Capítulo 20.

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POV Rafaella Kalimann.

— Para, Mariana, porra! — gritei irritada e ela começou a rir da minha cara. — Acha que pode ficar rindo de mim, sua idiota?!

— Ninguém mandou você me acertar dez golpes seguidos, agora receba, ordinária! — Mari respondeu entre risos e se jogou no meu colo. Tentei desviar para poder me concentrar na televisão, mas estava difícil.

— Sai! Eu vou te jogar no chão, sua vagabunda!

— Quero ver você tentar. — Mariana respondeu debochada e desafiadoramente e eu me remexi, tentando tirá-la do meu colo. Ela gargalhando da minha cara só me deixava mais irritada. — Ah, não consegue? Fracote!

— Você que é pesada demais!

Ela me lançou um olhar indignado, semicerrando os olhos para mim.

— Me chamou de gorda, Rafaella?

— Receba, ordinária! — aproveitei de sua distração e a empurrei do meu colo direto para o chão.

— Sua vagabunda! — Mariana xingou, toda estatelada no chão, e eu gargalhei. — Vem aqui agora se tu é mulher de verdade!

Balancei a cabeça em negação e a mostrei a língua debochada, mas parei de rir assim que senti Mariana segurar a minha perna e me puxar para baixo, me fazendo cair de bunda no chão. Fiz uma careta de dor e Mari gargalhou do meu sofrimento. Joguei o controle em cima do sofá, esquecendo do jogo, e me joguei em cima daquela idiota que eu chamava de melhor amiga.

Nós começamos a rolar pelo chão da sala, as vezes ela por cima e as vezes eu, estapeando uma a outra. De brincadeira, claro.

Mariana e eu sempre fazíamos isso quando jogávamos videogame juntas, era uma guerra, literalmente. Teve uma vez que nós realmente quase saímos no tapa e ficamos três dias sem conversarmos. Daquela vez foi tenso.

— Eu odeio você! — Mariana disse quando consegui, mais uma vez, fazê-la deitar no chão e subi em cima dela.

— Eu te odeio mais! — retruquei e tampei sua boca, a impedindo de dizer que me odiava mais do que eu a odiava, porque éramos as duas competitivas e nunca aceitávamos perder em nada, nem mesmo em um argumento de quem odiava mais a outra. Ela começou a se contorcer embaixo de mim.

— Mas que porra está acontecendo aqui?

Parei de gargalhar e Mariana parou de se contorcer quando ouvimos a voz de Manu. Olhamos na direção da porta e lá estava ela, nos encarando com uma careta confusa.

— Amor! — Mari soltou um grito abafado por ter a minha mão tampando sua boca. Problema que ela logo resolveu quando mordeu com força os meus dedos.

— Sua praga dos infernos! — ralhei chacoalhando a mão com uma careta de dor e escutei e risada de Manu.

— Amor, me ajuda aqui! — Mariana pediu emburrada ao voltar a se remexer embaixo de mim, estendendo a mão para Manu.

— Devo perguntar como vocês acabaram desse jeito?

— Videogame. — nós duas respondemos em conjunto e Manu revirou os olhos.

— Parecem duas crianças com esse videogame. Certas coisas nunca mudam mesmo. — Manu balançou a cabeça em negação e foi sentar no sofá, ignorando o pedido de ajuda de Mari.

— A gente só leva a sério demais. — Mari nos justificou entrando na defensiva e eu assenti. — Rafa, sai! Eu quero beijar a minha namorada!

uma última vez. || rabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora