Kiba despertou aos poucos na manhã seguinte, a consciência emergindo preguiçosa apenas para se perceber em um estado de relaxamento saciado que nunca experimentou antes. Sentia uma espécie de completude satisfeita difícil de compreender.
Ou nem tanto... Afinal, havia os braços de Shino ao redor de sua cintura, trazendo-o de encontro ao corpo alheio, as costas colando ao peito do Alpha, os corpos nus tão juntos um do outro, partilhando do calor que o acalentava... Detalhes que vinham agraciá-lo pela primeira vez num momento de tamanha intimidade e das quais percebeu estar mais consciente naquele instante. Sim, vinha dessas minúcias a sensação de finalmente estar completo.
Os pensamentos foram afastados quando uma respiração quente bateu em seu pescoço. O Alpha acabara de acordar e a primeira coisa que fez foi lamber a Marca que havia no pescoço de Kiba. O Ômega arrepiou-se todo, imediatamente perceptivo daquele ferimento sobrenatural que, apesar de tudo, não doía. A língua quente e úmida de Shino passava lenta pela pele, terminando ora em um sugar, ora em uma mordiscada muito leve; mais o sondando e cuidando do sinal de compromisso entre os dois.
Kiba gemeu baixo, sem poder evitar. O gesto provocava arrepios em seu corpo, esquentando a pele e fazendo o sangue correr mais rápido direto para lugares específicos: o rosto corou de leve, enquanto os olhos se fechavam em deleite e o pênis pulsou de excitação, já se erguendo em uma semiereção.
Leve aroma de morangos espalhou-se pelo quarto, a resposta que o lado animal dava para o gesto do Alpha, tentando agradar e seduzir a sua maneira, provocando-o em um sentido primordial: o olfato. Não demorou muito para que os amantes se movessem, atendendo um pedido não expresso. Ao menos não através de palavras.
Kiba virou-se, seguindo os toques ousados que guiavam, assim como Shino, que logo deitava-se sobre o Ômega. O peso alheio comprimiu Kiba contra o lençol. Ele tentou empinar o traseiro, pronto para o que viria a seguir. Recebeu ajuda de Shino, que o segurou firme pela cintura com uma das mãos, enquanto a outra tateava até encontrar o potinho com o resto do lubrificante que sabia estar esquecido entre as dobras do lençol.
Com dois dedos recolheu o máximo que pôde e usou o creme para preparar o corpo do garoto. Foi com calma e cuidado, espalhando bem, penetrando o indicador e o médio, tentando fazê-lo relaxar um pouco. A penetração causava alguma dor, Shino queria amenizar o quanto fosse possível, para que o ato de amor fosse bom para ambos.
Os dedos deslizavam pelo vão entre as nádegas, apenas para provocar um pouco, tornando o outro mais sensível, indo até a linha do períneo e acariciando os testículos, então voltando e mergulhando os dígitos de novo, traçando uma trilha de lubrificante numa provocação que fez Kiba tremular, gemendo baixo enquanto ofegos escapavam pelos lábios entreabertos.
Quando teve certeza de que o amante estava pronto, Shino segurou o próprio pênis, sem soltar a cintura alheia, e levou até a entrada apertada, que se contraiu ao ser tocada pelo membro turgido; enquanto Kiba conseguia, finalmente, empinar um pouco o traseiro, facilitando o ato de penetração.
Ambos gemeram juntos, enquanto Shino forçava passagem pelas paredes quentes, um ninho vivo que acariciava o órgão invasor. Não parou a investida enquanto não sentiu o baixo ventre colar-se ao outro, que tentava conter os gemidos escondendo o rosto contra o travesseiro.
Shino respirou fundo algumas vezes. A mão agora livre principiou ir fazer companhia a gêmea, na intenção de dar sustento ao Ômega. Todavia mudou de ideia, usou-a para segurar a mão de Kiba que repousava sobre a cama e entrelaçar os dedos de ambos, dando um apertão carinhoso prontamente retribuído. Então moveu o quadril e tirou o pênis.
Kiba quase gritou pelo prazer súbito de ter o corpo alargado daquele jeito, uma massagem interna que ativou cada terminação nervosa mais íntima, espalhando um choque em ondas que percorreu as fibras do seu corpo, terminando nas pontas dos dedos que se contraíram involuntárias.
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Raison d'être (ShinoKiba)
FanfictionO plano era perfeito! Os garotos revisaram tantas e tantas vezes, pensaram em tantas e tantas possibilidades que nada poderia dar errado! Exceto que deu. E deu muito, muito errado, pois como Naruto e Kiba viriam a descobrir da pior forma, um dos ele...