Quando eu tinha seis anos, entrei para a primeira série da escola católica Jeanne Sauvé, em Strattford. Depois das aulas, eu ia tocar bateria e ampliar minha educação musical ouvindo rádio. Também estava explorando o piano.
Ainda não sabia ler partituras (mal tinha começado a ler livros), e mamãe não tinha dinheiro para me colocar numa escola de música, mas eu sabia como queria tocar. Eu sabia reconhecer quando os acordes e a melodia não combinavam, assim como você sabe quando coloca o sapato no pé errado.
Só precisava continuar tocando e experimentando até que o resultasse saisse como eu pretendia. Quando ouvia a música que tocavam na igreja, eu podia sentir aquelas harmonias pairando no ar como se fosse umidade. Não era exatamente um aprendizado: era como se a música fosse absorvida pela minha pele. Não sei como explicar de outra forma.
Quando cresci o suficiente para conseguir passar os braços em volta de um violão, comecei a me aventurar com esse instrumento também.
Você precisa criar forças nas mãos, e até que fique com calos nos dedos, parece que as cordas estão te cortando como navalhas. Isso provavelmente desestimula muita gente. Devem pensar: "Opa, tocar violão deve ser divertido. E parece bem fácil." Depois de uma meia hora, saem dizendo: "Ai! Isso machuca mesmo." E aí, elas se esquecem de como aquilo deveria ser algo divertido, e acabam desistindo.
O lance é que, se você persistir, se acostuma bem depressa, e passa a ficar praticando horas a fio, enquanto assiste á TV ou espera pelo jantar.
Ou até enquanto está de castigo na sala por ter falado palavrão. Mas não vamos falar sobre isso. O negócio é que eu comecei a tocar violão porque era divertido e, com uns oito ou nove anos, passei a tocar bem.
Era legal quando meu pai era dos caras tocando violão nas reuniõezinhas na nossa casa. Ele não é muito fã de música pop; prefere rock clássico e heavy-metal. Ele me ensinou umas músicas, como "Knockin' on Heaven's Door" e algumas do Bob Dylan, além de ter me apresentado a Aerosmith, Metalica e Guns N' Roses. Ele me fazia ouvir (e respeitar) lendas como Jimi Hendrix e Eddie Van Halen. Papai me ensinou a tocar "Smoke on the Water", do Deep Purple, e ainda me lembro dos acordes. (Legal mesmo é ouvir o Dan Kanter mandando ver nessa música comigo.)
Para tocar metal ou até mesmo ou até mesmo bandas de hard rock e glam estilo anos 1980, como Journey e Twisted Sister, é necessário saber o que chamam de "power chords", e papai me ensinou alguns truques nessa área também. Ele indicador sobre todas as cordas do violão ao mesmo tempo, o que acaba subindo timidamente os acordes, mas alterando o tom da música para adequá-la á sua voz. Se você conhece a forma básica de cinco ou seis pestanas, consegue tocar praticamente qualquer canção do universo. Pegue a letra na internet, escute as mudanças e progressões cinco ou seis vezes, e pronto.
Você se tornou o Green Day. No seu quarto, quero dizer.
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Justin Bieber
RandomMinha família e meus amigos sempre me disseram para ser grato. Então, obrigado! Eu não teria chegado a lugar nenhum sem vocês. Sabiam que vejo vocês quando estou em cima dos palcos; agora vocês po derão me ver como realmente sou. Esta é a história d...