Capítulo 27.

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POV Bianca Andrade.

Os paramédicos desceram a maca em que Rafa estava com rapidez e logo na entrada do hospital já estavam algumas pessoas os esperando. Colocaram uma máscara de oxigênio em seu rosto e partiram por um longo corredor. O ar gélido do hospital me causava arrepios por eu ainda estar com os cabelos molhados, me fazendo sentir até frio, mas eu não estava me importando com nada que não fosse o amor da minha vida.

Minha Rafa. Minha noiva.

Não pensei duas vezes em começar a segui-los, eu queria ver o que fariam com ela, precisava ter a certeza de que cuidariam bem dela e que realmente trariam a mulher com quem eu passaria o resto da minha vida de volta a vida. Eles precisam salvar o meu amor. Mariana estava do meu lado do mesmo jeito ou até mais nervosa do que eu. Antes que pudéssemos entrar pelas portas por onde levaram Rafa, um dos enfermeiros nos parou e a minha vontade de socar a cara dele foi tanta que Mariana, me conhecendo bem, segurou os meus braços.

— Lamento, mas vocês não podem entrar.

— Como assim eu não posso entrar?! É a minha mulher naquela maca! — retruquei irritada, tentando entrar mais uma vez, e senti as mãos de Mariana apertarem os meus braços com força.

— Eu sinto muito, mas é a ala cirúrgica. Só os médicos e as pessoas autorizadas podem entrar.

— Então me arrume uma autorização!

— Bianca...

— Não posso fazer isso. A senhorita vai ter que esperar na sala de espera. Eu volto para dar notícias a vocês.

— É bom mesmo que você volte ou você irá descobrir o quão forte a minha direita pode ser quando eu quero! — ameacei erguendo a minha mão direita na frente de seu rosto e ele arregalou os olhos.

— Desculpe por isso. — Mariana pediu, se colocando entre o enfermeiro e eu. A quem ela quer enganar? Eu sei que, se ela pudesse, ela quebraria aquele enfermeiro em dois por ter nos barrado. Mari me puxou para a sala de espera e eu me joguei no sofá, bufando, e ela sentou-se ao meu lado. — Você não pode ameaçar bater nas pessoas assim, Bianca!

— Então eu bato em você! — soquei o seu braço com força, fazendo-a se encolher com uma careta de dor.

— Ficou louca?! Por que fez isso?!

— Por ter beijado a minha mulher! — respondi irritada e me levantei do sofá em um ímpeto. Eu não iria conseguir ficar sentada ali, então só me restava andar de um lado para o outro.

— Eu pedi desculpas! — Mariana exclamou indignada, levantando do sofá e caminhando até estar de frente para mim.

— Da primeira vez. E quanto à segunda? — perguntei cínica e ela revirou os olhos antes de olhar para a porta de entrada atrás de mim e franzir o cenho.

— Que aglomeração toda é aquela?

— E eu que vou saber? — resmunguei passando as mãos pelos meus cabelos molhados, nervosamente, e escutei uma movimentação atrás de mim. Mariana arregalou os olhos e passou por mim correndo naquela direção.

— Manu! — Mariana exclamou e eu arregalei os olhos, girando rapidamente sobre os meus calcanhares. Vi a minha prima deitada sobre a maca e com uma máscara de oxigênio no rosto também, desacordada. Pronto! Era só o que me faltava mesmo! Corri até lá. — Amor, acorda pelo amor de Deus!

— O que aconteceu?! — perguntei, sentindo mais uma forte pontada de desespero me atingindo em cheio.

— Ela desmaiou na ambulância pouco tempo depois que vocês saíram! — Gizelly entrou correndo no hospital, logo atrás da maca, com os olhos arregalados. — Bia, alguém drogou ela?

uma última vez. || rabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora