Capítulo 12.

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POV Rafaella Kalimann.

Assim que saí do elevador no meu andar, pude escutar algumas risadas. Neguei com a cabeça já sabendo que Manu ainda estava em casa com Mari. Eu definitivamente não me importava com isso, eu amava muito aquela baixinha e amava ainda mais o modo como ela deixava a minha melhor amiga feliz. E para mim, com Mariana estando feliz, eu aprovo o relacionamento dela seja com quem for.

Mas de preferência que seja com a Manu, porque ela também é minha amiga e eu quero vê-la feliz, e Mariana a faz muito feliz.

Em suma, com o relacionamento das duas eu estava duplamente feliz.

Abri a porta lentamente, apenas para o caso de elas estarem em um momento mais íntimo, não queria ser estraga prazeres. Mas por outro lado este apartamento também é meu e eu posso chegar a hora que eu quiser, fazendo o barulho que eu quiser.

Mas ainda assim seria desconfortável.

Olhei em direção à sala de estar, que era onde as risadas se concentravam, e parei encostada no batente da porta para observar a cena. Mariana estava sentada no sofá e Manu estava sentada em seu colo, de costas para ela, se contorcendo em gargalhadas o tempo todo. Minha melhor amiga também ria enquanto atacava a barriga de Manu com cócegas. A coitada já estava até vermelha.

— Não acha que ela já sofreu o bastante, Mari? — perguntei em um tom de voz divertido, pendurando as minhas chaves no suporte ao lado da porta e me aproximando delas.

— Nah, ela aguenta. Não é, Manu? — Mariana apertou mais uma vez a barriga de Manu, que se contorceu de novo e tentou se soltar das mãos da minha melhor amiga mais uma vez.

— M-Me solta... Ma-Mariana! — Manu suplicou com a voz falhada por causa das gargalhadas e da respiração pesada. Era possível ver as veias de seu pescoço todas saltadas e a pele que adquiria um tom cada vez mais forte de vermelho devido ao esforço.

— Mari, deixa ela respirar! — pedi rindo, igualmente contagiada pelas gargalhadas de Manoela. Mari a soltou de imediato e Manu se jogou no sofá, tentando controlar a sua respiração. Neguei com a cabeça e dei meia volta para ir até a cozinha, eu precisava de água urgentemente. — Não se esqueça que ela sabe socar quando quer, Mariana.

— Droga, Rafa! — Mariana resmungou e eu soube que ela tinha levado um soco da tampinha. Comecei a rir enquanto enchia um copo com água gelada para mim e outro que eu levaria para Manu, que depois de tanto esforço certamente precisaria também. — Você tinha que lembrar?

— Estou apenas vingando a Manuzinha. — retornei para a sala de estar, bebericando a água gelada pouco a pouco. Me aproximei de Manu, que já estava sentada no sofá, dei um beijo em sua testa e lhe estendi o seu copo de água. — Tudo bem, Manu?

— Agora sim, você é a minha heroína. Mais um pouco e essa desnaturada me mataria. — Manu mostrou a língua para Mariana e se virou para mim, sorrindo animada como sempre. — E você? Faz tempo que não te vejo por aqui.

— Tudo bem também. O motivo do meu sumiço é o nosso trabalho insuportável. — revirei os olhos e bebi mais um pouco de água do meu copo, quase finalizando o conteúdo. Mariana estava completamente inquieta e cutucava continuamente a perna de Manu, que dava tapas em seu braço a mandando parar. Na moral, qual é o problema com essa mulher hoje? — Mariana, para de irritar a menina. E hoje a noite nós temos turno juntas.

— Ah, não! — Mariana resmungou emburrada e tombou a cabeça para trás, fazendo uma careta. — Eu tinha esquecido dessa parte triste do meu dia.

— Vai trabalhar hoje então? — Manu olhou para Mari, que assentiu. A mais baixa bebeu o conteúdo restante de água rapidamente. — Eu vou indo então, vou deixar vocês se aprontarem.

uma última vez. || rabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora