageiro – chegando e se sentando na cadeira disponível ao lado da minha mesa.

–– Jake, trago notícias... –– disse um pouco tenso me assustando.

–– Aconteceu alguma coisa com a minha esposa? –– digo levando um susto.

–– A missão sofreu alterações, ela mandou de entregar essa carta...– disse me entregando o papel. –– Jake, não sabemos quando vai acabar, pode demorar um mês, ou anos... – disse se levantando. – Sinto muito. – disse tocando em meu ombro em gesto de apoio e logo em seguida saindo me deixando ali com aquela carta.

[...]

Estava inquieto no terraço da delegacia, andava de um lado para o outro com medo do que estava escrito naquele papel, tinha vontade de chorar, mas ao mesmo tempo me sentia culpado, afinal, fui eu que a incentivei a ir para aquela missão.

Depois de alguns minutos enrolando decido abrir a carta, e logo encontro a letra cursiva e impecável da minha amada esposa.

'' Olá, Jake.

Que saudades que eu tenho de você e do Luke, você não sabe o quão duro tem sido para eu viver uma vida sem vocês. Brasil é um lugar incrível, até aprendi a falar algumas coisas do idioma – sim, estou me gabando.

Não sabemos quando a missão vai acabar, deu tudo errado, tivemos que nos mudar, estávamos em Buenos Aires, mas no último mês nos descobriram e fugimos para o Brasil. Deu tudo errado. Teremos que recomeçar às investigações do zero.

Isso pode demorar anos, me sinto culpada por ter vindo para cá e ter abandonando vocês aí em Nova Iorque. Não sei como será, mas estou escrevendo essa carta pra dizer que eu amo muito você e o Luke, que eu nunca irei me esquecer de vocês e não importa o que acontecer aqui, eu sempre amarei eternamente vocês.

Jake, eu sei que você será o melhor pai para o Luke, estou segura disso. Você sempre foi o melhor em relação a nós. Me sinto honrada por ter me casado com você. Você foi a minha maior realização, não se esqueça disso.

Mas não me espere, siga a vida. Eu não sei quanto tempo ainda vai durar isso, mas se perdurar muito, saiba que você está livre para seguir em frente, por mais doloroso que seja para mim, eu preciso deixar você viver sua vida. Então por favor, faça isso.

Fale de mim para o Luke, sempre que der. Eu adoraria saber que ele ouviu suas histórias sobre mim, eu te amo muito, me dói muito imaginar meu futuro sem vocês dois ao meu lado, mas preciso fazer isso.

Saiba que um dia eu voltarei, para vocês. O FBI me orientou a não mandar mais cartas nem notícia para proteger vocês, é com muito pesar que preciso fazer isso.

Não sabe o quanto me dói deixar vocês, escrevo essa carta em meio às lágrimas. Eu amo muito vocês, nunca se esqueça disso.

Com amor, Amy''.

Então era isso, ela não voltaria. 

UNDERCOVER | PERALTIAGOOnde histórias criam vida. Descubra agora