Capítulo 9.

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OI, OI, OI!

como estão?

tô dando uma passadinha aqui antes do cap pra dizer que hoje tem um momento que utiliza de música. não é imprescindível que ouçam por fazer parte de um flashback, mas caso queiram eu deixei o link para ouvirem no momento que a letra começar a ser mencionada, apenas para o caso de optarem por "vivenciar" mais profundamente o momento!

ah... e algo que está neste capítulo vai resultar em alguma coisa lá na frente, peguem a dica ;)

eh isto, bora ler! ❤

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POV Bianca Andrade.

Fitei a minha mini caixinha de som e o meu par de sapatilhas de balé, lado a lado, na estante mais uma vez. Esfreguei as mãos nas coxas, na tentativa de secar a umidade ali presente. Estava tão nervosa. Rafa sabia muito bem que o que ela escreveu no verso da carta que me entregou me causava milhares de sensações e eu tenho certeza de que ela fez de propósito.

Maldita!

Atrás daquela carta estava nada mais do que a maldita música que ela dedicou a mim anos atrás. E foi instantâneo, eu bati os olhos naquela letra e as lembranças me atingiram como uma marreta.

Eu amava e ao mesmo tempo odiava lembrar daquele dia. Foi naquele maldito dia que tudo começou, e até hoje continua.

FLASHBACK ON.

— Rafaella Kalimann! — gritei assim que a avistei no pátio do colégio. Isso atraiu alguns olhares, mas eu não estava me importando, eu só queria falar com aquela... Coisa!

Ela estava sentada embaixo de uma árvore, ouvindo música, e assim que me ouviu gritar o seu nome ela me encarou assustada.

— Bia, o que...

— Cala a boca! — cortei a sua fala e parei em sua frente com a respiração ofegante por causa da minha corrida até o pátio. — Precisamos conversar. E vai ser agora.

— Eu não acho que seja...

— Já mandei calar a boca! — eu disse entredentes e agarrei seu braço, o puxando para cima e a fazendo levantar da grama. Ela me encarava com os olhos um tanto arregalados e eu podia ver que, além de assustada, ela estava um tanto confusa. — Vem comigo agora.

Peguei sua mão e comecei a puxá-la, sem me importar se ela estava conseguindo acompanhar o meu ritmo ou não. As pessoas nos encaravam e eu já estava profundamente irritada com tudo aquilo.

— Perderam alguma coisa aqui? Vão cuidar da vida de vocês! — desviaram os olhares e as pessoas que estavam na nossa frente abriram caminho para que pudéssemos passar.

Continuei arrastando Rafa até chegarmos no estúdio de dança do segundo andar, que estava vazio como sempre. Esse era o bom da sala, ninguém se importava com aprender a dançar, então estava sempre vazia e era perfeita para ter algum momento privado.

— Tá legal, por que me arrastou até aqui? — Rafaella se desvencilhou de mim e passou as mãos sobre a camisa que estava toda amarrotada em seu corpo.

— Você tem que me esclarecer algumas coisas. — respondi, abrindo a minha mochila com impaciência e pegando as folhas que ela havia me entregado dois dias atrás. — Primeiro eu quero saber o que é isto aqui.

— É... — Rafaella arregalou os olhos e pegou as folhas da minha mão. — É uma... Uma carta de amor e uma música...

— Isso eu já sei. — revirei os olhos e a vi morder o lábio inferior. Ela um claro sinal de nervosismo dela. — Quero que você me explique porque me entregou isso, Rafa.

uma última vez. || rabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora