Embaixo do palco, jaz toda uma cidade de barras de aço, cabos, equipamentos, contêineres sobre rodas e cortinas de lona. Parte do palco sobe e desce, e elevadores me erguem para que eu possa fazer uma entrada triunfal. Descendo pelos lados do palco, há rampas que eu e os dançarinos usamos para fazer nossas saídas. Elas nos conduzem a um corredorzinho feito de cortinas e iluminado de lâmpadas frias. Todo o figurino fica pendurado em araras, arrumado cuidadosamente por pessoa e ordem de apresentação.
Depois do intervelo para o almoço e de umma partida de pingue-pongue rápida com a equipe, começamos a segunda rodada de ensaios para o show. O ensaio da manhã foi dedicado a resolver os últimos probleminhas técnicos. Não houve estresse dessa vez, passamos por tudo sem problemas.
O Ryan Good, meu stylist e parceirão, toma conta de tudo. Quando saio do palco, ele me ajuda a fazer uma mudança rápida para a próxima música.
O negócio é frenético - eu e todos os dançarinos trocando de roupa em ritmo acelerado. Quando tiramos aquelas camisas e sapatos suados., fede muito! Os garotos vão entender o que eu estou falando.
Além das trocas de figurino, precisamos treinar o tempo entre uma música e outra e sincronizar a voz com os efeitos de video. Ou seja: tenho de falar algo, mas sempre algo diferente emcada show. Então, no ensaio geral, preciso dizer qualquer coisa que venha á minha mente, e normalmente o que vem é um monte de bobeira e brincadeiras com o pessoal:
'E aí, galera, como vocês estão? Ryan, você está bem hoje. Foi aquele xampu que você usou ontem á noite?'
- Video rolando por 45... 40... - grita uma voz em algum lugar no escuro do estádio.
- Cara, você tem uns cachinhos dourados lindos. NOSSA!
O pessoal fora do palco dá gargalhadas, e os assistentes de palco contrarregas, que estavam zanzando, também caem na pilha. Acho que eu poderia até ensaiar o que vou dizer em cada show mas não quero que o resultado soe artificial. Prefiro olhar para os rostos da plateia e lhes dizer o que vier á minha cabeça na hora. Por mais cuidadoso que a gente seja com todos os detalhes, esse contato com os fãs não pode nem deve ser ensaiado. Não sei quem é meu público nem o que vai acontecer, mas sei que a conexão precisa ser pessoal, e não tenho medo de me manter aberto ás possibilidades.
Eis outra pergunta que me fazem o tempo todo:
'Você fica nervoso?'
A verdade é que não fico. Não quero parecer convencido, mas não entendo por que ter medo. Não é que eu nunca tenha errado. Pô, nós erramos o tempo todo, faz parte da vida. Você se recompõee segue em frente. Não vai ser o fim do mundo se eu tocar o acorde errado de guitarra ou errar a letra da música. Sou meio perfeccionista, trabalhando duro para que tudo dê certo, mas o improviso faz parte. Conheço alguém que estava fazendo um show num parque e um passarinho fez cocô em sua cabeça no meio hino "Amazing Grace". Isso é showbiz.
Eu mesmo já fiz esse tipo de apresentação beneficiente, na rua, em um parque no metrô, ou, nesse caso, na escadeira de frente do Avon Theatre...
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Justin Bieber
RandomMinha família e meus amigos sempre me disseram para ser grato. Então, obrigado! Eu não teria chegado a lugar nenhum sem vocês. Sabiam que vejo vocês quando estou em cima dos palcos; agora vocês po derão me ver como realmente sou. Esta é a história d...