Nunca nada fez meu coração pulsar mais que o hockey. Quer dizer, nada a não ser a Beyoncé, mas isso foi só depois dos meus 12 anos. Nessa idade, foi como se, de repente, eu abrisse os olhos e percebesse que o mundo estava cheio de gatinhas, e, desde então, tenho dificuldade para pensar em outra coisa.
Quando fiz 12 anos, saí da escola bilíngue e fui para a Northwestern, uma escola pública em Strafford. Chaz, Ryan e eu fomos transferidos da liga de hockey local para a intermunicipal, e o vovô costumava me acompanhar no ônibus para os jogos externos. Íamos para os jogos e dávamos nosso sangue, e no caminho de volta era aquela empolgação e bagunça por causa da vitória ou então um esgotamento e desânimo total - com direito a brigas entre nós - pela derrota.
Os jogadores sentavam na parte de trás do ônibus, e os pais na parte da frente, para que não se metessem no que acontecia lá átras. E claro que rolava todo aquele papo de meninos. Todos estávamos completamente fascinados pelas garotas, impressionados com as mudanças que aconteciam conosco e, mais importante, impressionados com as mudanças que aconteciam com elas. E é claro que éramos um bando de idiotas que não tinha a menor ideia do que fazer com todas aquelas mudanças.
Eu tinha a meu favor o fato de ter vivido rodeado de mulheres durante toda a minha vida. Mamãe e eu sempre conversamos abertamente sobre tudo, então talvez eu entendesse um pouquinho mais sobre o funcionamento das meninas do que a maioria dos garotos. Não tinha medo de conversar com as meninas, de estar com elas, olhar para elas e, bem, paquerá-las - mas também tinha certa noção de quando não devia fazer nada disse.
Alguns caras acabavam magoando as meninas ou tirando-as do sério, porque ficavam o tempo todo tentando parecer legais. Não era meu caso.
Minha mãe martelou na minha cabeça a diferença entre ser confiante e ser convecido. Sempre tentei ser mais confiante,mas á vezes acabava na segunda opção. Talvez tenha parecido convecido em alguns momentos, mas eu tentava amenizar isso sendo um cara legal. Grande parte do sucesso com o sexo oposto nasce da seguinte regra: não seja um idiota. Não finja se importar com os sentimentos de uma garota se você na verdade não se importa - aliás, não apenas em relação a garotas, mas a todo mundo.
No clipe de "One Less Lonely Girl" - em que me diverti bastante durante a gravação, porque escalaram uma menina linda de 16 anos para contracenar comigo -, o roteiro é o seguinte: uma menina esquece alguma lavandeira (calma, é só um cachecol) e eu amo uma caça ao tesouro para devolver a peça. Alguém já disse que esse clipe é o "equivalente musical de um filme para mulherzinha", e eu não saquei imediatamente que essa era um comentário irônico. Criticaram a parte em que aparecem uns filhotinhos de cachorro num pet shop, e eu fiquei pensando: "Como assim? Quem é que não gosta de filhotinhos de cachorro? E, pior ainda, quem acha que vai se tornar mais atraente para as garotas fingindo não gostar de bichinhos?" Também acharam a letra piegas.
I'm gonna put you first.
I'II show you what you ' re worth...*
Estou definitivamente aberto as sugestões. Talvez possamos mudar a letra para:
I'II put Xbox first.
I'II make you feel like dirt...**
Claro, isso faz muito mais sentido: eu é que estou errado, e o que realmente atrai uma garota é um cara que odeia cachorrinhos e não liga para os sentimentos dela. Talvez se eu seguir essa receita eu consiga um dia atingir o nível de sucesso desse crítico com as meniinas. Ah, calma aí, claro, eu não sou um velho ranzinza.
Prosseguindo...
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Justin Bieber
RandomMinha família e meus amigos sempre me disseram para ser grato. Então, obrigado! Eu não teria chegado a lugar nenhum sem vocês. Sabiam que vejo vocês quando estou em cima dos palcos; agora vocês po derão me ver como realmente sou. Esta é a história d...