O Jardim dos segredos.

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Estava escondido bem atrás de uma árvore no Jardim do bairro. Vi Cristina entrar, e logo que me avistou, veio em minha direção. No meio do caminho, ela parou e ficou me olhando como se algo estivesse errado ou algo estranho estivesse acontecendo. De repente Cristina desapareceu.

Olhei para tudo quanto lado mas ela não estava mais ali, mas como, se eu tinha acabado de vê la? Levantei! A minha frente, o Jardim parecia mudar de figura e agora, Cristina vinha novamente em minha direção só que desta vez acompanhada.

A senhora dos meu sonhos, a quem desconfio ser minha mãe, estava toda vestida de Branco e realmente estava linda. Ao se aproximar, tal senhora deu duas palmadinhas e as flores começaram a girar.

A carta que estava na mãe de Cristina voou até minha mão talvez me convidando para ler.

A dama girou e seu perfume penetrou no meu nariz, deixando me um pouco tonto.

- Você pode conversar com qualquer ser deste jardim.

- Quem é você?

A dama se calou. Apenas me olhava e rapidamente trocou de conversa.

- Apresento lhes o Jardim dos segredos. Este jardim pode revelar os segredos mais profundos da alma, mas ele também pode ser traiçoeiro.  Tudo o que quiser descobrir será revelado e muitas coisas irão esclarecer. No caso de vocês, abram a carta que será bem menos perigoso.

- Mas como saberemos se estamos protegidos aqui? (Perguntei)

- Sempre confie em seu coração e aliás, todos os seres deste jardim te obedecem.

- Me obedecem...

- Sim! Agora tenho que ir...

- Espere, quero lhe perguntar...

Ela simplesmente desapareceu. Enquanto conversávamos, Cristina havia ficado dura como uma pedra, e não ouvirá nada da conversa por isso seria estranho se eu lhe contasse algo. Apenas a falaria que era ali mesmo onde eu leria a carta.

- Ei Brunoooo! (Me chamou uma voz grave)

Olhei. Simplesmente olhei. Era meu irmão, correndo como se estivesse visto Ouro a sua frente. Ao ver ele, me senti abalado, meu coração pulava demais e ele estava tão bonito que nem prestar atenção no que ele estava dizendo eu conseguia.

Cristina, o abraçou primeiro e quando fui abraça lo, ele me afogou em seu peito.

Tanto carinho e carícias que estava até perdido. Não sabia se queria mais ler a carta, ou se preferiria ir embora com meu irmão, no entanto, olhei no fundo de seus olhos e vi duas estrelas.  Estrelas não eram comuns em olhos.

Pensei por um instante, até chegar na fala da dama dizendo que o Jardim era traiçoeiro. Neste momento meu irmão tentou tirar a carta da minha mão, mas eu a segurava com tanta força que o ocorrido foi apenas rasgar um pedaço do papel velho.

- Corra para a fora deste jardim agora Cristina.

- Meus pés estão presos... (ela tentou se mover)

- Ordeno a tudo que está aqui que a liberte...

Minhas falas foram gastas a toa pois nada ocorreu.

Uma ideia; abri a carta e comecei a ler. Mas minhas palavras eram falsas. Enquanto distraía o Jardim, Cristina aproveitou para correr e sair, porém, no momento em que saiu ela desapareceu.

Não podia mais vê-la e me preocupava.

Guardei a carta no meu bolso e corri até o final do Jardim como havia feito Cristina, obviamente não consegui sai. Estava preso!

Sem ter como sair, abri Realmente o velho papel e me coloquei a ler.

Meu irmão havia sumido e então estava sozinho no Jardim, na verdade eu achava que estava.

- A partir de hoje tudo irá mudar, e na verdade irá se apaixonar. Mas é impossível se esconder, então o "senhor" irá saber. Sou uma planta de reveja, então tudo posso te falar. Mas não haverá como saber de nada, caso eu desaparecer...

A planta estava falando comigo, e também estava me contando sobre o que aconteceria em minha vida, mas, nova mente ali meu irmão me agarrou e começou a me arrastar até o fundo de onde eu tinha acabado de vim. Agora, seus olhos estavam vermelhos como sangue, e rugia como se estivesse com raiva.

Pensei nos movimentos da dama, e quando virei minha mão, um galho agarrou sua perna. Quantos mais eu movimentava meu braços, mais as flores e plantas me respondiam.

Colocaram ele bem em cima de uma Rocha onde era impossível sair sem quebrar algum osso, no entanto, ele pulou e se pôs a correr em minha direção novamente.

Corri e corri, cheguei a frente do Jardim e imaginei o lado de fora. 1. 2. 3...

Algo me dizia que já estava fora do Jardim...

A carta. Desta vez não controlei. Li tudo, até o último ponto, e sabem o que dizia na carta?

Bruno...

O amor contra o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora