Duas grandes portas de metal se abrem e dão vida a um mar de pessoas do outro lado. Entramos no terminal. Há muitos reportes loucos para filmar uma cena exclusiva dos quatro competidores do fogo. Câmeras giram por todos os lados à procura do melhor ângulo de enquadramento da cena.
Arthur e Katlin não se importam com toda essa atenção, principalmente Arthur, na verdade ele parece um leão exibido. Por outro lado, eu me sinto incomodada com as câmeras, o jeito como eles nos filmam desesperadamente, parece que esperam conseguir arrancar alguma informação inusitada de nós.
Um repórter consegue ultrapassar a multidão e para na minha frente. O cameraman que o acompanha foco a lente tão perto do meu rosto que quase fico vesga.
— Como você se sente ao saber que é parte de um esquema para prejudicar os outros clãs? Andrew te passou mais alguma instrução? O que a senhorita tem a dizer sobre as acusações de trapaça? — Ele pergunta e empurra o seu microfone para mim.
Fico atordoada por alguns segundos sem saber como reagir a isso. Não sei do que ele está falando. São tantas perguntas, e não sei responder nenhuma delas. Fico parada encarando a câmera e desejando poder correr dali.
— Eu...não sei do que está falando... — Respondo.
— Andrew ameaçou-a para que não contasse nada? — O repórter insiste.
— Tudo bem, já chega seus parasitas noticiários. — Norian surge atrás de mim, coloca uma das mãos nas minhas costas e começa a me guiar para frente. — Vocês já tem ótimas cenas, vamos embora.
Norian nos guia para fora da multidão e nos leva para um elevador todo de vidro. Ele aperta o botão com pressa enquanto a margem de repórteres ainda tenta nos seguir. Quando as portas do elevador abrem, Norian nos empurra para dentro e aperta o botão para que ele feche e comece a viagem. Ele solta o corpo na parede de vidro e suspira aliviado.
— Creio que, toda vez que vocês forem vistos, será assim agora. — Ele fala.
— Eu poderia me acostumar com isso. — Arthur fala orgulhoso de si.
Reviro os olhos. Arthur parece se importar apenas com seu ego e fama.
— Parece que fomos os primeiros a chegar, então vou leva-los aos seus dormitórios para que se acomodem e mais tarde vocês conhecerão os outros participantes. — Norian recobra sua postura seria.
As portas do elevador se abrem. Estamos ao ar livre em um terraço, mas não um qualquer. Este é o Terraço da Realeza, o lugar onde os competidores ficam acomodados. Lembro de tê-lo visto alguns anos antes no torneio passado, mas o lugar é modificado para cada nova edição do Torneio de Honra.
Dessa vez o terraço parece uma vila. No centro há uma praça com plantas, bancos e um chafariz com água de cor laranja. Os alojamentos são divididos pelos símbolos de cada clã, dessa vez eles estão posicionados de forma ovalada. Norian nos guia para a ala do fogo.
Nossos alojamentos ficam em uma das pontas ovais, oposto ao do clã das sombras. A ala do fogo é cercada por flores laranjas. O chão é de pedra vulcânica para simbolizar as forjas de metais e os alojamentos, que deveriam ser a melhor parte, para mim são as piores.
— Isso parece um coco gigante! — Não consigo segurar e disparo meu pensamento antes que eu conseguisse segura-lo na minha cabeça.
Norian segura um sorrio, por outro lado, Arya, a garota da vila da fénix, ri alto.
— Não diga uma coisa dessas, vocês estão sendo filmados. — Norian alerta. Tinha me esquecido desse fato. — Andrew escolheu a decoração a dedo. Como vocês bem sabem, nosso clã se destaca pela forja de metais dentro dos vulcões. Todo o metal que verem por aqui, veio do nosso clã. Andrew quis honrar essa tarefa.
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FantasyEm Hiato temporário. Projeto em andamento: A Deusa da Água, nova versão física! Siga: @fehaescritora 🚫Plágio é crime🚫 Todos os direitos reservados!! Mina Martins é uma garota de 15 anos que vive no planeta Kepler-452b conhecido como Terra 2, lar d...