Deitado em minha cama, tentava não pensar em onde meu irmão estaria para não ter chegado ainda. Já era tarde da noite e sentia sua falta.
Levantei e segui até a cozinha onde deixara a carta, a tal carta que me fizera ir para hospital logo cedo. Abri e recomecei a ler novamente, só que desta vez estava sentado.
... as coisas por aqui mudaram muito Bruno. Vejo seu pai brigando com sua madrasta todos os dias. O amor ali já não habita mais e talvez a culpa seja sua. Totalmente sua. Deve estar se perguntando o porque de tantos desentendimentos, porque estão discutindo tanto. Sim, eu contei a eles que estou grávida, e menti. Disse que você sabia de minha gravidez e queria fugir da realidade. Me desculpa mas eu precisava fazer isso pois ainda te amo.
Sua madrasta diz que estou mentindo, mas o mais importante é que seu pai acredita em mim. Como ele cobra o "papel de homem", responsabilidade e etc... acho que não gostou muito do que lhe contei.
Me desculpe e te amo.
Katnis, 24 de Janeiro de 2010
Raiva. Sentia muita raiva. Como katnis podia ter feito aquilo comigo? Não me importava que tivesse dito ao meu pai, mais porque mentiu? O que ela queria de mim?
Adormeci...
De baixo do chuveiro, mexia em meus cabelos longos, passava o sabonete em meu corpo descobrindo cada curva possível, cada pinta ou pontinho que habitavam minha pele.
Ploft, escutei a porta da sala bater. Tinha certeza de que era meu irmão. Mas será que estava acompanhado? Será que trazia alguém? Mesmo em baixo da água quente era possível que eu sentisse ciúmes?
Enrolado na toalha segui até meu quarto as pressas para ninguém me ver semi nu.
Poft post. Duas batidas na porta foram suficientes para meu coração acelerar. Quem batia? A curiosidade foi mais forte; rapidamente me enfiei no roupão e abri a porta.
- Está bem? Perguntou me ele
- sim, estou bem. Respondi.
- O que faz tarde da noite acordado? Sabe que horas são?
- Fiquei preocupado pois estava demorando para chegar. Que horas são?
- São horas o suficiente para ir dormir...
Me arrepiei. Sua voz estava bem atrás de minha nuca e não conseguia disfarçar minha pele escamosa. Senti sua mão em meu ombro. Tremia demais para pensar em alguma atitude a tomar.
Virei. Seus olhos brilhavam e sua boca estava entreaberta. Seu cabelo jogado e seu peito me deixavam excitado. Mas não podíamos fazer nada além de um abraço, pois éramos irmãos e de sangue.
Sua calsa voou em minha cama e podia ver sua cueca ganhar cada vez mais volume. Quanto mais ele se aproximava, mais sentia seu calor me incendiar.
Soltei meu roupão como se estivesse a tirar uma Folha do caderno e o deixei cair levemente no ar.
Ele me beijou... sabia no que ele faria a partir dali mas não conseguia ter uma reação. Ele se abaixou e senti sua mão tocar em meu quadril até me deixar totalmente nu. Sua boca estava a se aproximar do meu...
Bum, a porta bateu com muita força. Acordei assustado. Olhei para os lados e nada havia a não ser a roupa que levaria para o banho.
Procurava meu irmão no quarto... Ainda sentia todo aquele calor...
O que aconteceu? Como tive aquele sonho...
A porta do meu quarto se abriu e ali estava ele. Cabelo jogado, sem camisa, calsa justa. Pensei em dizer algo mas nada saiu de minha boca a não ser um suspiro
- você está bem? Me perguntou...
- Sim, estou. Respondi a ele.
- vou para o banho e depois irei para a cama. Se precisar de algo me avise.
Sentia me sem sal e sem açúcar. Faltava algo em mim ou me sentia mal. Havia gostado do sonho mais sabia que nunca aconteceria aquilo na realidade... ou talvez se contasse a ele sobre... tudo seria estaria mais possível.
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O amor contra o destino
RomanceGosta de romances, dramas e fantasia? Pois bem! Matias sempre foi um pai presente e rigoroso sobre a postura de sua família e principalmente a de seus filhos. Sempre lhes cobrou autonomia e responsabilidade como homens. Eram uma família perfeita, m...