Minha matilha

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Ao longo do verão de 2009, lançamos meus primeiros quatro singles, embora seja meio incomum produzir tantos singles antes de estrear um álbum. Eu estava bombando no You Tubo e no iTunes, mas as músicas não estavam sendo tocadas o bastante nas rádios para que eu tivesse um disco de sucesso. Muitos ainda não aceitavam a ideia de que alguém da minha idade seria capaz de tocar nas rádios; achavam que ei precisava fazer algum programa na Nickelodeon ou na Disney primeiro. Precisávamos mudar esse pensamento. O Scooter e dois dos meus parceiros da Island Def Jam, o Steve Bartels e o Érico Olesen, concluíram que só havia um caminho: combate mano a mano. Teríamos que, basicamente, ir a cada estação de rádio do planeta e obrigá - las a tocar meus singles. Tínhamos esperança de conseguir isso com nosso charme natural e carisma, mas estávamos decididos a chamar o CHUCK NORRIS caso fosse necessário.

A ideia parecia ótima, mas era difícil deixar Atlanta para trás. Mal havíamos nos estabelecido na cidade. Eu tinha um filhotinho de cachorro de raça papillon chamado Sammy, e estava saindo com uma menina de quem eu gostava muito. Também havia estreitado a amizade com Asher Roth e seus amigos. Ele estava um passo á minha frente no showbiz, e havia aprendido um monte de coisas na marra. Absorvi muitas das suas experiência só de ir à sua casa, que ficava a um quarteirão da minha, para jogar Rock Band. O Asher já tinha alcançado uma fama bem sólida nessa época, e estava em turnê na maior parte do tempo.

- Faça o que tem de fazer - aconselhou - me. - Agora é a hora.

O que tínhamos de fazer, de acordo com o Scooter, era ir a a qualquer lugar que nos pedissem e tocar nossa música a quem quisesse ouvir. De graça, a qualquer hora, em qualquer lugar.

O Usher achou que eu precisava de alguém capaz de me guiar nesse meio e aprimorar meu visual, e convidou o Ryan Good para ser meu assessor de estilo e gerante de turnê temporário.

Na época, todos o chamavam de meu "personalidade stylist" - o que ele odiava tanto quanto ser chamado de "assessor de estilo", que é reduzir tudo o que ele faz por mim. Estilo é uma palavra tão abrangente. Pode significar como você se comporta, como você usa suas roupas e acessórios. Gosto de pensar que as pessoas se identificam com meu estilo. Normalmente estou de calça jeans e moletom, e o resto fica por conta da minha atitude. Não sei se é possível dar a outra pessoa um "estilo". Um "personal stylist" pode te dizer o que vestir, mas a atitude é com você. O Ry Good me orienta para que eu não pareça uma idiota. Ele é, acima de tudo, um amigo sempre sincero. Todo mundo deveria ter pelo menos um desses, e eu sou muito sortudo de poder contar com vários.

Tudo começou comigo e um violão. Eu, mamãe e o Ryan viajamos por toda a América do Norte, tocando em diferentes estações de rádio.

Depois, passei a tocar em shoppings, parques de diversão e lugares do gênero. Foi quando o Scooter decidiu que eu precisava de dançarinos.

Fomos para Los Angeles, onde está a maioria dos melhores dançarinos, e encontramos dois caras fora de série, o Antonio e o Marvin. A principio, não tinha certeza se queria que eles fizessem parte de minha matilha. Mas quando os conheci melhor, vi que seria ótimo tê - los no grupo. Ensaimos uma coreografia para minha primeira grande apresentação no Kansas.

Começamos a receber mais pedidos de show , então pudemos levar nosso DJ, o Tay James, que também entrou para a matilha.

Fomos escalados para fazer um show num shopping em Toronto, e, quando chegamos à loja, havia apenas uma ou duas pessoas na plateia.

Disparamos uma mensagem no Twitter, informando onde eu estava, e dez minutos depois umas quarenta pessoas apareceram. A equipe de segurança do shopping manteve a ordem enquanto foi possível, mas logo havia umas duzentas pessoas na fila, querendo entrar na loja. Tiveram de isolar uma ala inteira do shopping para que eu pudesse sair.

Enquanto estávamos no Canadá, decidimos colocar outro guitarrista na banda e passamos a fazer shows acústicos. Foi assim que chegamos ao Dan Kanter. Eu não estava muito seguro quanto a contratar alguém na época, mas o Dan é um músico sem igual e um pessoa muito boa. Nos tornamos melhores amigos rapidamente, sempre arrumando confusão.

Ele também faz parte da minha matilha agora.

Eu conto com os meus amigos da mesma forma que dependo dos cabos de segurança nos shows. Você nunca sabe quando ou porque vai precisar deles, mas sabe que eles nunca te deixarão na mão, independente.

Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora